quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Pelé é eterno


Há uns vinte anos atrás, ao conversar com meu falecido pai, ouvi dele algo que concordei em gênero, número e grau: que quando Silvio Santos e Pelé morressem, teríamos uma comoção internacional de grandes proporções. Hoje, infelizmente, vivi para ser testemunha da previsão do meu pai com a morte do rei do futebol e atleta do século XX Edson Arantes do Nascimento, o eterno Pelé. Os mais jovens talvez não tenham muita noção, mas Pelé era um dos ícones do Brasil no mundo. Como também dizia meu pai, os gringos de qualquer lugar do planeta conheciam o Brasil por basicamente três coisas: samba, café e Pelé. Aliás, a fama de país do futebol do Brasil muito nos foi dada pelo Pelé que nos ajudou a dar os primeiros três títulos mundiais. Apesar das contradições em sua vida pessoal, é inegável dizer que Pelé foi o maior jogador de todos os tempos. Talvez nem em mil anos vejamos coisa igual. Ainda mais se tratando de um homem negro, de origem humilde e que foi praticamente um representante atemporal do Brasil e do futebol no mundo.

Puxando um pouco pela memória, a única partida que assisti do Pelé jogando ao vivo foi num jogo comemorativo dos seus 50 anos onde o rei jogou pela última vez com a camisa da seleção brasileira em 1990 contra a seleção da FIFA. Impressionante como com meio século de vida ele jogava mais bola que muito jogador de 20 anos hoje em dia. Enfim, Edson Arantes morreu, mas a lenda Pelé durará para sempre, porque o legado do rei do futebol será eterno.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Bolsonarismo precisa ser enterrado para sempre


Não basta derrotar o fascismo nas urnas e mandar o genocida miliciano ver o sol nascer quadrado. Para derrotar o bolsonarismo é preciso agir com extremo rigor e persistência em todos os âmbitos. Os fanáticos da extrema-direita querem uma guerra civil para tentar um Golpe de Estado e a implantação de uma ditadura. Eles já mostraram que não estão aí para brincadeira ao promover o caos nas ruas com fechamentos de estradas, ameaças a ministros do STF e incendiando veículos. Toda essa ameaça antidemocrática tem que ser combatida por todos os ângulos, porque estamos lidando não mais com eleitores inconformados, mas sim com terroristas e com o crime organizado. Enquanto toda essa cambada de bandidos bolsonaristas não estiver presa, não teremos como começar a desarmar a bomba do fascismo no Brasil. É tolerância zero com essa gente. Ou o sistema judiciário capitalista extirpa essa horda de nazifascistas, ou ela só será parada através de guerras ou, quem sabe, de uma revolução socialista.

Enfim, fascismo não se discute. Fascismo se destrói. Chegou a hora de enterrá-lo para que nunca mais essa aberração se repita na história da república.

sábado, 17 de dezembro de 2022

O Brasil não mereceu ganhar a Copa


Isso mesmo: o Brasil não mereceu o hexa. E não foi nem pelo fato de ter jogado mal contra a Croácia, mas foi porque a seleção brasileira não teve uma postura de campeã. Foi muita arrogância, ostentação, dancinhas e salto alto por parte dos integrantes da nossa seleção. Enquanto que a nossa rival Argentina segue exatamente o oposto disso, mostrando maturidade e respeito aos adversários dentro e fora de campo. Apesar do time brasileiro ser melhor que o argentino a nível de individualidade técnica, a Argentina tem mais conjunto, mais tática e, claro, tem o talento do inigualável Lionel Messi. Não vou torcer para ninguém na final entre França e Argentina, mas ainda assim prefiro a Argentina por ser mais um título para a América do Sul, o que ajuda a fortalecer o nosso futebol. Fora que tenho a França entalada na garganta desde a Copa de 1998, que também nos despachou naquela outra Copa ridícula de 2006 onde o Brasil daquele torneio se parecia muito com a atual seleção de 2022: arrogante e individualista. O grande time desta Copa do Catar foi mesmo a seleção marroquina que trouxe a África pela primeira vez a uma semifinal. Sem querer ser puxa saco dos caras, mas a seleção de Marrocos jogou muito mais que a nossa. Espero que em outras Copas possam repetir o feito e instiguem mais seleções fora da Europa e América do Sul a tentarem um título inédito.

sábado, 3 de dezembro de 2022

Copa das zebras? Não.

 

Algumas pessoas têm feito uma análise errada desta Copa do Mundo do Catar. Resultados que favoreceram a seleções com menos tradição em copas não foram exatamente uma "zebra". Isso porque hoje não existe mais seleção de futebol ingênua disputando a Copa do Mundo. Boa parte dos jogadores de seleções mais "fracas" joga campeonatos de nível técnico alto em seus clubes, especialmente os que atuam no futebol europeu. Adicione a isso o fato de que o futebol hoje é muito mais tático do que técnico. Daí vemos resultados inesperados como a derrota da Argentina para a Arábia Saudita ou a vitória do Japão contra a Alemanha. Com relação a derrota de seleções como França, Espanha, Portugal e Brasil, essas seleções ou já estavam classificadas, ou praticamente classificadas no último jogo da fase de grupos. Jogaram com seus times reservas enquanto que as seleções mais fracas jogaram com o time principal brigando por classificação. Daí o festival de "zebras". Aliás, como sempre estive do lado dos oprimidos, gosto de ver os países colonizados dando um chocolate nos países colonizadores. E isso, diga-se de passagem, tem sido divertidíssimo nesta Copa, porque dá aquele gostinho de reparação histórica.

A Copa do Mundo começa para valer mesmo nas oitavas de final, onde quem perde, faz as malas. Agora, sim, podemos afirmar que a vitória de seleções menos tradicionais será zebra. Uma final entre Japão e Marrocos, por exemplo, seria a maior zebra da história. Mas o mais provável pelo chaveamento é que a final seja entre uma seleção sul-americana contra uma europeia. Enfim, quem viver, verá.