segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ser ou não ser nerd? Eis a questão...



Um nerd com power up matinal
It's me Mario!
Hoje eu acordei com a macaca! Não no sentido literal, claro, mas no sentido que hoje eu acordei com o meu espírito de nerd-escritor-blogueiro elevado a mais de oito mil (quem já assistiu Dragon Ball Z deve ter entendido esse pseudo trocadilho). Bem, o que eu estou tentando dizer é que tem dias que eu me acordo como se o meu espírito blogueiro estivesse funcionando a todo vapor - e hoje é um desses dias. Assim como a libido de uma mulher varia com o tempo, a minha inspiração para escrever e pensar também varia. E hoje eu poderia dizer que estou no meu período fértil mental. Essa é aquela fase onde as minhas ideias vem a mil e a minha capacidade de criatividade e de associação de ideias chega ao seu level máximo. O que quero dizer com essa ladainha toda é que eu deveria assinar a postagem com a tag 'power up' toda vez que a minha inspiração estivesse bombando como hoje. Isso porque eu me sinto muito mais livre, leve e solto para escrever e debater ideias quando me sinto assim. Tipo: as ideias vem naturalmente, tá ligado? E acredito eu que esse meu 'power up' torna também os textos mais instigantes de serem lidos. Sabe o Mario? Não, não é aquele de trás do armário: é o Mario da Nintendo que fica super poderoso toda vez que pega um power up. Quando eu acordo com a macaca, fico igual a ele quando pega aquele cogumelo alucinógeno.

Não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu sempre tenho aqueles dias em que a minha cabeça funciona melhor e normalmente isso acontece pela manhã logo que acordo ou de madrugada. Acho que o fato de eu ter uma formação acadêmica em design acaba influenciando um pouco no meu modo de pensar, porque o designer profissional pensa primeiro antes de colocar algo em prática - diferentemente dos artistas e dos pseudo-designers, que dependem de inspiração para criar algo quando lhes convém. Mas quando vem a inspiração e juntamente com isso vem o pensar, é como unir o útil ao agradável - ou como usamos no jargão do design: é unir a funcionalidade à estética.

Um nerd que deu certo

Um nerd na balada
Além de ter acordado com a macaca hoje, eu também acordei muito reflexivo porque tive um sonho muito peculiar nessa madrugada. Eu sonhei que eu estava numa balada, vendo todo mundo se pegando e todo mundo tirando um sarro com a minha cara porque eu não pegava ninguém. Nesse sonho horroroso, eu preferia ficar no fliperama jogando King of Fighters, do que ir pro meio da pista de dança pra curtir a festa, beber e cair na gandaia. O fato é que eu fiz nesse sonho exatamente o que eu faço em qualquer balada: nada. É por isso que eu odeio festas e baladas, porque eu não tenho nada pra fazer a não ser comer, aturar gente bêbeda e ver um monte de gente mais desenrolada que eu ir para pista de dança impressionar o sexo oposto com suas habilidades sociomotoras (sei lá se essa palavra existe). Confesso que sou um noob na arte da dança simplesmente pelo fato de eu não gostar de dançar. É por isso que eu considero a balada como sendo o último lugar que o nerd deveria conhecer na vida - tal como o cemitério dos elefantes é no filme o Rei Leão.

A balada preferida dos nerds
Mudando de assunto, o que é ser nerd?
Embora eu deteste rótulos para definir alguém, porque penso que eles estereotipam mais do que definem, acho que em alguns casos ele é bem vindo para descrever o comportamento de alguns exemplares da espécie humana. Eu por exemplo, sou altamente caseiro, geek por excelência, adoro ler, adoro estudar, adoro filmes de ficção científica, adoro videogames e uso um óculos tal qual o do PC Siqueira. Note que se eu disser que sou nerd ao invés de dizer esse monte de coisas em negrito, vai dar na mesma. É o comportamento que define um nerd. Mas é bom que seja dito que eu não nasci nerd! Talvez o meu jeito nerd de ser tenha sido uma consequência direta da timidez que eu carrego desde a adolescência. Quer ver só? Pare e pergunte: quais são os passatempos prediletos de um tímido? Possivelmente, você vai ouvir coisas do tipo: videogame, computador, filmes, animes, leitura, etc. E isso quase sempre também são passatempos para nerds! Não que apenas os nerds gostem dessas coisas, mas é quase inevitável - uma regra, eu diria - que o nerd também goste de tais itens. Mas só que nem todo nerd é tímido, porque eu conheço nerds por aí que são altamente sociáveis, extrovertidos e que falam pra caramba. Acho que ser nerd não é uma questão de personalidade, mas um estilo de vida. Porém, a timidez ajuda muito o cidadão a ser um nerd, pois a linha que separa a timidez da nerdice é muito tênue. No meu caso, acho que uni a fome com a vontade de comer.

PC Siqueira (à direita): outro exemplo de nerd bem sucedido

O bom de ser nerd é que você não tem um manual para seguir, tipo: os dez mandamentos para você ser nerd. O conceito é bastante flexível. Você pode ser nerd e ainda assim fazer coisas que normalmente um nerd não faz, como, por exemplo, sair pra dançar axé music numa micareta em Salvador. Acho difícil definir o que é ser nerd justamente porque não existe um conceito bem definido do que isso seja exatamente.

Os nerds não são todos iguais

Vale a pena ser nerd?
Sim, os nerds podem ter namoradas
Eu acho que o que vale a pena mesmo é você ser você mesmo. Não acho legal que alguém tente ser nerd à força só porque ser nerd está na moda ou porque o nerd parece mais inteligente. Penso que cada um deve criar um conceito para se definir - e não o contrário: usar um conceito preexistente para se definir. Eu gosto de tudo que os nerds gostam e faço tudo que os nerds fazem, logo, creio eu que pertenço a essa ilustre categoria.
O engraçado é que tem muita gente que acha que ser nerd é ruim porque um nerd não consegue pegar mulher - na verdade, são as mulheres que pegam os nerds. Conheci gurias por aí que tinham tara por nerds e se apaixonavam facilmente por qualquer um com óculos de aro grosso, que lê Stephen Hawking e que prefere jogar Star Wars on line do que ir para uma balada. Eu sou uma prova viva disso, pois apesar de raras, algumas mulheres já chegaram até mim com segundas intenções e a coisa fluiu naturalmente. Muito embora eu pense que o nerd tenha mais chance de conhecer alguém interessante no mundo virtual. Isso porque ele tem muito mais intimidade com esse mundo do que com aquela dança do acasalamento social onde as pessoas valem mais pelo que mostram, do que pelo que são.
E, sim, ser nerd vale muito a pena, desde que você seja um nerd de verdade.

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