terça-feira, 13 de agosto de 2013

Jogos violentos causam violência?


Sempre que ocorre algum crime e não se consegue descobrir as suas causas, a imprensa insiste em colocar a culpa neles: nos bons e velho videogames. O último caso foi o do garoto que supostamente matou os pais e depois cometeu suicídio em São Paulo. A culpa, para alguns, foi o videogame.


O grande problema dessa argumentação é que não existem evidências de que os videogames tornam as pessoas violentas – muito pelo contrário: pessoas violentas tendem a gostar mais de jogos violentos. O que ocorre aí é a famosa falácia post hoc ergo propter hoc, onde usam um fato aleatório que ocorreu antes do crime como sendo a causa do mesmo.


Eu não creio que games violentos tornem as pessoas violentas. Todas as pessoas que eu conheci (me incluo nessa) que jogavam jogos violentos nunca foram pessoas violentas e nem cometeram crime algum. A violência é algo que vem de outros fatores, como a falta de educação doméstica ou fatores psicológicos, por exemplo. Mas duvido muito que a causa da violência seja um bonequinho animado dentro de um aparelho de tevê.


O grande erro de culpar os games é que as verdadeiras causas dos problemas acabam sendo mascaradas. Sim, porque é mais fácil proibir a venda de games, do que resolver problemas reais que causam a violência, como a impunidade, o tráfico de drogas, a corrupção e a desigualdade social.

A seguir, um vídeo esclarecedor sobre o assunto do vlogueiro Denis Lee:




Imagens da página do Facebook GamePoser.

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