domingo, 27 de outubro de 2013
O aumento populacional e a violência masculina
Dia desses, vi que os índices de homicídios na Região Metropolitana do Recife (considerada uma das regiões mais violentas do país) caíram após a implantação do programa Pacto Pela Vida do Governo de Pernambuco. Um dos links dessa notícia segue abaixo:
Agosto registra o menor índice de homicídios dos últimos anos
Muita gente vai dizer: "Puxa, que bacana, tem menos gente morrendo". Mas será mesmo que isso só basta?
Previdência Social
Raciocine junto comigo: quando a qualidade de vida de uma população aumenta, consequentemente, a mortalidade cai, a taxa de homicídios cai e a violência com um todo é reduzida. Ok, até aí tudo bem. O problema é que com essa melhoria na qualidade de vida, as pessoas tendem a viver mais e a terem menos filhos. O resultado é que cada vez mais há menos pessoas para contribuir com a previdência social e mais pessoas passam a depender dela. Isso gera um déficit negativo que custa caro aos cofres do país, aumentando a dívida interna e criando a necessidade de aumentar a carga tributária para poder dar conta dos gastos. Isso significa que a nossa carga tributária provavelmente vai aumentar, ou então o Governo Federal vai ter que começar a fazer o que o governo da Suécia fez: vai precisar dar incentivos para que a população tenha mais filhos. Só que com a qualidade de vida elevada e nascendo mais gente, a população masculina tende aumentar consideravelmente. Mas será que isso é bom?
Os homens e a violência
Hoje temos mais mulheres que homens no Brasil, fato confirmado pelas pesquisas realizadas pelo IBGE há décadas. Acontece que, apesar disso, nascem mais homens que mulheres. Em média, nascem cerca de 105 homens para cada 100 mulheres. A explicação para esse desequilíbrio está na maior mobilidade dos espermatozoides que carregam o cromossomo Y, que define o sexo masculino. O que acontece no Brasil é que morrem muito mais homens que mulheres devido à negligência masculina com a própria saúde e também por causa da violência. Não é novidade para ninguém que homens têm mais agressividade por possuírem mais testosterona, por isso que tantos homens matam uns aos outros em brigas de torcidas, guerras, tiroteios, acidentes de trânsito, etc. Isso é que gera essa maior quantidade de mulheres na população.
Sabe-se também que a violência entre homens nunca foi coibida, muito pelo contrário: sempre foi estimulada e tratada como sagrada ou sendo parte da dominação masculina através da força e da violência. Com programas como esse Pacto Pela Vida e com a melhoria na qualidade de vida, temos uma mudança neste cenário, onde mais homens passam a sobreviver. Mas será que ter mais homens numa população é algo realmente positivo?
A importância da catarse
Todo mundo tem impulso para violência, uns mais, outros menos, mas todos têm. Por isso que devem ser desenvolvidas formas saudáveis de lidar com esse impulso para evitar brigas de torcidas, guerras, violência em casa, no trânsito, etc. E uma das melhores formas de lidar com isso é através da catarse, que é o nome que a psicologia dá para a "válvula de escape". Não adianta fazer como os pacifistas radicais que acham que tirar a violência dos olhos das pessoas vai fazê-la sumir do mundo. Não estou, com isso, dizendo que a violência é correta ou desejável, estou enfatizando que violência é um impulso natural. Por isso mesmo que o instinto da violência não deve ser reprimido, mas sim redirecionado de forma saudável para esportes, lutas marciais, jogos, filmes e até mesmo para o sexo. A catarse é que permite um maior controle da exteriorização da violência. Ao invés de bater em alguém na rua após uma briga de trânsito, a pessoa faz isso num ambiente onde é permitido extravasar esse impulso sem problemas para ninguém (como ocorre no game GTA, por exemplo).
Num mundo com mais homens, a catarse torna-se imprescindível, já que os homens têm maior impulso à violência. Por esta razão, deve-se criar programas que estimulem a catarse à medida que a população masculina aumenta como forma de evitar a violência. Se isso não ocorrer, passa-se a ter os problemas que vemos hoje em países como Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Paquistão e em quase todo o Oriente Médio, que é violência e mais violência. Não é à toa que esses países muçulmanos (que possuem mais homens que mulheres) precisaram usar a religião como forma de controlar os homens. Acreditando que irão para o paraíso ao lado de 72 virgens após a morte, os homens aceitam, assim, a se submeter a teocracia e a viver em abstinência sexual – já que não há mulheres suficientes para todos os homens. Claro que há outras razões políticas muito fortes para isso (como a disputa por petróleo, por exemplo), mas a desproporção entre homens e mulheres alimenta bastante a violência.
A monogamia e o equilíbrio populacional
Imagine que estamos numa ilha isolada do resto do mundo onde vivem 100 homens e 100 mulheres. Se for permitida a poligamia, que é o casamento de um homem com várias mulheres, vamos supor que cada homem se case com cinco mulheres. Nisso teremos 100 mulheres casadas com 20 homens, sobrando outros 80 homens solteiros. Agora me responde: você acha que esses 80 homens sem mulheres vão aceitar numa boa essa condição de serem castos para sempre? A história diz que não. Homens têm uma tendência a ter uma verdadeira ojeriza pela castidade, o que certamente causaria, neste exemplo, uma explosão da violência. No caso contrário, a poliandria – onde uma mulher se casa com vários homens – se uma mulher se casasse com cinco homens nesta ilha, sobrariam então 80 mulheres solteiras. Mas será mesmo que os homens iam querer 'rachar' a mesma mulher ao invés de ter uma ou várias só para eles? A história mostra mais uma vez que não. O casamento de uma mulher com vários homens não dá certo pelo fato dos vários maridos tenderem a se odiar e a se matarem na disputa pela única esposa. É por isso que a monogamia triunfa atualmente: porque ela evita esses extremos quando uma população tem equilíbrio entre homens e mulheres.
Quando há mais mulheres que homens numa população, a coisa se equilibra através da monogamia, mas e se houver mais homens que mulheres?
No Oriente Médio, onde temos mais homens que mulheres, passamos a ter um problema: a monogamia não possui essa 'propriedade mágica' de equilibrar a sociedade. A poliandria neste cenário é inviável e não temos a catarse (games, prostituição, pornografia e bonecas sexuais são proibidos nesses países), o resultado é que a única saída para evitar um colapso é o fanatismo religioso e as guerras constantes. É por isso que há tantos homens-bomba, tanta violência e tanto fanatismo quando algum ocidental ousa "debochar" do profeta deles, o Maomé.
Resumo da ópera
Se quisermos melhorar a qualidade de vida, não basta apenas agir superficialmente reduzindo o número de mortes. Vamos ter que investir também em esportes, diversão, lazer, cultura, atividades físicas, educação e afastar qualquer possibilidade de teocracia (como pretende a bancada evangélica). E devemos tomar cuidado para não eliminar a catarse caso a população masculina torne-se maior que a feminina, do contrário, teremos que morrer por Allah.
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