Desde que Luís Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República, em 2003, que o Brasil deixou de ter oposição. Não que a oposição do PT ao PSDB fosse grande coisa, mas ela ao menos tinha alguma coerência e confiança popular. O problema hoje é que a maioria dos políticos que se opõem ao PT ou são oportunistas, ou são interesseiros, ou são ignorantes, ou são golpistas. Quando a gente vê Bolsonaros, Olavos de Carvalhos, Rachel Sheherazades e Felicianos se declarando a única e verdadeira oposição ao PT, aí, por medo dessa gente, uma parcela razoável dos eleitores acaba sendo forçada a votar no PT por falta de opção. Daí que o PT acaba ficando no poder indefinidamente até esses malucos pró-ditadura, pró-bancada evangélica e pró-fascismo baixarem o tom dos seus discursos, coisa que duvido muito que ocorra em menos de meio século.
Muita gente tem deixado de seguir este blog por me achar um petralha safado, antipatriota, alienado, esquerdopata, esquerdomacho e conivente com a roubalheira porque nunca tentaram entender que qualquer pessoa minimamente coerente está entre a cruz e a espada. De um lado está a corja do PMDB que se juntou com a banda podre do PT para assaltar o país. Do outro lado estão um teocrata, um homofóbico, um fascista, um pilantra reacionário e outra que defende um moralismo ingênuo e amorfo. Todo mundo está vendo as burradas e sujeiradas do PT que tornaram esse país uma merda, mas quando a oposição desastrada não mostra competência nem pra dar um golpe, aí que a coisa piora (Aécio mesmo abandonou seus eleitores nas passeatas pró-impeachment, fazendo deles bobos-alegres). E daí que se a oposição não chega ao poder pelo voto e nem por meios "jurídicos", de que maneira ela pensa em chegar? O PT precisa de uma oposição séria, decente, que respeite a democracia, mas que também respeite o povo e que tenha compromisso com o crescimento do país.
Recomendo que as pessoas busquem novos partidos e novos políticos que deem um sangue novo a essa velha política que sempre dependeu de parte da banda salafrária do PMDB para governar o país. As coisas precisam mudar. Mas como a Dilma não vai cair, então nos resta pressioná-la para que ela possa, enfim, começar o seu segundo mandato de verdade, dando prioridade às promessas de campanha que a reelegeram. Ao menos isso.
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