segunda-feira, 4 de abril de 2016

Quem vai pagar o pato da FIESP?


É impressionante a inocência da massa de manobra que recebe filé mignon da Fiesp achando que ela está preocupada com o povo. A Fiesp não está fazendo a campanha do "Não vou pagar o pato" pensando em você. Nem a Fiesp e nem a Ciesp estão querendo a redução de impostos pensando no bem do povo. A Fiesp está pensando nela mesma e nos donos dos meios de produção que ela representa. Mexer nos direitos trabalhistas para beneficiar os patrões e manter os seus privilégios é tudo que a Fiesp quer: exatamente como ela fez também em 1964 ao apoiar e financiar a ditadura militar. A Fiesp é o maior ícone brasileiro do capitalismo selvagem, antidemocrático e autoritário, que usa o poder do dinheiro para impor os seus interesses. Mas se você é cabeça dura e acha que a Fiesp está preocupada com o trabalhador, com o povo e com o país, lamento informar, mas os vídeos abaixo vão te decepcionar um pouco:




A FIESP E O IMPEACHMENT
Senhoras e Senhores, Diretamente dos porões da ditadura, a excelentíssima: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo,FIESPAbram as cortinas!!
Publicado por Arrua Coletivo em Sábado, 26 de março de 2016



É claro que o PT errou várias vezes por ter conduzido a economia de maneira irresponsável e reacionária, chegando ao ponto de colocar Joaquim Levy como Ministro da Fazenda. Mas isso não justifica um impeachment sem crime de responsabilidade como solução. Tirar o PT do Palácio do Planalto dessa maneira não é a solução, porque agravaria ainda mais a crise. Ainda mais com 40 dos 65 deputados da comissão do impeachment envolvidos nas falcatruas da Lava Jato. Isso sem falar do tutu que a Fiesp deve estar investindo nesses parlamentares para motivá-los a caçar o mandato da Dilma.
Para quem ficou curioso com relação ao título deste post, quem vai pagar o pato da Fiesp não são eles: somos todos nós. O que o patronato quer é voltar a lucrar sacrificando o lado mais fraco da história: o trabalhador. A solução aqui é pressionar o Governo Federal para que ele foque na retomada do crescimento, evitando repetir os erros – e não aderindo a essa campanha golpista. Esse conto do vigário promovido pela Fiesp é um tiro no pé.
E para completar, duas notícias de última hora. A primeira é que o pato inflável da Fiesp é, na verdade, um plágio do pato de um artista holandês. E a segunda, a mais bombástica, é que o filho do presidente da Fiesp – que é futuro candidato do PMDB ao governo de São Paulo – está na polêmica lista da Panamá Papers. Muito espertinha essa Fiesp, não?


Não se engane: não caia nesse lero-lero de quem se finge de bom moço. Se essa oposição oportunista não passa de lobo em pele de cordeiro, a Fiesp também não passa de lobo em pele de pato. São eles que têm que pagar o pato, e não nós.


Acorda, meu povo!

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