Moro não foi aos EUA para passear na Disney |
No post anterior sobre esse assunto, deixei margem para uma interpretação equivocada sobre a influência política dos EUA na América Latina, em especial no Brasil. Embora ninguém tenha reclamado, é possível que algumas pessoas tenham ficado com a impressão que eu odeio os EUA ou que estou alimentando uma espécie de xenofobia contra os EUA. Não. Não é disso que se trata. Os EUA como nação, como sociedade, é uma grande nação. É uma nação amiga do Brasil que tem na sua liberdade, na sua história, no seu patriotismo e no seu legado cultural exemplos que são respeitados no mundo inteiro. O problema dos EUA está no seu Estado, no Pentágono, na CIA, nas suas grandes oligarquias, nas suas multinacionais usurpadoras e na sua política externa. São eles que são responsáveis por toda essa instabilidade política que ocorre atualmente na América Latina.
O povo dos EUA, as pessoas que vivem suas vidas normalmente no solo americano, são neutras e não causam qualquer influência negativa a outros povos. Na verdade, a população dos EUA sempre foi vítima da canalhice avarenta de sua plutocracia predatória. As guerras do Vietnã e do Iraque são provas disso, porque milhares de norte-americanos morreram inutilmente nesses conflitos por ganância das suas elites oligárquicas. Tirando os racistas e a extrema-direita, o povo americano de um modo geral é pacífico e produziu muita cultura que foi absorvida de forma positiva em várias partes do mundo. Não existe nenhum motivo para odiar os EUA como nação. O problema, repito, é o tipo de sistema adotado pelas oligarquias ianques que não poupa nem os seus próprios cidadãos.
Há pouco tempo li um post excelente onde o jornalista Miguel do Rosário explica porque mesmo sendo de esquerda, ela ama os EUA. Ama, inclusive, muito mais os EUA que os coxinhas e explica cada uma de suas razões. O texto dele segue no link abaixo:
-O Cafezinho: Porque eu respeito e amo os Estados Unidos muito mais do que os coxinhas
Tá aí uma coisa boa inventada pelos EUA: o movimento hippie |
Esclarecido isso, vamos aos fatos. A política externa dos EUA é predatória e não respeita nenhuma nação que não tenha armas nucleares. Tudo que o Estado e os oligarcas puderem fazer para o autoenriquecimento, eles farão. O imperialismo e a neocolonização são consequências da expansão dos domínios dos EUA por questões econômicas e políticas. É verdade que a Guerra Fria acabou, só que o problema hoje é outro. O Brics é uma ameaça aos EUA, estamos nos aproximando de uma crise internacional do petróleo, o dólar está ameaçado pelo crescimento da China, o capitalismo está atravessando mais uma crise: tudo isso torna urgente a necessidade da Casa Branca reverter os riscos contra os EUA. E o Brasil não é exceção no mapa dessa intervenção dos EUA, porque aqui temos riquezas naturais que possuem um grande valor econômico. Note que isso é bem diferente da globalização, que é a multiplicidade de relações econômicas saudáveis entre diversos países. Diferentemente da globalização, o imperialismo quer a submissão econômica, política e cultural dos países dominados. Apesar de nos EUA existirem políticos fantásticos como Bernie Sanders e Alan Grayson, a maioria dos políticos americanos são conservadores e não dão a mínima para a situação de desigualdade da América Latina.
A seguir, como prova, vou deixar quatro links que confirmam que os EUA – ou melhor, suas oligarquias – estão por trás tanto do Golpe quanto da tomada dos nossos recursos naturais:
-Pragmatismo Político: EUA estão agindo para desestabilizar a América Latina
-O Cafezinho: Wikileaks vaza bilhete sobre cooperação entre Sérgio Moro e EUA
-RBA: Governo invisível dos EUA e sua influência no Golpe em marcha no Brasil
-Revista Forum: Chomsky - Este é o momento mais crítico na história da humanidade
Imperialismo: desenhando para quem não entendeu |
Mas os EUA não cantariam de galo nas terras tupinambás se não tivéssemos cúmplices de Washington aqui dentro do nosso próprio país. Temos traidores da pátria que estão dispostos a entregar até o último centavo das nossas riquezas possivelmente em troca de algumas migalhas. Engraçado que os coxinhas carregam um ódio brutal contra o PT, mas são incapazes de sentir qualquer tipo de indignação contra quem está nos traindo e nos saqueando. Patriotismo nunca foi o forte dos empanados massa de manobra da mídia corporativa. Como já estou farto de repetir, essa gente só pensa em si e em comprar gadgets baratinhos na Flórida sem pagar imposto. Não estão interessados em questões patriotas. Não estão interessados em soberania nacional e alimentam um complexo de vira-latas que só serve para ajudar a manter o país na eterna faixa dos subdesenvolvidos.
Patriota foi o Marechal de Ferro Floriano Peixoto, que, segundo reza a lenda, peitou a Inglaterra lá no século XIX e disse que receberia os ingleses na bala caso eles ousassem colocar os pés aqui para impor sua política. Pena que nomes como Floriano Peixoto e até Fidel Castro nunca serviram de inspiração para quem nunca soube o que é patriotismo. Nenhum país será respeitado enquanto se comportar como um covarde que prefere entregar suas riquezas a bater no peito e dizer que os usurpadores serão recebidos à bala.
E foi assim que Cuba peitou os EUA mesmo sem ter bombas atômicas |
Brasileiro ´ é burro burroooooooooooooo pqp
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