Repito pela enésima vez: NÃO existe mídia imparcial. Quem acredita que existe imprensa imparcial deveria acreditar também em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e no Monstro do Lago Ness. Todos os jornais, revistas, sites, blogs e emissoras de televisão têm lado, têm interesses e, mesmo que não tivessem, seriam parciais do mesmo jeito. Seres humanos não são robôs, não é possível passar uma notícia – especialmente sobre política – sem incluir a própria versão dos fatos. O uso de figuras de linguagem, da semiótica, da voz ativa ou passava e até da hierarquia de informações sempre vai transmitir parcialidade, ainda que disfarçada.
Se algum jornal se diz "imparcial" saiba que é uma mentira deslavada. E é através dessa mentira deslavada que a lavagem cerebral é feita, porque se a notícia transmita ao público é vendida como "imparcial", então ela é "verdadeira" e "sem distorções" na mente do incauto que recebe a notícia. Isso é tão fácil de perceber... Será que a Veja fala dos escândalos do PSDB com a mesma frequência e rancor com que fala dos escândalos do PT? E a Carta Capital, será que ela fala dos escândalos do PT com a mesma frequência e rigor com que fala dos escândalos do PSDB? E você acredita mesmo que os telejornais da Globo e da TV Brasil são realmente imparciais?
É por isso que a mídia precisa ser democratizada e regulada: para que existam mais pontos de vistas e vozes diferentes mostrando suas próprias versões da realidade. Assim ocorre na maioria dos países de primeiro mundo justamente para evitar monopólios de informação que só servem manipular a opinião pública a favor de uma minoria privilegiada. O real problema, como dizem, nem é o que vira notícia, mas sim o que deixa de virar. Se for depender da seletividade parcial da grande mídia corporativa, só vira notícia mesmo o que não vai mudar a sua vida para melhor.
Tipo de gente que acredita que a mídia é imparcial |
Olha alguns exemplos de "imparcialidade" abaixo:
Acorda, criatura!
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