Este país está tão maluco, que defender o keynesianismo – que sempre foi a última trincheira de salvação do capitalismo financeiro – virou coisa de "comunista". Defender reformas de base também virou coisa de "esquerdopata". Sociologia, filosofia e até educação física viraram também coisa de "comunista gramsciano". Tirar o debate político da escola, através do projeto de extrema-direita "escola sem partido", é visto como algo "apartidário". Perseguir um só partido político de centro-esquerda de maneira vil, covarde e beirando um Estado de exceção virou "justiça". Uma porcaria de uma emissora corporativista que apoiou dois golpes de Estado é vista como "democrática" e "imparcial". Daí eu me pergunto: que país maluco é este que estamos vivendo hoje? Será que todo mundo enlouqueceu de vez?
Às vezes penso, por isso, que não é possível fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos. Ou criamos uma Constituição mais igualitária, mais progressista; ou seremos eternamente vítimas de um Estado burguês, plutocrata, conservador e antinacional.
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| O macarthismo tresloucado virou pandemia |
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