sábado, 17 de dezembro de 2016
Silas Malafaia cai em contradição mais uma vez
Recentemente, o pastor Silas Malafaia sofreu uma condução coercitiva no mesmo estilo que o Lula havia recebido. O pastor que elogiou a condução ilegal do ex-presidente e achou que quem reclamou dela era "esquerdopata" acabou provando do próprio veneno. Dessa vez, deve ter caído a ficha do pastor de que estamos entrando cada vez mais num Estado de exceção: num estado policial-jurídico que atropela a presunção de inocência e a própria lei. Mas enfim, não é primeira vez que o pastor Silas Malafaia cai em contradição. Apesar de achar bem feito para ele por um lado, discordo veementemente da condução autoritária e ilegal que fizeram do pastor, assim como também discordei da condução do Lula. Acho uma tremenda estupidez desse pessoal que comemora a condução de um dos dois (ou dos dois), porque hoje está sendo com o Malafaia e com o Lula: amanhã poderá ser comigo e com você.
Essa espetacularização midiática das conduções e esse autoritarismo podem acabar rendendo processos indenizatórios contra o Estado caso abusos sejam comprovados. E, se ganharem a causa, os conduzidos ilegalmente poderão ficar impunes de seus crimes, caso realmente tenham os cometido. A justiça boa é a justiça silenciosa, correta, discreta, precisa e eficiente. Como bem disse o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão:
"É vergonhoso que no Brasil de 2016, depois do aprendizado democrático intenso dos últimos treze anos, ainda tenhamos que ver pessoas embrutecidas baterem palmas para o arbítrio, seja de que lado for."
O Brasil não pode andar para trás e simpatizar novamente com um Estado de exceção. Estejamos alertas, porque o terror continua, só mudou de cheiro e de uniforme.
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