domingo, 8 de outubro de 2017
Guest Post: Os planos imperialistas para o Brasil
Quem conhece este blog sabe que eu não gosto muito de publicar textos de terceiros, mas alguns textos são tão espetaculares que eu faço questão de deixá-los registrados neste espaço. E o texto que vou deixar desta vez, do colunista Fábio de Oliveira Ribeiro, do jornal GGN (original aqui), trata sobre os planos imperialistas norte-americanos de ataque à soberania do Brasil ao longo dos séculos. O artigo revela o porquê de toda esta loucura que vem acontecendo com o Brasil e dos planos maquiavélicos da direita ianque para o nosso país. Vale a pena ler:
"Em texto publicado aqui mesmo no GGN, Fernando Horta questiona os planos da extrema direita para o Brasil. Tenho a impressão de que ele se esqueceu de algo importante: o projeto da direita norte-americana para nosso país.
Durante o império, a direita norte-americana tentou fragmentar o território nacional. Refiro-me obviamente Confederação do Equador. Episódio sangrento da história brasileira, a conspiração separatista de 1824-1831 foi apoiada pelos EUA e resultou na prisão e execução de um norte-americano no Rio de Janeiro. Duas décadas depois, os EUA cogitaram roubar a Amazônia do Brasil.
A direita norte-americana favoreceu Solano Lopez na Guerra do Paraguai e, em maio de 1868, o Duque de Caxias proibiu que o navio de guerra Wasp dos EUA furasse o bloqueio do Rio da Plata. A insistência dos EUA quase provocou uma guerra entre brasileiros e norte-americanos. A desforra por esta afronta ocorreu quando da rebelião da esquadra brasileira, oportunidade em que a marinha dos EUA apoiou o regime de Floriano Peixoto e consolidou a república dos patriotas.
O exército dos EUA cogitou invadir o Nordeste durante a II Guerra Mundial, usou seus prepostos brasileiros para atacar ferozmente Getúlio Vargas nos anos 1950, fomentou e apoiou os golpes de 1964 e de 2016. Há décadas o império racista dos olhos azuis tem sabotado toda e qualquer iniciativa que leve à modernização das forças armadas brasileiras, especialmente a construção de uma Marinha de Guerra que seja digna deste nome. Não por acaso nosso submarino nuclear foi afundado antes de ser lançado ao mar pela Lava Jato (uma operação capitaneada por Sérgio Moro, juiz formado nos EUA e premiado pela direita norte-americana).
Historicamente o projeto da direita norte-americana para o Brasil sempre foi o mesmo e me parece evidente: guerra civil e fragmentação territorial. Até 2014 este projeto havia conseguido se impor apenas de maneira parcial (em 1932 ele foi derrotado com o uso da força bruta), mas a segunda vitória de Dilma Rousseff acirrou os ânimos e fortaleceu os idiotas que odeiam o Brasil e pregam a separação do sul/sudeste do nordeste do resto do país. O recente sucesso da caravana de Lula pelo Nordeste levou muitos entusiastas do lulismo defender nas redes sociais a separação do norte/nordeste do restante do Brasil.
Em maio comparei o golpe de 2016 à Confederação do Equador. A comparação ainda me parece pertinente. Em agosto voltei ao assunto, em virtude do aprofundamento da crise política, social, econômica e militar que ameaça o país.
As forças econômicas, políticas, sociais e culturais que forjavam um mínimo de coesão nacional e garantiam a integridade territorial foram destruídas pela direita norte-americana. Portanto, este é um projeto importante que merece ser discutido. Desgraçadamente, nem mesmo intelectuais do galardão de Bresser Pereira ousam fazer isto. No projeto de nação que ele concebeu não há uma só palavra sobre a ameaça interna provocada pela pressão externa pelo controle do nosso petróleo, água, florestas, recursos minerais, etc.
Enquanto perdemos nossa identidade, a direita norte-americana avança sobre nossas instituições. A PF já foi transformada numa espécie de DOPS da Embaixada dos EUA. O MPF e a Justiça Federal comprometeram o crescimento econômico do Brasil ao destruir segmentos inteiros da indústria nacional (estaleiros que prestavam serviços à Petrobras, construtoras, indústria alimentícia, etc.). A reação dos partidos políticos é modesta e envergonhada e os militares fazem de conta que o país não corre qualquer risco muito embora esteja sendo riscado do mapa.
Se alguém quer rediscutir a nação terá que necessariamente discutir o crescimento assustador da presença dos EUA no Brasil. Caso contrário, seguiremos afundando no vira-latismo de procuradores-pastores como Dallagnol, que tece elogios rasgados aos norte-americanos e ofende nossos ancestrais brasileiros."
eu acho que é exagerado essa idéia de achar que os eua tem algum plano maléfico contra a gente.
ResponderExcluirNão é questão de achar, é questão de conhecer a história. E atualmente, depois que os EUA ficaram sob ameaça de ter o petróleo da Arábia Saudita sendo negociado em yuan ao invés do dólar, tudo é possível. O desespero dos EUA é notório e por isso eles estedem seus tentáculos sobre a América Latina, especialmente sobre Venezuela, Brasil e México, que possuem as maiores reservas de petróleo da região.
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