Ontem pela manhã, ao fazer uma pesquisa sobre miscigenação, eu tive o desprazer de ler uma série comentários racistas em um vídeo do Darcy Ribeiro e em outro do Jorge Amado sobre o tema. Esses comentários que li diziam que o povo brasileiro, especialmente o pobre e do nordeste, era "feio, atrasado, burro e preguiçoso" devido à miscigenação. E o racismo desses comentários ficava explícito quando diziam que os europeus são mais desenvolvidos que nós por serem racialmente "puros". Como se não bastasse essa infestação de comentários beirando o nazismo, os comentaristas ainda lançaram diversas palavras de ódio contra Lula, Dilma e o PT por darem "esmola" para sustentar a "ralé".
Membro típico da classe média brasileira |
Esses comentários que li no YouTube foram verdadeiramente criminosos, mas não foram muito diferentes de coisas semelhantes que já li antes em outros sites. Esse ódio contra o negro, contra o pobre, contra o nordestino e contra o povo brasileiro de um modo geral faz parte do tal complexo de vira-lata e da nossa falta de uma educação libertadora. Esse complexo de inferioridade atinge em cheio a classe média porque ela sente uma necessidade bizarra de se diferenciar dos mais pobres e de ser como os ricos. E como ela sabe que nunca será rica de fato, resta o ódio e o preconceito contra os mais humildes como forma de mascarar a própria frustração. A nossa classe média é uma das mais abomináveis do mundo por ser ignorante, individualista, violenta e antipatriota. É por isso que nós, que fazemos parte da minoria mais politizada da classe média, temos que lutar para desalienar as pessoas e combater todas as formas de preconceitos. Não podemos ser cúmplices do fascismo e do ódio.
O vídeo abaixo, do professor e diretor Tales Ab'Sáber, esclarece o ponto ao que eu quero chegar:
Wellington eu não sou contra miscigenação mais deve haver um controlo para não destruir as raças
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