Desde o maravilhoso trailer da Kara que eu já previa que Detroit: Become Human (DBH) seria um grande jogo por ele mexer com as emoções dos jogadores. Na mesma linha de Heavy Rain, Beyond: Two Souls e Life is Strange, o game – que estou acompanhando as gameplays através de canais gamers do YouTube – envolve o jogador na trama através de um enredo bem construído com múltiplas possibilidades de decisões e com consequências únicas para cada uma delas que afetam toda a história. A história protagonizada por três androides é uma mistura de Blade Runner com elementos emprestados dos romances de Isaac Asimov sobre a evolução das máquinas e da inteligência artificial. Mas mais que um simples game de ação, drama e suspense, Detroit Become Human traz uma critica social densa. Vemos nas entrelinhas do enredo uma crítica a toda a humanidade, aos nossos preconceitos, à nossa xenofobia, aos nossos medos, às nossas fraquezas e ao nosso conceito do que é "estar vivo". A nossa superioridade como espécie é colocada em xeque posto em vista a capacidade de empatia e de sentir e expressar sentimentos que os androides também possuem. Questões como alma, vida após a morte e deus vêm à toda em diversos momentos do game. A dublagem, apesar das pequenas falhas de sincronia, é muito boa, com uma linguagem natural, sem aquela dublagem artificializada e sem palavrões comuns em filmes. Aliás, a dublagem dos games de um modo geral é bem melhor do que a dos filmes por permitir maior naturalidade e liberdade para os dubladores. Isso deixa a experiência do game mais realista e imersiva. Ao invés de ouvir coisas do tipo:"aqueles tiras filhos da mãe estão nos prejudicando", você escuta o que realmente é dito:"aqueles policiais filhos da puta estão nos fodendo".
Enfim, é nessas horas que eu lamento não ter um PS4, porque além de ser graficamente impressionante (o melhor gráfico que vi até hoje num game), DBH tem uma temática que me fascina e um estilo de jogo que adoro. O trailer do game segue abaixo:
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