sábado, 27 de outubro de 2018

Heil Bolsonaro


Muita gente que vai votar no candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro considera que suas frases extremistas não passam de "blefe". Antes da Alemanha tornar-se nazista também se achava que o discurso pernicioso de Adolf Hitler não era uma ameaça real e aí deu no que deu. Com toda a repulsa que hoje o mundo pós-guerra tem do Führer, sabemos que ao menos ele tentava manter uma aparência de civilidade. Hitler não fazia apologia à tortura e nem homenageava torturadores. Hitler tinha consideração pelos alemães, chegando ao ponto de considerá-los superiores racialmente. Mas esse tipo de coisa não se vê no Bolsonaro. Jair Bolsonaro não tem a civilidade e nem o carisma do líder nazista. Ele enxerga o próprio povo brasileiro como um aglomerado de vira-latas e despreza sem pudores quilombolas, indígenas e até mulheres. O economista maluco dele defende a venda de todo o patrimônio público, porque somos, segundo o viralatismo da nossa cultura, incompetentes e corruptos demais para gerir o que é nosso. Ou seja: Bolsonaro não tem respeito nem pela própria pátria. Apesar de usar o mesmo slogan de Hitler em sua campanha, ele consegue ser ainda pior que o próprio Führer.


Mesmo que as promessas extremistas do Bolsonaro não sejam concretizadas (de eliminar os vermelhos, minorias e vagabundos), o discurso de ódio cultivado por ele há anos já contaminou a sociedade. Se ele não fizer as monstruosidades que defende impunemente, os seguidores fanáticos dele farão – como, aliás, já começaram a fazer. Uma espécie de turbilhão nazista tomou conta da população graças às mentiras proliferadas criminosamente nas redes sociais e, por conta disso, estamos deixando de lado um projeto de governo baseado no desenvolvimento socioeconômico para abraçar um neofascismo sem projeto de nação. E com esse judiciário acovardado, certamente muitas ações violentas que ocorrerão serão relativizadas ou ficarão impunes.


Num post passado, eu mostrei as características fascistas de Jair Bolsonaro e seus riscos. A imprensa internacional em peso também está alertando há bastante tempo do risco desse sujeito causar uma tragédia política para o país. Estamos correndo o risco de invadir a Venezuela, de cair numa grande instabilidade econômica e de aumentar o genocídio de negros, índios e pobres. Nem a extrema-direita europeia gosta do Bolsonaro (vide Le Pen), porque ele é troglodita demais e radical demais até para um Adolf Hitler. O mais triste de imaginar é que tínhamos a possibilidade de escolher algo diferente dele, mas muitos optaram em não fazer isso. Sabe-se lá o custo que isso terá para os brasileiros e para a humanidade. Depois não digam que eu não avisei...


2 comentários:

  1. R.I.P. Brasil
    *?
    † 12 de maio de 2016
    †† 31 de agosto de 2016
    ††† 28 de outubro de 2018

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  2. Estou triste como o povo pode votar nele

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