Durante esses últimos dias, o astrólogo guru do Bolsoclã – o nosso velho conhecido Olavo de Carvalho – fez uma série de declarações polêmicas nas redes sociais a respeito do formato do planeta Terra. Apesar de não ter assumido (ainda) que acredita na Terra plana, Olavo flertou com a ideia de que a Terra tem forma de disco, elogiou os terraplanistas e declarou que a água é plana. Apesar de ter sido criticado até por seus seguidores mais fiéis, Olavo tem insistido neste assunto superado desde a antiguidade, quando Eratóstenes calculou com uma precisão surpreendente a circunferência da Terra.
Olavo olavando... |
Honestamente falando, eu não me surpreendi nem um pouco com as afirmações do astrólogo da extrema-direita, uma vez que ele nunca deu crédito ao pensamento científico e ainda por cima contesta o heliocentrismo com argumentos que beiram a idiotice. Com seu ego inflado devido à bajulação mórbida de seus seguidores, os tais olavettes, Olavo acabou ficando ainda mais demente e míope diante da realidade. Com sua arrogância e falta de senso crítico, Olavo se acha grande coisa, mas ele não passa de uma mosca do cocô do cavalo do bandido: um parvo delirante amante de teorias conspiratórias que só fez fama graças ao crescimento da extrema-direita no mundo. E juntando a sua falta de limites com sua tara por teorias desconexas com a realidade, o que restou agora para o velhinho boca suja foi cair no fundo do poço das teorias conspiratórias.
Água plana só existe na Terra plana |
Não, Olavo, a água não é plana
É claro que a ideia das águas do planeta serem planas é uma grande anedota, mas não custa nada mostrar o porquê disso ser uma afirmação absurda. A superfície da água, assim como a Terra, possui uma curvatura que foi demonstrada por vários experimentos como o de Alfred Russel Wallace. Além disso, o nível da água nos oceanos é maior no equador do que nos polos devido à força centrífuga causada pela rotação do planeta, como foi exemplificado neste belo vídeo. O nível da água dos oceanos no equador está cerca de 8 quilômetros mais alto que nos polos. Isso sem falar das forças de maré e de experimentos simples como o desaparecimento do mastro dos navios sumindo por último em relação ao casco ao se afastar do campo de visão de um observador.
Enfim, esse assunto já recebeu mais atenção do que devia e eu não vou ficar aqui tocando tambor pra louco dançar.
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