Hoje, 20 de julho de 2020, o Brasil se aproxima da trágica marca dos 80 mil mortos pela Covid-19. 80 mil é a capacidade máxima do Maracanã. 80 mil foi o total de mortes com a bomba atômica que explodiu em Nagasaki, no Japão. São 80 mil famílias chorando seus entes queridos enquanto um néscio psicopata no cargo público mais importante do país falava de "gripizinha" e faz propaganda de um remédio sem qualquer comprovação de eficácia. Esse é o tamanho da nossa tragédia amparada por parte das Forças Armadas que está ocupando cargos importantes no executivo. A presença de um general no comando do ministério da saúde coloca o Exército – como bem criticou o ministro Gilmar Mendes – como coparceiro de um verdadeiro genocídio. Os generais ficaram ofendidíssimos com o ministro Gilmar porque ele usou a palavra "genocídio", mas oras, quem estudou sobre a Guerra da Tríplice Aliança sabe bem que o genocídio não é exatamente uma novidade para as nossas FFAA. 80 mil mortos numa pandemia também é um tipo de genocídio: um genocídio por omissão, por negligência, de ter se associado a um homem cuja família está envolvida até o pescoço com as milícias cariocas e sempre fez pouco caso dos mortos e desaparecidos em outro genocídio que ocorreu entre 1968 e 1978 no Brasil. Não foi à toa que o PDT denunciou o inominável no Tribunal Penal de Haia.
Deixo minha solidariedade a todas as famílias que choram por essa tragédia. Precisamos de oitenta mil minutos de silêncio.
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