Meu povo, não se iluda. Nem Lula, nem Ciro, nem Boulos, nem Manuela, nem Haddad, nem Dino, nem ninguém nos próximos anos terá condições de governar o Brasil com a mesma tranquilidade que ocorreu entre 2003 e 2012. Naquela época de ouro do petismo – onde tivemos inúmeras melhorias e avanços sociais na renda, na qualidade de vida e no acesso ao ensino superior – estávamos navegando em outros mares. O capitalismo financeiro estava em um raro momento de estabilidade. Mas desde 2008 que a conjuntura vem mudando até ter sofrido o golpe de misericórdia com a pandemia do Coronavírus em 2020. Olhe no caso do Brasil: sofremos um Golpe de Estado, os militares estão no poder novamente, Lula continua sendo perseguido pela Lava Jato, o fascismo está em alta, estamos numa época de pós-verdade, há aumento histórico do desemprego, dólar nas alturas... A burguesia não quer saber de conciliação neste momento: ela quer aumentar a exploração e as desigualdades através do neoliberalismo para poder se manter por cima. Se alguma força progressista se eleger em 2022, ou ela será controlada por rédeas curtas pela elite econômica, ou então será novamente golpeada.
O momento que estamos vivendo agora é de luta, é de politização, é de construir consciência social nas pessoas. Temos que nos organizar para futuramente combater esse sistema e substitui-lo por outro menos injusto, seja socialismo, cooperativismo, projeto Vênus, anarquismo... Insistir na manutenção status quo vai apenas nos tornar reféns por mais tempo ainda de todas as mazelas do capitalismo bancário. E não se precipitem: ainda não há como fazer revoluções neste momento. Precisamos começar com um primeiro passo, que é esquecer essa ideia perecível de conciliar burguesia com proletariado e capital especulativo com capital produtivo. O momento é de pensarmos em uma forma de destruir o capitalismo lá na frente.
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