A imagem acima é autoexplicativa. Países ricos e pobres existem graças à dinâmica exploratória do sistema capitalista. O capitalismo, para quem não sabe (ou finge não saber), é um jogo de soma zero, ou seja: para existirem países ricos, é necessário que existam países pobres. Riqueza não surge do nada: ela vem ou do trabalho, ou da exploração dos que trabalham. Sabe por que o EUA é o país mais rico do mundo? Simples: porque ele investe mais em tecnologia, industrialização e poder bélico. Os países pobres também tentam investir em tecnologia, industrialização e poder bélico. O problema é que eles são rapidamente boicotados, sabotados, saqueados, pilhados, minimizados e explorados pelos países ricos que não querem concorrência. Políticas ultraliberais, embargos, lawfare e medidas de transferência de renda advindas do Consenso de Washington destroem qualquer ambição de qualquer país em desenvolvimento em se tornar rico um dia. O Brasil é um bom exemplo disso. As políticas neoliberais têm se tornado cada vez mais agressivas na terra descoberta por Cabral. Isso porque temos um potencial enorme para incomodar as grandes potências econômicas. Veja o nosso programa nuclear e a nossa base de Alcântara, por exemplo. Ambos foram sabotados pelas políticas de guerra híbrida estadunidenses. O que os países do G7 querem é a nossa dependência econômica: querem que sejamos um país extrativista que vende matéria-prima quase de graça para eles e, em troca, importamos produtos industrializados de alto valor agregado.
Portanto, esqueça esses argumentos racistas de que brasileiro é preguiçoso, de que japoneses e norte-americanos são mais inteligentes, de que somos um bando de vira-latas corruptos e outras tolices que nos cegam diante da real causa das desigualdades. Temos que lutar pelo fim do capitalismo, porque enquanto ele existir, viveremos para sempre em um planeta divido entre pobres e ricos.
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