Você não é você mesmo. Você não é quem você pensa ser. Todos os dias nós acordamos de manhã e seguimos um roteiro preestabelecido do que achamos que é a nossa vida. Passamos toda a vida usando máscaras e interpretando papéis sociais que nos são impostos dentro de uma realidade que pode ser uma mera simulação de computador. Curioso e espantoso ao mesmo tempo, não? Agora imagine você ter toda essa informação jogada na sua cara numa tela de cinema aos 15 anos de idade. Foi assim que eu me senti quando assisti ao primeiro filme da série Matrix, lá em 1999. Os dois filmes seguintes, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions não causaram o mesmo impacto, mas também foram bons devido aos efeitos especiais e à conclusão da história. E foi só. A série podia muito bem ter parado por ali. Mas não. Os executivos da WarnerBros inventaram de ressuscitar a série com o recém-lançado Matrix Ressurrections por qualquer motivo financeiro e o resultado ficou muito aquém do esperado.
John Wick parando as balas com o poder da mente. |
Não assisti a esse Matrix 4 por total falta de interesse. Já faz anos que não assisto filme algum porque perdi totalmente o interesse pela sétima arte. No caso de Matrix, mesmo sendo uma franquia que amo de coração, também não tive a menor empolgação. Mas ao menos tive curiosidade sobre o que as pessoas sentiram ao assisti-lo. E até agora não vi absolutamente ninguém dizer que o filme é excelente. O que a crítica no geral vem dizendo é que ele é só uma encheção de linguiça para dar dinheiro para a WarnerBros. Novelesco, superficial, macarrônico, piegas e autorreferente foram alguns adjetivos para o filme. A média geral dele tem ficado entre 5 e 7 (de 0 a 10). E pela sinopse, deu para ver que ele foi realmente horrível. Uma pena.
Pode continuar sonhando, Mr. Anderson. |
Era até possível que esse filme fosse um pouco melhor se tentasse ir mais a fundo nos questionamentos do primeiro filme, como colocar em dúvida se Zion, por exemplo, é real ou se é apenas mais uma camada de simulação de uma Matrix ainda maior. Críticas contundentes às redes sociais e ao sistema capitalista como um todo poderiam ter um foco maior. Novas tecnologias poderiam ser incrementadas para se acessar a Matrix e um enredo menos brega e confuso poderia prender melhor o espectador. Para piorar, o filme não conta com os atores Laurence Fishburne e Hugo Weaving que são absolutamente icônicos na série. E trazer de volta à vida personagens mortos que fecharam o seu ciclo no Matrix 3 (Neo e Trinity) deixou tudo ainda mais forçado.
Enfim, eis aí mais um filme que nunca assistirei.
Caraca, você não assiste mais filmes atuais?
ResponderExcluirNão.
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