sábado, 18 de junho de 2022

Estamos vivendo um segundo holocausto


O dramaturgo alemão Bertolt Brecht disse certa vez que há muitas maneiras de matar uma pessoa. Cravando um punhal, tirando o pão, não tratando sua doença, condenando à miséria, fazendo trabalhar até arrebentar, impelindo ao suicídio, enviando para a guerra, etc. Só a primeira é proibida por nosso Estado. É exatamente este o grande problema que o capitalismo financeiro impôs ao mundo há mais de um século. E as pessoas que mais são assassinadas direta e indiretamente pelo Estado burguês são, não por acaso, justamente os negros, índios, pardos e pobres. Quase toda semana ocorre uma chacina nas favelas brasileiras, pessoas morrem de fome porque o salário não dá para se alimentar, pessoas adoecem porque trabalham demais e até uma pandemia mata muito mais as pessoas em estado de maior vulnerabilidade social. Assim como o Estado alemão matou propositalmente ciganos, homossexuais, deficientes, comunistas e judeus durante o nazismo, o Estado burguês mata sem piedade grupos étnicos que historicamente têm sofrido com maior intensidade as consequências da alta desigualdade social. E o pior é que tudo ocorre disfarçadamente, com a imprensa omitindo informações e com o governo escondendo os números de um verdadeiro genocídio. Quantos milhões já perderam suas vidas e quantos ainda precisam morrem até que as pessoas abram os olhos e enxerguem este verdadeiro holocausto?

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