É engraçado como nesta década de 2020 o mundo está radicalmente diferente daqueles longínquos anos 1980. Olhando de perto, parece até que vivíamos em outro planeta. Hoje em dia não precisamos mais esperar aquelas filas enormes nos banco graças ao pix, podemos jogar o game retrô que quisermos de graça no celular, podemos assistir a série que quisermos na Netflix, podemos montar nosso próprio estúdio profissional no PC, temos filmadoras e câmeras 4K embutidas nos smartphones, não precisamos mais usar os horrorosos orelhões para fazer ligações, aqueles mapas grandes e mofados caíram em desuso graças ao GPS, usamos o ChatGPT para realizar tarefas escolares e profissionais, pedimos comida com um clique e vivemos no auge de diversas tecnologias. Fora que a expectativa média de vida aumentou, várias doenças já têm cura ou tratamento e até as bonecas sexuais atuais estão hiper-realistas. Daí que eu me lembro sem qualquer nostalgia da desgraceira que era ter que colocar lã de aço na antena da TV para conseguir assistir a novela, gastar um dinheirão com revelação de fotos, fazer curso de datilografia para usar a máquina de escrever, ter que rebobinar fita VHS da locadora para não levar multa, viver em super inflação e temer o fim do mundo com a ameaça nuclear da Guerra Fria. Apesar do saudosismo da minha geração (millennials) com relação aos anos 80, a gente precisa cair na real que foi uma época muito ruim comparada com as posteriores. As únicas coisas que salvaram a "década perdida" foram a música (especialmente o rock nacional), os primeiros videogames 8 bits, os primeiros tokusatsus da Rede Manchete e o revolucionário Walkman. Ah, e, claro, a Constituição de 1988, apesar de suas imperfeições, também foi uma conquista que marcou o fim do autoritarismo no Brasil.
Ainda prefiro os anos 80. Tinha mais magia e liberdade, hoje as pessoas são vigiadas e controladas pelo governo, mídia, etc.
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