Que a internet nos trouxe uma batelada de benefícios, ninguém nega. Mas junto com ela, ganhamos também muitas mentiras e desinformações. Afinal de contas, se o papel aceita qualquer coisa, a internet aceita muito mais. E nem precisa ir para a deep web para ver coisas cabeludas nesse sentido. Teorias conspiratórias envolvendo fatos consolidados pela ciência, por exemplo, brotam aos milhares todos os anos na própria surface web. A lista de loucuras é longa: Terra plana, Lua oca, pirâmides feitas por extraterrestres, ovnis nazistas, reptilianos infiltrados em governos, Ratanabá e outras barbaridades do gênero. Nem o pobre do T.Rex escapou. Tem uma galerinha aí afirmando que o dinossauro mais popular do período Cretácio esteve na arca de Noé e, pior: ainda por cima era vegano. Imagine só: um T-Rex vegano na arca de Noé.
O T-Rex não era bem assim... |
Obviamente, não existe nenhum fundamento na afirmação de que o Tiranossauro era vegano. Todas as evidências apontam justamente para o contrário. Já sobre ele estar presente na arca de Noé, eu prefiro nem comentar. Sobre isso só afirmo duas coisas: primeiro, que eles foram extintos 65 milhões de anos antes de qualquer ser humano existir; e, segundo, que a arca de Noé nunca existiu.
Outra coisa que falam bastante na internet é que o T.Rex tinha uma farta plumagem cobrindo todo o corpo. Ok, dizer que ele tinha penas não é uma teoria conspiratória, mas também não é uma afirmação sustentada pelas evidências fósseis. Apesar de várias espécies menores de dinossauros terem tido o corpo coberto de penas, no caso do T.Rex parecia ser diferente. Isso porque penas podiam causam super aquecimento no corpo do bicho por ele ser muito grande e pesado. Aparentemente, apenas os filhotes da espécie tinham uma pequena penugem que era perdida com o tempo.
Agora esse papo de T.Rex vegano... Pelamordedeus...
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