Ontem eu fiquei bastante indignado (mas nem um pouco surpreso) com aquela baixaria lamentável dos senadores da direita “feijão com arroz” contra a ministra do meio ambiente Marina Silva na Comissão de Infraestrutura do Senado. Com seus ataques machistas típicos do velho cornelismo brasileiro, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Plínio Valério (PSDB-AM) e o bolsominion presidente do colegiado Marcos Rogério (PL-RO) protagonizaram uma das cenas mais vergonhosas desde a redemocratização. Notavelmente, todo aquele circo nauseabundo teve como objetivo atacar ministros do governo e criar cortes para virar memes para a direita teratológica que infestou o país desde a candidatura do Bolsomonstro a presidência. Apesar da covardia de vários homens tentando calar e agredir a ministra, ela não se calou e não se colocou em seu “devido lugar”. Quem realmente saiu maior daquela baixaria toda foi a ministra Marina Silva, porque ela desafiou aquele bando de machos pré-históricos e seus discursos escatológicos contra o meio ambiente. Não sou lá muito fã da ministra, mas tenho que admitir que ela é uma mulher GIGANTE.
Ah, e com relação ao tema que estavam discutindo, lembre-se que ao rasgar a legislação ambiental não é o capitalismo que vence, somos nós que perdemos. O tal “progresso” que uns querem para certas regiões do país significa efeitos colaterais no clima e em nossas vidas no médio e longo prazo. Mas quem disse que um bando de muquiranas que só pensam em dinheiro e em se perpetuar no poder pensam nisso? Eles só pensam no agora e neles mesmos. E a humanidade que se phoda.
quarta-feira, 28 de maio de 2025
Marina Silva é uma mulher GIGANTE
sábado, 17 de maio de 2025
As reborns vieram para ficar
Um fato interessante observado nas últimas décadas é que a taxa de natalidade tem caído vertiginosamente em vários países, especialmente nos mais desenvolvidos. Isso, possivelmente, vai se tornar um problema econômico no futuro que pesará nas receitas dos governos e causar impactos na previdência social. Mas talvez o maior problema da menor taxa de natalidade seja social, isso porque os seres humanos possuem uma necessidade quase instintiva de cuidar, de dar carinho e de proteger. Essa necessidade materna/paterna de cuidar vem desde os primórdios, porque os bebês humanos levam vários anos até conseguirem se tornar minimamente independentes dos pais. Então a seleção natural se encarregou de recompensar com bem-estar hormonal e psicológico aqueles que cuidavam de suas crias a ponto do cuidado com pessoas próximas se tornar uma das necessidades da Pirâmide de Maslow. Mas a pergunta que fica é: como as pessoas poderão ter esse bem-estar do cuidado com os filhos se elas estão optando por não terem mais filhos? É exatamente isso que explica o sucesso quase repentino dos bebês hiper realistas mais conhecidos como reborns entre adultos, principalmente entre as mulheres.
As bonecas reborn, por serem muito parecidas com bebês de verdade, acabam causando apego em muitas pessoas pelo simples apelo visual e afetivo. Semelhante às bonecas sexuais hiper realistas vendidas para homens em sex shops, esses bebês possuem articulações e pele que simulam o corpo humano de maneira bastante convincente. Como muitas mulheres não querem ou não podem ser mães, então esses bonecos servem para preencher a lacuna da necessidade de proteção e cuidado materno que elas precisam. Apesar de todas as críticas que são feitas às mulheres que adquirem esses rebons, não há nada de errado em ter e cuidar de um bebê de mentira, especialmente as mulheres que tiveram gravidez psicológica ou perderam seus bebês prematuramente. O problema é quando a pessoa perde a noção da realidade e começa a achar que o reborn é um bebê de verdade, exigindo que os outros o tratem como se fosse um ser humano real. Hospital e creche de reborn é algo que já me parece passar dos limites de uma brincadeira saudável de simulação de mãe filho para virar um comportamento quase patológico. Mas fora isso, ter um reborn é tão normal quanto ter uma sex doll ou fazer uma coleção de brinquedos. O bom desses bonecos é que as mães deles podem brincar de ser mãe quando quiserem, já que não é filho de verdade para exigir atenção 24 horas por dia e cuidados reais. O reborn vira uma espécie de tamagotchi que você pode interagir na hora que quiser para seu passatempo.
Acredito que num futuro próximo, quando androides e ginoides controlados por IAs se tornem mais comuns, será natural formar família com robôs e bonecos hiper realistas. É preciso levar em consideração que nem todo mundo tem condições físicas ou emocionais para ter um parceiro amoroso ou filho de verdade. É melhor que pessoas inaptas para o convívio social tenham seus próprios bonecos do que causar traumas a humanos de verdade em relacionamentos tóxicos.