sexta-feira, 20 de junho de 2014

A origem dos masculinistas


Responda rápido: qual é o animal mais perigoso do mundo? É o leão africano, o rei dos animais? Não. É o crocodilo de água salgada, com mais de sete metros e duas toneladas? Não. É o Tubarão-touro, com seu super faro e uma mordida de mais de 6 mil newtons? Também não. Seria a cobra naja com o seu veneno mortal? Não também. Seria então algum animal unicelular ou de pequeno porte? Não, não e não. O animal mais perigoso do mundo é o homem jovem sem sexo. Surpreso(a)? Espero que também não.

Salve-se quem puder, eles estão chegando!

Como assim?
Ok, vamos explicar direito essa história. É de consenso geral que o ser humano é a espécie animal mais perigosa do mundo porque possui a capacidade de usar a sua inteligência como arma. Nós, como espécie, dominamos os outros animais, controlamos parte da natureza, chegamos ao topo da cadeia alimentar e temos poder suficiente para destruir a civilização com os nossos arsenais nucleares. Só que entre os seres humanos, há alguns que são mais perigosos que outros. Os homens são mais perigosos que as mulheres porque possuem mais testosterona, que é o hormônio da força e da agressividade. E entre os homens, os mais jovens possuem mais testosterona, mais vigor e mais libido – o que os torna ainda mais perigosos. Agora pegue o homem jovem e tire dele qualquer possibilidade de ter sexo. Isso vai torná-lo mais agressivo, mais violento, mais revoltado e querendo sexo a qualquer custo. Isso pode parecer até exagero sob um olhar mais simplista, mas para se ter uma ideia do quanto a castidade é insuportável para os homens jovens, no mundo BDSM, por exemplo, a castidade masculina é um método de tortura muito utilizado para punir ou controlar o homem submisso. Portanto, quando os homens jovens não saciam de forma saudável a sua energia sexual, eles acabam explodindo em ataques de violência gratuita ou então acabam direcionando o ódio e a insatisfação contra um grupo qualquer de pessoas que eles enxergam como sendo "inimigos". Alguns deles odeiam a torcida rival, outros odeiam os opositores políticos, outros odeiam uma etnia diferente e outros odeiam o sexo oposto – e é justamente daí que nascem os masculinistas, que são os homens jovens sem sexo que odeiam mulheres (especialmente as bonitas e jovens) por acharem que elas são as culpadas por todo o sofrimento deles. Eis aí o animal mais perigoso do mundo.

Se sentir feio contribui para se achar um "homem beta"

Vivendo num mundo paralelo
Os masculinistas, mais conhecidos por "mascus", são um grupo de ódio (e conservador) que inventou um universo paralelo (chamado de Real) onde eles são paladinos que lutam contra um sistema supostamente ginocêntrico que controla o mundo, vindo daí a frequente comparação deles com o filme Matrix. A aversão dos masculinistas às mulheres vem da ideia de que eles são homens "betas", eternos habitantes da friendzone, celibatários e virgens involuntários por sofrerem "boicote sexual" por parte das mulheres, que, do ponto de vista deles, são maquiavélicas e cruéis. Isso tudo fica muito claro quando eles se veem no mundo paralelo da Real, onde eles inventam que "20% dos homens transam com 80% das mulheres" e ficam a repetir as ideias torpes de autores maniqueístas e machistóides como Nessahan Alita. Masculinistas são naturalmente propensos a serem misóginos e covardes porque acham que a culpa por tudo que eles passam (carência afetiva e falta de sexo) é das mulheres. Eles também tendem a ser racistas e até mesmo heterofóbicos, porque sentem raiva das mulheres bonitas que estão com outros homens menos "merecedores" que eles.

Personagens de games são utilizados como avatares dos masculinistas


Uma nova seita
Ainda que a maior parte dos masculinistas seja inofensiva, sempre há exaltados que acabam tornando-se extremistas e ameaçam organizar ataques reais contra grupos opositores. O movimento masculinista se parece muito com uma seita, porque ele possui dogmas, profetas, líderes e pressupostos sem qualquer evidência para tentar explicar a realidade. E a maior isca para atrair os rapazes para esse movimento é justamente o conforto dado para aliviar a carência sexual e afetiva deles. Quando eles encontram a possibilidade de culpar o mundo por seus fracassos e interagem com outros homens que concordam, escutam e apoiam o que eles dizem, então eles encontram todo o conforto que precisam. Da mesma forma que a religião nos dá conforto diante da morte e das adversidades da vida, o masculinismo dá conforto diante do sofrimento amoroso dos rapazes. Por isso, a melhor maneira de evitar que os rapazes entrem neste movimento é conscientizando do perigo que ele representa e também tentando dar atendimento psicológico para que os mais carentes e revoltados saibam lidar com as frustrações.

Como um masculinista enxerga a evolução

A importância da prostituição
Em países onde há muito apelo sexual na mídia, muita pornografia gratuita na internet e onde as mulheres investem cada vez mais nas suas armas de sedução, não é de se estranhar que os homens sejam mais propensos a pensar e a querer mais sexo. Só que se nessas sociedades não houver alguma válvula de escape para os homens jovens que não têm sexo, então o masculinismo e a violência tendem a crescer. A válvula de escape, no caso, é a prostituição. Nos EUA, país onde há mais masculinistas, a prostituição é proibida na maioria dos estados, portanto, não há outra saída para os homens a não ser conquistar uma mulher de forma tradicional para tentar ser escolhido por ela e assim, finalmente, poder transar. Acontece que não são todos os homens que são sedutores e que têm jogo de cintura para fazer toda aquela dança do acasalamento social para conquistar uma mulher numa cultura onde a mulher é ensinada a "se valorizar" sexualmente desde criança. Homens tímidos, feios, pobres e sem maiores habilidades sociais querem sexo, mas não têm como consegui-lo, resultado: explosão do masculinismo, afirmando por aí que "a culpa é das mulheres" e todo aquele mimimi.
No Brasil, onde a prostituição não é ilegal, a existência do masculinismo é uma aberração. Os masculinistas brasileiros têm a válvula de escape e não precisam "brigar por migalhas sexuais". Os masculinistas do Brasil apenas imitam os norte-americanos, só que sem razões para tal. Mesmo que alguém alegue que não é por carência sexual, mas sim por carência afetiva que os masculinistas brigam, o que não falta no mundo é mulher carente cheia de amor para dar. O que os masculinistas precisam é lutar contra o sexismo, ser a favor da regulamentação da prostituição e entender que a culpa não é e nunca foi foi das mulheres. A culpa é deles mesmos que estão lutando da forma errada e pela causa errada.

21 comentários:

  1. "Os homens são mais perigosos que as mulheres porque possuem mais testosterona, que é o hormônio da força e da agressividade. E entre os homens, os mais jovens possuem mais testosterona, mais vigor e mais libido – o que os torna ainda mais perigosos."

    Testosterona por si só não faz de ninguém perigoso ou agressivo, o máximo que ela fará é dar uma predisposição maior para tal característica. Todavia, esse hormônio é irrelevante se não houver um motor de interação o necessidade social que ative seu funcionamento. Isso não faz dos homens mais perigosos que as mulheres. Existem coisas bem mais perigosas do que a agressão física por si só.

    "Agora pegue o homem jovem e tire dele qualquer possibilidade de ter sexo. Isso vai torná-lo mais agressivo, mais violento, mais revoltado e querendo sexo a qualquer custo."

    Na verdade, isso só acontece em uma sociedade onde o sexo é visto como triunfo, não prazer. Se não medíssemos o valor de uma pessoa pelas suas experiências sexuais, dificilmente alguém se tornaria agressivo ou se sentiria fracasso somente por não fazer sexo.
    Isso é uma construção social.

    "Alguns deles odeiam a torcida rival, outros odeiam os opositores políticos, outros odeiam uma etnia diferente e outros odeiam o sexo oposto – e é justamente daí que nascem os masculinistas, que são os homens jovens sem sexo que odeiam mulheres (especialmente as bonitas e jovens) por acharem que elas são as culpadas por todo o sofrimento deles."

    Você tem alguma evidência clara pra isso? O ódio generalizado tem origens muito mais complexas e profundas do que ausência de sexo. Não caia no reducionismo emocional barato, tente manter um argumento didático. Os elementos psicológicos estimulados pelo resultado das atuações externas articuladas por fatores sociais podem desencadear diferentes reações, e não se pode analisar cada caso com um simples gesto de generalização.

    "Só que se nessas sociedades não houver alguma válvula de escape para os homens jovens que não têm sexo, então o masculinismo e a violência tendem a crescer. A válvula de escape, no caso, é a prostituição."

    Mais uma vez, caiu no argumento reducionista. Masculinistas, que são extremamente moralistas e conservadores, abominam a comercialização do sexo. Eles são defensores da ideia de família tradicional e mulher submissa ao homem, ou seja, propõem uma sociedade monogâmica e isolada. Então, por que defenderiam ou utilizariam os serviços das trabalhadoras do sexo?
    Você caiu em uma armadilha usada pela própria direita, que costuma desqualificar o movimento feminista através do mesmo tipo de argumentação.
    Um grupo de ódio não é arquitetado por blocos tão sensíveis como falta de sexo, existem outros vetores sociais objetivos e psicológicos subjetivos caso queiramos analisa-lo de tal forma.

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    1. Ok, vamos por partes.

      1-"Testosterona por si só não faz de ninguém perigoso ou agressivo, o máximo que ela fará é dar uma predisposição maior para tal característica. Todavia, esse hormônio é irrelevante se não houver um motor de interação o necessidade social que ative seu funcionamento. Isso não faz dos homens mais perigosos que as mulheres. Existem coisas bem mais perigosas do que a agressão física por si só."

      É exatamente pela maior predisposição à violência que os homens são mais violentos e mais perigosos, isso inclui como causa a testosterona e as questões sociais. Jogos e esportes violentos atraem naturalmente mais os homens exatamente porque a testosterona impulsiona muito mais os homens a buscarem essas coisas. Foram mais de 150 mil anos de evolução humana onde os homens precisavam ser violentos para proteger o território, a prole e os recursos. Herdamos isso dos nossos antepassados. A testosterona é a nitroglicerina - o combustível - para explodir a violência.


      2-"Na verdade, isso só acontece em uma sociedade onde o sexo é visto como triunfo, não prazer. Se não medíssemos o valor de uma pessoa pelas suas experiências sexuais, dificilmente alguém se tornaria agressivo ou se sentiria fracasso somente por não fazer sexo.
      Isso é uma construção social."


      Não, nem sempre. Ao contrário do que pensam os moralistas, o sexo é uma necessidade fisiológica e não há substitutos para o sexo assim como não há substitutos para o sono. A ausência do sexo pode causar males psicossomáticos, depressão, baixa autoestima, etc. Entre os demais primatas, como orangotangos, chimpanzés e bonobos, por exemplo, a falta de sexo faz os ânimos se exaltarem e a violência explode. Isso tanto é verdade que os bonobos usam o sexo como meio de apaziguar os conflitos.


      3-"Você tem alguma evidência clara pra isso? O ódio generalizado tem origens muito mais complexas e profundas do que ausência de sexo. Não caia no reducionismo emocional barato, tente manter um argumento didático. Os elementos psicológicos estimulados pelo resultado das atuações externas articuladas por fatores sociais podem desencadear diferentes reações, e não se pode analisar cada caso com um simples gesto de generalização."

      As evidências estão no Puabase, no Fórum Búfalo, nas comunidades do Orkut e nos grupos do Facebook (sem contar a deep web). É verdade que a razão do ódio é múltipla e difícil de se determinar, mas a falta do sexo é um fator determinante.


      4-"Mais uma vez, caiu no argumento reducionista. Masculinistas, que são extremamente moralistas e conservadores, abominam a comercialização do sexo. Eles são defensores da ideia de família tradicional e mulher submissa ao homem, ou seja, propõem uma sociedade monogâmica e isolada. Então, por que defenderiam ou utilizariam os serviços das trabalhadoras do sexo?
      Um grupo de ódio não é arquitetado por blocos tão sensíveis como falta de sexo, existem outros vetores sociais objetivos e psicológicos subjetivos caso queiramos analisa-lo de tal forma."


      É justamente por abominarem a comercialização do sexo que eles caem no argumento circular e acabam mordendo o próprio rabo, como o ouroboros. Esse tradicionalismo deles é uma das coisas que mais os destroem porque eles se fecham num beco sem saída.
      E não se iluda, camarada, homens jovens são verdadeiras bombas de testosterona. O sexo e agressividade sem válvula de escape são mais mortais que qualquer Little Boy ou Fat Man. E, sim, concordo contigo que a abordagem deste post ficou muito focado na questão da falta de sexo quando há, de fato, outros fatores que exigem uma análise muito mais profunda e detalhada. O objetivo deste post foi justamente de mostrar que os tais mascus nunca sairão do seu labirinto de conflitos interiores enquanto não entenderem que eles é que precisam mudar e parar de culpar as mulheres por seus fracassos afetivos.

      Grato pela participação.

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    2. Muito interessante você dizer que privação de sexo tornar o homem mais violento. Tarado eu até acredito. Mas violento acho demais e concordo o colega acima. Porque se apenas a privação sexual tornasse o homem mais violento, teríamos padres e monges budista entrando em cinemas para matar todo mundo. Ademais você esquece que o impulso sexual violento também pode tomar conta da mulher. Ou você nunca ouviu falar da sigla TPM que acontece justamente porque o organismo clama a mulher para que seu óvulo seja fecundado.

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    3. E a privação do sexo torna mesmo o homem mais violento, caro diversos. Os próprios masculinistas admitem isso. Sobre essa história dos padres e monges serem pacíficos, acho que você precisa sair da sua bolha de ingenuidade e abrir sua mente antes de abrir a sua boca.

      Veja estes links, por exemplo:
      Monges brigam durante protesto em Camboja
      Monges budistas se confrontam em Seul.

      Quanto aos padres, eles vivem uma vida de privação, disciplina e não se expõem tanto à sensualidade e ao sexo como os cidadãos comuns, o que amortece a libido. Mas isso não quer dizer muita coisa, porque a libido masculina é muito poderosa e não pode ser subestimada. Os casos de pedofilia e os acessos à sites pornôs de dentro do próprio Vaticano comprovam que sempre há uma válvula de escape.

      Já a sua pérola: "Ademais você esquece que o impulso sexual violento também pode tomar conta da mulher.", isso não merece ser comentado. Se quiser, eu faço uma vaquinha para pagar o seu supletivo no ensino fundamental - porque não acredito que alguém tenha dito tamanha bobagem com relação ao organismo feminino.

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    4. Eu acho que procede sobre o lance de "violência" e agressão . A Testosterona é importantíssima como determinante de maior agressividade em homens do que mulheres , vide as infames "roid rages" que os fisiculturistas experimentam quando estão ciclando . mulheres que tomam ciclo também podem sofrer isso .

      Meu irmão me falava muito de privar-se de masturbação como parte de um estilo de vida tântrico , não me lembro por que motivo , mas tive que evitar me masturbar por mais de uma semana uma época , o resultado foi que eu fui me sentindo a cada dia mais mais irrtadiço e explosivo . Se o cara consegue canalizar isso com a masturbação esse fator desaparece , mas o fato de nunca ter mulher é terrível para a auto estima de qualquer homem heterossexual , numa sociedade onde as "donzelas" eram as mulheres "castas" . Enfim , bendito seja um conhecido meu que me apresentou a prostituição .

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  2. "É exatamente pela maior predisposição à violência que os homens são mais violentos e mais perigosos, isso inclui como causa a testosterona e as questões sociais. Jogos e esportes violentos atraem naturalmente mais os homens exatamente porque a testosterona impulsiona muito mais os homens a buscarem essas coisas. Foram mais de 150 mil anos de evolução humana onde os homens precisavam ser violentos para proteger o território, a prole e os recursos. Herdamos isso dos nossos antepassados. A testosterona é a nitroglicerina - o combustível - para explodir a violência."

    Naturalmente? Sério isso? Reavalie seu argumento e perceba a tremenda falha dele.
    Não, homens não são atraídos aos jogos e comportamentos violentos naturalmente. Ao contrário disso, eles são edificados pelo seu ambiente social para adquirir uma personalidade violenta, protecionista e agressiva. Isso é o que chamamos o papel social do homem. Já as mulheres, não são apresentadas a esse tipo de construção social, ela é edificada para ser passiva e submissa.
    Homens não são naturalmente atraídos a jogos violentos. Por favor, revise seu argumento.

    "Ao contrário do que pensam os moralistas, o sexo é uma necessidade fisiológica e não há substitutos para o sexo assim como não há substitutos para o sono. A ausência do sexo pode causar males psicossomáticos, depressão, baixa autoestima, etc. Entre os demais primatas, como orangotangos, chimpanzés e bonobos, por exemplo, a falta de sexo faz os ânimos se exaltarem e a violência explode. Isso tanto é verdade que os bonobos usam o sexo como meio de apaziguar os conflitos."

    É inegável que o sexo proporciona inúmeros benefícios para saúde de um ser-humano, mas ele NÃO é a ferramenta primária que desenvolve os sintomas citados. Falta de sexo por si só, pode deixar uma pessoa mais propensa ás certas consequências biológicas que podem conduzir á depressão, mas como já disse, não é a condutora principal.
    Além do mais, baixa auto-estima e depressão podem muito bem ser associadas á instabilidade emocional, ou seja, o sentimento de rejeição e desimportância. E o que são esses fatores? Construções sociais. Como já disse, se uma pessoa se sente rejeitada e sem valor só por não fazer sexo, significa que nossa sociedade tem uma ideia de que o valor da pessoa é calculado pelas suas experiências sexuais. Sentindo-se rejeitada, ela desenvolve depressão, baixa auto-estima e etc.
    Criando uma sociedade que não medisse o valor da pessoa pelo sexo, dificilmente alguém seria extremamente deprimido por causa do mesmo.
    Lembrando em que nenhum momento eu proferi argumentos moralistas ou conservadores.

    "O objetivo deste post foi justamente de mostrar que os tais mascus nunca sairão do seu labirinto de conflitos interiores enquanto não entenderem que eles é que precisam mudar e parar de culpar as mulheres por seus fracassos afetivos."

    Eles dizem exatamente a mesma coisa para progressistas e feministas. Dizem que os negros culpam os brancos pelos seus fracassos, dizem que mulheres culpam homens, pobres culpam ricos e etc. Esse tipo de argumento está longe de ser algo sólido e concreto, além de carregar um reducionismo raso e superficialista sobre ele.




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    1. Anônimo, se você nega a influência do fator biológico, desculpa, mas você precisa estudar um pouco mais de biologia e evolução e sair do seu próprio wishful thinking para expandir a sua visão de mundo. Sim, reafirmo com propriedade que os homens de qualquer cultura são naturalmente atraídos por jogos e games mais violentos principalmente por causa da testosterona. A influência hormonal guia boa parte dos nossos comportamentos e decisões.

      Para se ter uma ideia, muitos atletas usam esteroides anabólicos para ganhar mais agressividade e força. Castre um homem e você notará a menor agressividade dele (ou será que os castrati e eunucos eram tão agressivos quanto os não-castrados?). As próprias relações humanas foram moldadas a partir da testosterona: o domínio do homem sobre a mulher foi influência da maior agressividade e da força masculina desencadeada pela testosterona. As guerras, protagonizadas durante todo o nosso passado evolutivo, têm raízes na testosterona. Foi graças à agressividade natural masculina que a nossa espécie sobreviveu às adversidades desde os tempos da última Era Glacial, onde o número de recursos naturais se reduziu devido às mudanças climáticas. A seleção natural simplesmente não poupou aqueles que se recusavam a serem agressivos pela sobrevivência. A inclinação masculina para a violência não é desejável no nosso atual estágio de desenvolvimento cultural e tecnológico, mas ela é natural. O Dr. Drauzio Varella escreveu um artigo na Gazeta Mercantil confirmando que pacientes agressivos apresentam maiores doses de testosterona. Claro que a violência possui um fator bio-psico-social, mas a influência hormonal e natural possui grande influência.

      É bom que fique claro que os seres humanos não são uma folha em branco onde apenas as experiências adquiridas durante a vida “escrevem” o nosso comportamento, somos naturalmente propensos a agir de forma agressiva ou altruísta por instinto. O ambiente apenas serve de moderador, atenuando ou agravando as características naturais. O que me impressiona nesses seus comentários é o reducionismo à mera questão ambiental-social para o qual tem conduzido a discussão. O blog da 'Escreva Lola Escreva' mostra incontáveis posts onde os próprios masculinistas contam que a maior frustração deles é a falta de sexo e atenção das mulheres. Um conservador com sexo e afeto é apenas conservador, mas um conservador sem sexo e sem afeto tem grandes chances de ser um mascu.

      Quanto a culpar os outros, isso é um velho mal da raça humana. A lei do menor esforço sempre costuma ditar as regras nessas horas.

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  3. Desculpe, mas acho que quem precisa deixar o pensamento pretensioso é você.
    Veja novamente o que eu disse: "Testosterona por si só não faz de ninguém perigoso ou agressivo, o máximo que ela fará é DAR UMA PREDISPOSIÇÃO MAIOR para tal característica. Todavia, esse hormônio é irrelevante se não houver um motor de INTERAÇÃO OU NECESSIDADE SOCIAL que ative seu funcionamento pleno." Agora, permita-me destacar neste texto um argumento arquitetado por você: "O ambiente apenas serve de moderador, atenuando ou agravando as características naturais." O processo evolutivo não lida com adaptação ao ambiente? Você acha que o ser-humano se resume aos comportamentos influenciados pela genética? Você acha que os instintos primitivos não são superados por nossas construções sociais?

    No mais, já conheço o resto de sua argumentação. É aquele típico apelo ao determinismo biológico que diz que o homem é naturalmente mais forte e desenvolveu sua estrutura de dominação por conta de razões exclusivas que estão integralmente além de seu controle racional, o que é um despautério. Muitos conservadores usam o seu mesmo argumento para justificar a submissão da mulher e outras atrocidades.
    Quando não houver contextos sociais e políticos para justificar sua posição, use a biologia e inclusive coloque-a como causa inicial das guerras.

    Eu não disse em momento algum que a testosterona não tinha grande influência, só falei que ela seria irrelevante em casos onde o ambiente social não necessitasse de sua ativação. Mas sim, ela desempenha enorme influência, mas não é por causa dela que meninos desenvolvem uma atração "natural" a jogos violentos.

    Além do mais, como você próprio destacou, a seleção natural trabalhou sob vários contextos durante diferentes épocas de nossa evolução, mas gostaria de salientar também que a visão de que o ser que explora mais é o que sobreviverá não é mais tão moderna assim. Entretanto, não gostaria de me inserir nesse mérito agora.

    E sobre a questão da Lola ter postado masculinistas frustrados, os masculinistas poderiam utilizar a mesma tática argumentativa e dizer que Stefan Molyneux fez um vídeo com um depoimento de uma ex-feminista acusando o movimento de te-la transformado em alcoólica. Sem contar que existem masculinistas que usam da mesma estratégia de colocar depoimentos de ex-feministas desmerecendo o movimento. Assim como também posso encontrar ex-militantes dos mais diferentes partidos propagando suas ideias atuais sobre seus antigos partidos para tentar enfraquecer os mesmos.
    Não acredito que tal estratégia seja honesta, independentemente da posição política do indivíduo.
    Destacando também que se você for usar o argumento biológico para a própria Lola (que você citou aqui), ela irá abomina-lo. Mas isso não vem ao caso.

    Sobre a questão do reducionismo, não creio que seja eu o que esteja reduzindo as coisas ás meras questões sociais e culturais. Eu estou apenas iluminando suas indispensáveis importâncias para melhor explicação dos fenômenos sociais.
    Os grupos de ódio necessitam de um esclarecimento mais completo do que simplesmente "é falta de sexo." Isso seria um reducionismo bastante raso que, como já mencionei, abstrai elementos substancialmente importantes para a clarificação de questões profundas.


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  4. Ademais, quando você incrimina uma pessoa de ter pensamento pretensioso e a manda estudar, você elimina todas as possibilidades (inclusive as mais remotas), de se ter um debate constituído de neutralidade axiológica e polifonia. Logo, dizer que minha visão é limitada sem incorporar blocos justificativos para provar e objetivar sua premissa, é, sequer, academicismo e tampouco ajuda/acrescenta na arquitetura de um intercâmbio politeísta de ideias saudável e minimamente parcial. Mas á parte disto, você apresentou serenidade, paciência e racionalidade, mesmo eu não concordando sua opinião.

    Concluindo: não neguei em NENHUM momento a influência de aparelhos biológicos no comportamento, mas não aceitei a hipótese que comprimiu a razão de alguns indivíduos inserirem-se em um grupo de ódio á ausência de sexo, sem agregar informações instrutivas ou detalhadas sobre o caso. Também frisei que diferentes movimentos opositores utilizam a mesma estratégia para desmerecer seus respectivos rivais.

    Não planejo mais continuar o debate, pois acho que esclareci o que estava mal compreendido. Se esse não for o caso, por favor, me notifique. Faça seus esclarecimentos também (se desejar, claro).

    Fico feliz que tenha me proporcionado um espaço para participação, sem a necessidade de radicalismos extremamente ofensivos.

    OBS: me perdoe por ter divido o comentário em dois e por ele ter ficado tão grande, mas foi necessário esse tamanho, pois se não fosse assim, o argumento sairia incompleto.

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    1. Anônimo, antes de colocar meus esclarecimentos, eu gostaria de agradecer a sua participação e por enriquecer este espaço com críticas construtivas, inteligentes e educadas. Peço desculpas por qualquer inconveniente e admito que cometi alguns equívocos, como ter usado um espantalho para justificar a opinião de masculinistas no blog da Lola e por ter sido pretensioso ao mandá-lo estudar. Eu não tinha refletido o suficiente antes de digitar, obrigado pelo esclarecimento. Mas enfim, vou deixar meus comentários finais.

      O ser humano não se resume aos comportamentos influenciados pela genética, perfeito. Mas também não é sempre que os nossos "freios sociais" nos impedem de agir de forma instintiva. A testosterona (e outros hormônios) nos empurra, ainda que inconscientemente, ao comportamento agressivo ou então a buscar uma catarse agressiva. E quando se tem um instinto reprimido, ele acaba virando uma bomba-relógio. O fator social é que é atenuante ou agravante (usei o termo 'ambiente' no lugar de 'fatores sociais', mas você me corrigiu bem). A catarse é buscada em jogos porque nos videogames violentos a violência é permitida no ambiente virtual, enquanto que na vida real essa mesma violência é abominada.

      O determinismo biológico para justificar a dominação do homem sobre a mulher foi um fato. Homens e mulheres não sentaram numa mesa redonda e decidiram pacificamente quem seria o dominado e o dominador. Isso foi premeditado racionalmente e executado na base da força bruta mesmo. O nosso dimorfismo sexual foi, sim, um fator determinante para que houvesse uma divisão natural do trabalho. Os conservadores usam este argumento para querer a permanência do patriarcado e de seus privilégios justamente porque eles são reacionários e pararam no tempo - e não pela divisão natural do trabalho ter sido um fato histórico. Os tempos mudam e os nossos papeis sociais de homem e de mulher também mudam de acordo com a dinâmica da sociedade. Hoje falamos de diplomacia, mas há 50 mil anos a melhor diplomacia era um "cale a boca e me obedeça, senão apanha". E se a Lola desaprova o argumento biológico, então ela terá que concordar com o pastor Malafaia que o "gayzismo" é uma construção social e não genética.

      Sobre a falta de sexo ser um argumento raso, como eu disse, o sexo é uma necessidade fisiológica. Se nos proíbem de comer, que é outra necessidade fisiológica, será que isso por si só já não seria um motivo suficiente para gerar ódio por quem me proibiu ou negou o alimento? Isso não quer dizer que todos vão sentir ódio, mas isso pode ser um fator determinante em grande parte dos casos.

      Obrigado por sua paciência. Abraço.

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    2. Te agradeço pelos seus esclarecimentos finais e sua compreensão também.
      Abraço.

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  5. VOCE DEVE SER VIADO POR PENSAR DE MANEIRA TÃO PASSIVA E MANGINA. MERDALHER QUE NÃO DA A BUCETA NAÕ SERVE PRA NADA, SOU MISANTROPO, O QUE VOU FAZER NA VIDA SOCIAL APOIANDO FEMIPUTISMO E GAYZISMO? MORRA TUDO.

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  6. Wellington Fernando,qual é o tamanho da sua mangina?

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  7. Embora não conheça o universo do masculinismo no Brasil, conheço bem o ambiente misândrico emitido pela comunicação social de Portugal, e o destilar do verdadeiro ódio - contra os homens.
    O masculinismo não é um movimento de ódio - isso é mais um dos muitos argumentos falsos dirigidos contra os homens. O masculinismo é na verdade um movimento que luta contra o ódio, ódio manipulador e calunioso dirigido cotra os homens. Os homens são as verdadeiras vítimas de discriminação, no ensino, na comunicação social, no sistema judicial, e em muitas profissões.

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  8. Ao ler esse texto,tive a impressão de estar no blog da Lola Aronovich. Porém,acho que ela é bem menos babaca.

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  9. Rapaziada não escutem os manginas e CSP, nem discutam. Melhor virar as costas e seguir o próprio caminho, sem dividir nada com ninguém e fim de papo.
    Se o cara é otário que se dane, pende apenas em si próprio, deixe os outros sustentarem vadias.
    Marriage strike na cabeça!

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  10. Masculinismo não é o oposto de feminismo? Uma luta para que os homens não sejam chamados de "viados" ao participarem de modalidades ditas femininas (como balé). Ou isso faz parte do feminismo?

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    1. É o oposto do feminismo na mesma medida que pratica a hipocrisia de se dizer por "igualdade" , mas , no fundo , ser um movimento de ódio . masculinismo e feminismo são movimentos que desejam destruir ou ao menos subjugar o gênero oposto .

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  11. O Masculinismo é basicamente idêntico ao Feminismo , só que com os gêneros trocados . São movimentos de ódio ao sexo / gênero oposto com a bonita máscara (só a máscara) de "igualdade" . Eu teria tudo pra ser um "mascu" . Eu sou tipicamente beta , sou o maior peganínguém que eu conheço , mas quando eu vi a real face desse movimento estúpido , vi que era hipocrisia de minha parte eu criticar o feminismo e me dizer simpatizante de um movimento que é basicamente O MESMO LIXO do que eu criticava , com gêneros invertidos .

    Nós somos primatas , e por isso (leiam psicologia evolutiva) existem sim , machos alfa , beta , gama e etc na nossa espécie . se fosse julgar pelo meu """sucesso""" com as mulheres acho que eu cairia na classificação de ômega . mas as pessoas são assim mesmo , betas e afins se sentem rejeitados por mulheres mas e mulheres velhas e feias e gordas , como vcs acham que elas se sentem sendo rejeitadas ? eu frequento prostíbulos e resolvo todo meu problema de carência com as putas , já tiazinha baranga nem sempre vai ter a mesma sorte . Fujam do masculinismo , é a mesma farsa que o feminismo , com gêneros invertidos .

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  12. Eu votaria no Jean Wyllys se ele fosse de um partido que não fosse o PSOL . depois que me desconverti da crença evangélica , passei a rever e reconstruir todos os meus conceitos sobre homossexuais . E acho o Jean uma figura enormemente carismática e que seria um excelente governante do Brasil por isso votaria nele se ele não fosse do Psol , mas no Psol só tem feminazis misândricas que nunca deixariam ele aprovar a PEC Gabriela Leite .

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  13. Cara, como esses caras são burros. Eles faltaram às aulas de biologia? Pois como eles não sabem que mulher é sexualmente seletiva? Não somos cruéis, e sim apenas somos sexualmente seletivas. Homem e mulher devem entender a biologia evolutiva que construiu cada um e desenvolver estratégias adequadas para lidarem com isso.

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