O Brasil não foi um país justo durante os 502 anos que antecederam a chegada da centro-esquerda ao poder e não será diferente daqui para frente. Com uma vitória expressiva da direita nas eleições municipais de 2016, especialmente do PSDB, e com mais de duas dezenas de milionários tornando-se prefeitos, é bastante previsível que tipo de presidente será escolhido indiretamente em 2017. E em 2018, com Lula desabilitado, com a esquerda nocauteada e com as forças reacionárias unindo suas forças, teremos que escolher entre um "Messias" da extrema-direita ou um entreguista da ala neoliberal no segundo turno. Isso sem falar da corrupção que será devidamente subnotificada e esquecida por uma imprensa que ajudou a consolidar todo esse circo plutocrata. Sim, a plutocracia mandou um recado curto e grosso através dessas eleições e da caça ao PT: "NÃO ousem estragar os nosso esquemas!". O poder da mídia corporativa ainda é gigantesco neste país e a sua capacidade de manipular a opinião pública é tão eficaz quando na década de 1960.
Enfim, será tarde demais quando a classe média despolitizada perceber que não é a esquerda que empobrece um país, como andaram dizendo o astrólogo tabagista, os gurus da Veja e as crianças do MBL. O que empobrece um país é um Estado governar só para os ricos, é permitir a corrupção de todos os partidos menos de um, é o fanatismo ideológico, é o analfabetismo político, é o uso da religião como ferramenta política e a entrega de nossas riquezas às nações estrangeiras que até hoje lucram às nossas custas. A plutocracia virou o jogo contra o povo. Espero que não sejam necessários mais 502 anos para entender qual é a verdadeira intenção dos ricaços que controlam o país.
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