Isso é só o fim do Brasil, crianças

A República Federativa do Brasil, o maior país da América Latina, após 516 anos de existência, chegou oficialmente ao seu fim. Em um único dia se foram a presunção de inocência, o pré-sal e o investimento em educação. A Câmara, em uma sessão totalmente tomada por falta de seriedade, como é de costume, aprovou a entrega do pré-sal às multinacionais estrangeiras. O STF derrubou as garantias constitucionais, contribuindo com o aprofundamento do Estado de exceção. E para terminar, a  primeira-dama Marcela Temer mostrou em seu discurso porcamente redigido o verdadeiro lugar da mulher neste governo oportunista e golpista.
Agora some a tudo isso o macarthismo sendo cada vez mais disseminado na sociedade, a falta de lucidez dos eleitores nas eleições municipais, uma ralé subintelectulizada presente na classe média que defende cegamente o neoliberalismo e aí você terá a combinação perfeita para destruir qualquer nação a curto prazo. Quem, em sã consciência, aceitaria viver em um país sem garantias constitucionais, com as principais riquezas usurpadas, sem perspectiva de futuro, dominado por um conglomerado de mídia que age politicamente a favor das elites, com saúde e educação pública sucateadas e cheio de gente que tem nojo de políticas de inclusão social? Um país desse jamais poderia dar certo. Nem a velha política do pão (assistencialismo) e circo (futebol e novela) funcionará mais, porque os próprios programas sociais estão sob grave ameaça.
Enquanto os midiotas acham que tudo é culpa da corrupção ou da esquerda, viveremos em um país de doidos, de psicopatas e de fascistas que nunca terão a menor imaginação para saber o que foi que faliu o próprio país. Todos nós perdemos neste game over coletivo. Falta de aviso é que não foi.

Pois é, caras crianças, isso é só o fim...