quinta-feira, 18 de março de 2021

O negacionismo está vencendo


A eleição do inominável em 2018 não representou apenas a vitória do neoliberalismo e da avareza das classes dominantes. Foi muito mais grave. Eu que acompanho política há algum tempo já sabia que a família Bolsonaro era ligada a grupos anticiência, negacionistas e ultraconservadores. Bastava ver quem era o guru ideológico do presidente para saber qual era a sua turma: nada menos que o conspiracionista-mor da extrema-direita Olavo de Carvalho.

Todos esses ataques contra a ciência, contra médicos e jornalistas só escancaram o óbvio que eu e muitas outras pessoas tentamos avisar: que Jair Bolsonaro seria o pior e mais perigoso presidente da história. E com a chegada da pandemia do coronavírus, essa previsão transformou-se numa trágica realidade. Um presidente que desdenha o uso das máscaras, que discorda do isolamento social, que se omite em combater de forma contundente a pandemia, que é apoiado por grupos antivacinas, que não tem a menor empatia pelos parentes das vítimas e que minimiza a tragédia não pode continuar no poder. Afinal, quanto mais o monstro negacionista permanece no governo, mais brasileiros morrem. E como se não bastasse esse verdadeiro genocídio que tem tirado a vida de quase 3 mil brasileiros por dia, ainda temos outro problema gravíssimo: a fome. Um auxílio emergencial que não paga nem um terço de uma cesta básica não vai servir nem de paliativo para as famílias mais carentes.

E como no Brasil nada está tão ruim que não possa piorar, segundo uma pesquisa do Datafolha, o monstro que preside o Brasil ainda conta com 30% de aprovação mesmo com todo o caos na saúde e na iminência de um colapso funerário. 50% dos entrevistados, segundo a mesma pesquisa, também são contra o impeachment da besta-fera. Isso só mostra uma vitória da ignorância, da despolitização, do negacionismo e das mentiras. Honestamente falando, acho que estamos no pior cenário possível, porque não há qualquer luz no fim do túnel.

Um comentário:

  1. Não se preocupe Wellington
    Quem vai acabar com Bolsonaro vai ser o centrão

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