A eleição do inominável em 2018 não representou apenas a vitória do neoliberalismo e da avareza das classes dominantes. Foi muito mais grave. Eu que acompanho política há algum tempo já sabia que a família Bolsonaro era ligada a grupos anticiência, negacionistas e ultraconservadores. Bastava ver quem era o guru ideológico do presidente para saber qual era a sua turma: nada menos que o conspiracionista-mor da extrema-direita Olavo de Carvalho.
Todos esses ataques contra a ciência, contra médicos e jornalistas só escancaram o óbvio que eu e muitas outras pessoas tentamos avisar: que Jair Bolsonaro seria o pior e mais perigoso presidente da história. E com a chegada da pandemia do coronavírus, essa previsão transformou-se numa trágica realidade. Um presidente que desdenha o uso das máscaras, que discorda do isolamento social, que se omite em combater de forma contundente a pandemia, que é apoiado por grupos antivacinas, que não tem a menor empatia pelos parentes das vítimas e que minimiza a tragédia não pode continuar no poder. Afinal, quanto mais o monstro negacionista permanece no governo, mais brasileiros morrem. E como se não bastasse esse verdadeiro genocídio que tem tirado a vida de quase 3 mil brasileiros por dia, ainda temos outro problema gravíssimo: a fome. Um auxílio emergencial que não paga nem um terço de uma cesta básica não vai servir nem de paliativo para as famílias mais carentes.
E como no Brasil nada está tão ruim que não possa piorar, segundo uma pesquisa do Datafolha, o monstro que preside o Brasil ainda conta com 30% de aprovação mesmo com todo o caos na saúde e na iminência de um colapso funerário. 50% dos entrevistados, segundo a mesma pesquisa, também são contra o impeachment da besta-fera. Isso só mostra uma vitória da ignorância, da despolitização, do negacionismo e das mentiras. Honestamente falando, acho que estamos no pior cenário possível, porque não há qualquer luz no fim do túnel.
Não se preocupe Wellington
ResponderExcluirQuem vai acabar com Bolsonaro vai ser o centrão