As Forças Armadas brasileiras estão afundando cada vez mais no próprio vômito. Já foi homenagem a oficial nazista, já foi avião presidencial detido com drogas no exterior, já foi general da ativa participando de ato político, já foi ameaça à Suprema Corte, já foram ameaças de golpe militar e a última agora foi uma ameaça à CPI por não estarem gostando da possibilidade de investigarem militares envolvidos nas maracutaias do governo Bolsonaro. Ora, quem não deve, não teme. Se houvesse idoneidade e respeito ao povo brasileiro por parte desses altos oficiais, a posição oficial deles tinha que ser de transparência. Eles tinham que apoiar a CPI e, se houver algum militar envolvido em escândalos, este tinha que responder por seus crimes. Mas ao ameaçar a CPI, homens como aquele brigadeiro que foi chamado de BABACA por Felipe Neto acabam desmoralizando as FFAA por tentar blindar militares corruptos. Aliás, a própria oposição de diversos militares a Comissão Nacional da Verdade é uma confissão de culpa, porque isso mostra que eles sentem medo de serem investigados. Se o Brasil fosse um país sério e democrático, todos esses militares que ameaçam a democracia e as instituições tinham que ir em cana, porque isso é CRIME. Esse vale-tudo pelo poder está apodrecendo cada vez mais as instituições militares, porque essa atitude mostra apenas o autoritarismo, a ganância e a impunidade corporativista que as Forças Armadas exalam a cada nota antidemocrática que publicam. Militares não têm que ditar as regras no sistema político. Militares têm que defender a pátria de ameaças externas. É para isso que pagamos os salários deles.
Nunca é demais dizer que essas bravatas autoritárias por parte das FFAA não ocorrem apenas pelo fato do Brasil ser uma república das bananas de passado colonial. Toda essa loucura ocorre porque o capitalismo liberal convive muito bem com quarteladas, hierarquização social e violência. O Brasil até hoje não se livrou dos traumas e fantasmas deixados pela ditadura militar porque o capitalismo precisa recorrer às armas quando se sente ameaçado ou quando quer ganhar o jogo na base da força. É por essas e outras razões que eu insisto tanto na superação do capitalismo.
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