segunda-feira, 30 de abril de 2012

Argumentos criacionistas para explicar os fósseis

Isso non ecziste! \o/



"Os fósseis são restos de animais que morreram no dilúvio"




"O Diabo pôs os fósseis na terra para plantar a semente da descrença nos homens"



"Deus colocou os fósseis na terra para testar a fé dos homens"




"Fósseis não existem. Tudo não passa de uma conspiração científica contra a religião"


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Humanos do Futuro


No post que eu abordo a respeito dos Defeitos do Corpo Humano, eu exemplifiquei vários problemas que existem naturalmente na nossa anatomia. Porém, o paradoxo dessa história é que foram justamente os defeitos e as limitações do nosso corpo que nos permitiram criar ferramentas e armas para caçar, coletar, guerrear e nos auxiliar no dia-a-dia. Isso se torna evidente em algumas tarefas simples, como, por exemplo, armazenar e transportar água potável para uma longa viagem. Onde poderíamos transportar ou guardar água senão em utensílios como vasilhames, bacias, copos, garrafas, cascos de coco ou coisas do gênero?

Porém, as limitações do nosso corpo não ocorrem apenas a nível de ausência de ferramentas ou armas naturais, pois existem outros problemas que precisam ser resolvidos a longo prazo para não prejudicar o desenvolvimento evolutivo da nossa espécie.
Segundo várias correntes filosóficas, o nosso corpo é obsoleto e a sua evolução natural é muito lenta: o que causa um desencontro entre o que precisamos fazer e aquilo que de fato conseguimos fazer. Isso nos leva a crer que o nosso corpo precisará de modificações genéticas ou mesmo deverá receber partes biônicas para torná-lo mais efetivo.

Seremos mutantes no futuro?

Os super humanos
A série Os Super Humanos, de Stan Lee, mostra que existem muitas pessoas capazes de vencer seus limites e fazer coisas impressionantes com o próprio corpo. Mas tais pessoas são exceções, uma vez que a maioria dos seres humanos são limitados aos padrões genéticos da nossa espécie e não têm nenhuma possibilidade de virarem uma espécie de X-Men.
Um medida mais realista nesse sentido seria uma seleção artificial genética, que promove a escolha consciente dos genes saudáveis para que os bebês nasçam livres de genes ligados ao câncer ou à obesidade, por exemplo. Tais bebês têm até nome e se chamam designers babies (bebês projetados).

Criaremos bebês perfeitos?
Com o desenvolvimento crescente da engenharia genética, além de uma possível geração de superbebês, é possível que muitas doenças simplesmente desapareçam da face da Terra. A criação do DNA sintético foi um passo importante rumo a isso. Com um DNA 100% sintético, poderemos deter o envelhecimento e viver muito mais e melhor. Assim sendo, tomaríamos o controle de nossa própria evolução para tentar melhorar o que somos. O maior empecilho para isso, creio eu, seriam as barreiras éticas e religiosas.

Fontes:
Os super bebês (matéria da Superinteressante)
Pesquisador brasileiro ajuda a montar DNA artificial 

Stelarc e o seu terceiro braço robótico

O corpo biônico
O artista performático australiano Stelarc trabalha em suas peças o conceito de que o corpo humano é obsoleto. As performances de Stelarc envolvem comumente o uso da robótica e de outras formas de tecnologia ligadas ao corpo numa forma de evidenciar a limitação dos nossos membros.

Talvez alguém considere o Stelarc um cara meio maluco por fazer tais coisas, mas a questão da limitação do corpo humano é tratada com seriedade no meio científico. A seguir vou abordar alguns exemplos de artefatos que foram produzidos com o intuito de superar essa limitação física dos nossos corpos.

O HAL-5

O XO2

Existe um exoesqueleto robótico chamado HAL-5, produzido pela Cyberdyne, que amplifica o condicionamento físico e reduz o esforço exigido pelo corpo para realizar movimentos. Um dos objetivos desse robô é justamente o de ajudar pessoas com deficiência motora.
Outro exemplo de exoesqueleto robótico é o XO2. Produzido pela Raytheon, ele serve, entre outras coisas, como armadura e também para aumentar a força e a resistência do usuário. Este exoesqueleto tem sido usado por soldados americanos em treinamentos, como forma de superar a fadiga muscular e a força física natural.
Trapaceiro!

E um exemplo bem conhecido é do corredor paraolímpico da África do Sul chamado Oscar Pistorius. Esse corredor ficou conhecido como Blade Runner por não ter as duas pernas e usar próteses finas feitas de fibras de carbono. A questão é que as próteses o deixavam em grande vantagem em relação aos atletas comuns, isso porque além dele conseguir correr mais, também tinha o benefício de não sentir fadiga muscular, já que próteses não produzem ácido lático.
Esses exemplos mostram que existe uma tendência muito forte para se criar meios mecânicos que superem as limitações naturais do nosso corpo.

Fontes:
XO2: A armadura militar robótica
HAL-5: o exoesqueleto que amplifica seu condicionamento físico
Oscar Pistorius, o Blade Runner


Avatares robóticos
Eu, robô...
Indo mais a fundo na questão do corpo biônico, a equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis fez com que macacos com implante cerebral fossem capazes de mover um braço virtual usando apenas a força do pensamento. Além disso ainda era possível sentir texturas e formas com o tato do braço virtual.
É plausível que a longo prazo tenhamos seres humanos totalmente imersos num mundo virtual, como se fosse uma espécie de Matrix onde cada indivíduo tenha o seu próprio avatar. Ou podemos ir ainda mais longe: talvez seja possível que as pessoas controlem robôs por pensamento para realizarem tarefas perigosas, como apagar um incêndio ou lutar numa guerra, por exemplo. É possível também que cada pessoa tenha vários robôs a sua disposição para se conectar e ir fazer tarefas cotidianas com menos riscos, como sair de casa debaixo de uma tempestade para ir trabalhar ou mesmo para não correr o risco de morrer numa viagem de avião.

Fonte:
Macacos sentem estímulo vindo de braço virtual

Será que pensamos tão rápido quanto podemos?

Limite da velocidade do pensamento
Eu lembro de ter assistido certa vez a um documentário do qual perdi a fonte que falava sobre crianças superdotadas. Nesse documentário, os professores dessas crianças superdotadas alegavam com certa frequência que elas pensavam mais rápido do que eram capazes de falar ou escrever. É como se elas pensassem em quatro ideias diferentes ao mesmo tampo, mas só pudessem exprimir uma de cada vez. Isso acontece porque a nossa capacidade de comunicação é limitada pela velocidade da fala. Se falarmos rápido demais, ninguém vai entender, então precisamos falar numa velocidade mais lenta, o que cadencia a rapidez do nosso raciocínio. Acredito que a maioria das pessoas pensem na mesma velocidade em que falam para não se perderem. Mas se pudéssemos nos expressar na mesma velocidade do pensamento, então teríamos um desenvolvimento tecnológico e social bem mais veloz.
Possivelmente, por essa razão, muitas pessoas superdotadas se saiam tão bem em fazer cálculos de cabeça, ou em resolver quebra-cabeças, ou jogar xadrez, uma vez que nesses casos a velocidade do pensamento não precisa ser cadenciada para uma transcrição.
Nesse caso, seria necessário desenvolver algum sistema que interligue as pessoas telepaticamente, para que ideias sejam transmitidas sem a lentidão da fala ou da leitura. Talvez um chip implantado no cérebro que decodifique ondas cerebrais ou coisa parecida possa servir para que haja uma comunicação instantânea de pensamentos.

Imagine o estrago que você faria se tivesse um cérebro desse tamanho!

Sobre a limitação temporal do cérebro
Existe uma teoria que defende que quanto maior é o desenvolvimento de um cérebro, menos limitado no tempo e no espaço ele é. Se pegarmos animais como cães, gatos, vacas ou pássaros, nota-se que para eles só existe o tempo presente - ou seja: não existe uma noção bem definida de passado e de futuro para esses animais. O máximo que eles podem ter é alguma vaga informação gravada na memória de que algo pode ser familiar ou se algo é conhecido ou não. A imensa maioria dos animais é incapaz de fazer abstrações ou correlações envolvendo passado e futuro. No caso dos humanos, nós somos capazes de nos abstrair e viver imersos em lembranças ou imaginar como será o futuro. Em um cérebro superdesenvolvido, talvez não exista uma fronteira entre passado, presente e futuro, pois tudo acontece quase que simultaneamente, pois estaríamos interligados entre essas dimensões paralelamente. Afinal, se formos limitar o presente, talvez cheguemos a conclusão que ele nem mesmo exista, uma vez que 1 segundo atrás é passado - mas 1 milésimo de segundo atrás também é passado. Só que 1 milésimo de segundo à frente é o futuro! Então, onde fica o presente nessa história? Bom, talvez precisemos fazer um upgrade no nosso cérebro para compreender esse enigma!

Fonte:
O futuro já aconteceu - (matéria da Superinteressante)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Padre prova a existência de Deus


Em um dia nublado qualquer, eu me deparei com uma mensagem de um colega na minha caixa de entrada de e-mails que dizia que um matemático tinha ganhado um prêmio de quase 3 milhões de Reais por provar matematicamente que Deus existe. Eu, como qualquer livre pensador que se preze, fiquei curioso e corri atrás dessa informação para saber do que se tratava.

Reação de um cético sobre essa notícia
Os links a que tive acesso falavam de um padre polonês, o Michael Heller, que tinha supostamente provado a existência de Deus através da ciência. E como eu já imaginava, os artigos que falavam sobre esse assunto enfatizavam com muito ânimo o feito do cidadão, mas não contavam como ele havia chegado a essa conclusão. Busquei mais informações e descobri que o tal padre recebeu o prêmio milionário da Fundação John Templeton, que nada mais é que uma instituição que divulga e premia estudos ligados à teologia, hummmmmm... E a desculpa para a criação desse prêmio foi que os prêmios Nobel simplesmente "ignoravam o lado espiritual". Hummmmmm...
Como se isso não fosse suficiente, a maioria dos ganhadores desse prêmio são padres, freiras, teólogos e crentes em geral: bem suspeito, não?

O que eu me pergunto é por que não encontrei nenhum artigo científico escrito por esse tal Michael Heller tratando sobre a sua brilhante descoberta a respeito da existência de Deus. Se a descoberta dele foi tão brilhante assim, então por que a comunidade científica não aceitou seus argumentos? Ou por que será que as igrejas não usam os métodos e teorias desse sujeito para convencer os ateus de que o deus cristão existe?

Argumentos religiosos são assim mesmo...

Uma coisa interessante é que praticamente todos os argumentos lógicos que eu conheci até hoje a favor da existência de um deus recaem sempre em um deus impessoal, como o deus do deísmo, por exemplo. Mas mesmo esses argumentos são muito fundamentados em achismos e em uma visão profundamente antropocêntrica do universo, como se todo o cosmo fosse feito para nós - coisa que eu duvido muito. Um universo que existiu por 13,7 bilhões de anos sem a presença humana não deve ter sido feito mesmo para o nosso deleite, uma vez que somos poeira das estrelas, ou seja: somos um subproduto do universo que surgiu apenas nos últimos 200.000 anos.

A minha conclusão acerca desse assunto é uma só: tudo não passa de uma forma dos religiosos inflarem seu próprio ego. Não existem evidências que convençam um cético a respeito da existência de um deus. A própria religião diz que devemos ter fé, ou seja: crer sem evidências - o que é exatamente o oposto da razão, da lógica e do pensamento crítico científico. Não foi dessa vez que os teístas provaram a existência de um deus.
Um dos maiores críticos desse prêmio é o famigerado biólogo Richard Dawkins, que declarou: "O Templeton é uma soma de dinheiro muito grande que se concede normalmente a um cientista disposto a falar coisas boas da religião". Acho que não é preciso acrescentar mais nada.

Para quem achou a história absurda demais, vou deixar os links abaixo:
Padre ganha prêmio por 'provar' que Deus existe
Mais informações sobre o tal prêmio, com críticas
Sobre o prêmio Templeton

domingo, 8 de abril de 2012

Terraformação



"Não creio que a raça humana possa sobreviver aos próximos 1000 anos, a menos que nos espalhemos pelo espaço." 
(Stephen Hawking)

O que a frase do renomado astrônomo Stephen Hawking quer dizer acima é que se a espécie humana quiser continuar existindo por milhares de anos, não teremos escolha a não ser viajarmos pelo espaço. É o destino inevitável da nossa espécie imigrar rumo ao espaço sideral, uma vez que a Terra não nos fornecerá recursos para sempre e também pelo fato de que o Sol um dia vai morrer.

O grande problema é que ainda não descobrimos nenhum planeta semelhante ao nosso para onde possamos ir. E mesmo que encontrássemos planetas idênticos à Terra, é provável que nesses planetas já existam várias formas de vida - e nós não podemos destruir a vida de outros planetas para poder colonizá-lo: teremos que começar o processo de colonização do zero. É aí que entra a terraformação.

Para quem nunca ouviu falar, a terraformação é um processo pelo qual um planeta rochoso é submetido para que ele fique semelhante à Terra. Isso implica em chegarmos em um planeta inabitável, estéril e sem vida e torná-lo apto para o surgimento e desenvolvimento da vida.
O game para PC Spore, em sua fase espacial, trata sobre a terraformação de uma forma bem didática, por isso vou utilizá-la a seguir como exemplo.

Terraformação nos planetas do Spore

Segundo o jogo, existem basicamente quatro níveis de terraformação para um planeta:

T0 - Um planeta estéril, inadequado para existência de seres vivos.
T1 - Um planeta em condições iniciais para a existência da vida, podendo conter um pequeno nicho ecológico de espécies complexas.
T2 - Um planeta com boas condições para o desenvolvimento da vida, moderadamente habitado por diversas espécies.
T3 - Um planeta idêntico à Terra, sendo um verdadeiro oásis verdejante, cheio de água e repleto de incontáveis formas de vida complexa.

Quando for iniciado um processo de terraformação real, certamente atravessaremos todos esses estágios de terraformação até tornarmos o planeta um local adequado para suportar a vida como conhecemos. O problema é que isso pode demorar milhares, talvez até mesmo milhões de anos, sem falar nos gastos exorbitantes para realizar esse feito.

Etapas da terraformação de Marte

Etapas da Terraformação
Cada planeta levará uma série de etapas específicas dependendo da sua estrutura, do seu clima e de diversos outros fatores. Para simplificar o aprendizado, vamos tomar como exemplo o planeta Marte para entender que etapas seriam necessárias para terraformar um planeta desse tipo:

1 - Criar um campo magnético
Marte não possui um campo magnético interno como a Terra, o que torna a sua magnetosfera extremamente tênue. Sem uma magnetosfera eficaz, o planeta não possui proteção contra os ventos solares e nem contra as ejeções de massa coronal do Sol. A consequência disso é que a atmosfera do planeta é literalmente arrancada pelos fortes ventos solares.

2 - Causar um efeito estufa
Marte é um planeta extremamente frio. A temperatura média do planeta vermelho é de -36º C no verão. Para resolver esse problema seria necessário encher a atmosfera de gases como o dióxido de carbono ou o metano para evitar que radiações como a infravermelha escapem de volta para o espaço. Isso aumentaria a temperatura média do planeta e derreteria o gelo dos polos, permitindo a existência de água.

3 - Inundar o planeta
A água é um ingrediente indispensável à vida, por isso é elementar construir vários canais de irrigação para que o gelo derretido dos polos possa percorrer toda a superfície do planeta. Se a água de Marte for pouca, precisaremos então transportar água para lá ou criar algum processo químico em larga escala que ajude a gerar água no planeta.

4 - Criar uma camada de ozônio
Marte não tem a camada protetora de ozônio que temos na Terra, por isso a superfície do planeta é literalmente fritada pelos raios ultravioletas do Sol. Aqui seria necessário criar essa camada naturalmente através de processos químicos, uma vez que processos artificiais podem gastar muito mais tempo e dinheiro.

5 - Levar bactérias e algas
Mesmo com temperaturas adequadas e água, o planeta ainda precisará de uma atmosfera rica em oxigênio para que possa suportar a vida. Para isso, precisaremos levar até Marte cianobactérias, que produzem oxigênio, e algas para criarem trocas gasosas com o meio ambiente.

7 - Levar plantas
Para que o planeta se torne autosustentável e também para reduzir a amplitude térmica, é necessário incluir diversas espécies de vegetais. Árvores de vários tipos servirão para aumentar a umidade relativa, enriquecer o solo com matéria orgânica e também para permitir o passo seguinte: receber a vida animal.

8 - Levar animais
Primeiramente, devem-se levar pequenas colônias, em seguida animais herbívoros e depois carnívoros para equilibrar a cadeia alimentar e gerar uma espécie de explosão cambriana artificial.

Com relação aos dois últimos itens acima, é preciso muito cuidado ao recriar a cadeia alimentar, pois os animais e vegetais que forem levados para Marte farão parte da cadeia alimentar e da matéria orgânica que será ingerida pelas pessoas que forem morar lá. É necessário salientar que nós nos alimentamos exclusivamente de plantas e animais existentes apenas no nosso planeta, por isso, precisaremos ficar atentos às possíveis mutações genéticas nas espécies exportadas para lá.
Outro problema é com relação ao efeito prolongado da baixa gravidade marciana nos animais. Muitas espécies morreriam porque a gravidade diferente da Terra afeta a formação de embriões e causa descalcificação dos ossos. A seleção natural em Marte poderia inviabilizar certas espécies de mamíferos por lá.

Concepção artística de um planeta terraformado

Mesmo que Marte fique idêntico à Terra, ainda teremos dois problemas que não poderemos resolver através da terraformação. O primeiro deles é a já citada gravidade. A gravidade de Marte é cerca de 1/3 da existente na Terra. Em gravidades baixas, os músculos atrofiam e os ossos ficam frágeis. A menos que criem um meio de imitar a gravidade terrestre, modificações genéticas na nossa espécie serão necessárias para que as gerações seguintes possam viver sem problemas nessas condições.
O segundo problema é a pressão atmosférica, que mesmo com o planeta terraformado, será diferente da Terra. Nesse caso será necessário que todos os viajantes que forem para lá fiquem em câmaras de descompressão antes de saírem ao ar livre.

Como seria Marte terraformado no nível T1

O que é necessário para terraformar um planeta?
Muito provavelmente precisaremos da ajuda de robôs autônomos dotados de inteligência artificial para realizar mudanças tão drásticas em um planeta. Uma missão tripulada para coordenar a terraformação em Marte, apesar de perigosa, é possível - mas para terraformarmos planetas extrassolares, dependeremos exclusivamente das máquinas.
Além dos robôs e das máquinas de controle climático, precisaremos de muito tempo e muito dinheiro. Um processo complexo como a terraformação de um planeta do tamanho de Marte pode não duraria menos que 500 anos. A própria Terra levou centenas de milhões de anos para que surgisse o primeiro ser vivo, o que mostra que esse processo é extremamente demorado.

Será que viveremos em planetas artificiais?

Existe outra opção além da terraformação?
Sim, os descendentes da espécie humana poderão ainda se tornar nômades. Nossos descendentes poderão viver em naves gigantescas que vagariam indefinidamente pelo espaço. Nesse caso seria provável que as mentes dos viajantes fossem mantidas em alguma realidade simulada por computadores para que ninguém enlouquecesse de tédio dentro de uma nave interestelar à deriva na escuridão implacável do espaço sideral.
Apesar de improvável, pode ser possível também que num futuro distante a nossa espécie crie um planeta totalmente artificial que orbite ao redor de estrelas semelhantes ao Sol. Ou talvez exista um meio de gerar energia artificialmente sem dependermos das estrelas, o que permitiria que nós vivêssemos no vácuo do espaço mesmo após a morte térmica do universo.

Exemplo de planeta artificial


Ligações externas:
Colonização de Marte
Nasa encontra gelo em Marte
Terraformação no game Spore

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Defeitos do corpo humano


Qualquer pessoa que tenha mais que dois neurônios na cachola já deve ter percebido que o corpo humano é cheio de problemas, ou melhor: de erros de fabricação. E eu não estou falando de doenças, síndromes ou outras mazelas que podem ser congênitas ou adquiridas: eu estou falando do corpo humano saudável.
Temos diversos problemas estruturais no nosso corpo, que vão desde a impossibilidade de coçarmos as nossas próprias costas direito até as inúteis cólicas menstruais. Eu vou provar a seguir que o nosso corpo precisa urgentemente de um redesign, já que o Criador lá em cima não deu conta de fazer um organismo perfeito. Aliás, a hipótese de sermos fruto de uma criação divina me soa não apenas leviana como também contraditória - o que prova mais uma vez, através de todos os defeitos que eu vou citar, que nosso organismo é fruto de uma evolução aleatória de genes refinados pela seleção natural.
Então vamos listar a seguir alguns dos principais defeitos do corpo humano e buscar soluções práticas para resolvê-los.

Umbigo
Sorte de Adão que não tinha um
Muitas pessoas podem estranhar o fato do umbigo estar nessa lista pelo simples fato dele, aparentemente, não causar problemas. Porém, o umbigo humano tem três problemas básicos: o primeiro é que ele é antiestético. Não acho nem um pouco bonito que todos nós tenhamos esse buraco horroroso no meio do bucho. O segundo problema é com relação à higiene, já que o umbigo é um local que acumula facilmente sujeira e é bem incômodo de se limpar. E o terceiro motivo é que ele favorece ao aparecimento de uma Hérnia Umbilical devido a uma série de razões.
Solução:
Cirurgias estéticas, amputação ou tapar com massa plástica mesmo. Mas a solução ideal seria que a cicatriz não deixasse um buraco.


Quantidade de dedos
Um dedo a mais não faz mal a ninguém
Você já se perguntou por que diabos temos 5 dedos em cada mão? Isso tem uma origem ancestral, pois os animais que evoluíram para a nossa espécie também tinham cinco dedos em suas mãos. Mas ter cinco dedos não é a melhor opção disponível. Se tivéssemos dois polegares em cada mão, por exemplo, teríamos muito mais firmeza para segurar os objetos.
Solução:
Uso de próteses, implante de dedos ou amputar as mãos para colocar mãos biônicas no lugar.


Uma utilidade para a barba
Barba, bigode e outros pelos inúteis
Barba, bigode, pelos das axilas, pelos do tórax e os pelos da orelha não servem para nada - exceto para abrigar piolhos, chatos e causar dermatite seborreica.
Solução:
Gillette Sensor, depilação com cera quente ou a remoção cirúrgica de cada um dos milhões de folículos pilosos da nossa pele.



Movimento dos braços limitado
A menos que você seja um parente do Dhalsim, coçar as costas não é uma tarefa lá muito fácil. A nossa articulação dos ombros e dos braços não permite que a gente consiga alcançar as nossas próprias costas direito. Isso atrapalha não apenas na hora daquela coçadinha básica, mas também na hora de ensaboar o lombo.
Solução:
Se esfregar na parece, usar aquelas mãozinhas de brinquedo toscas ou pedir para alguém coçar por você.



Mamilos são polêmicos!
Mamilos nos homens
Mais outra coisa inútil que não serve pra patavina nenhuma.
Solução:
Remoção cirúrgica, cirurgia estética ou tratamento com prolactina para desenvolver lactação e ajudar a amamentar os filhos.



Localização dos testículos
Homens sentam de pernas abertas não apenas para se impor, mas também porque uma fechada de perna mal dada pode ser bem dolorosa. E manter as pernas muito tempo fechadas pode causar esterilidade pelo aumento prolongado da temperatura nos testículos. Além disso, o fato dos testículos ficarem fora do corpo também ocasiona riscos de pancadas fáceis, muita dor e esterilidade. E cá entre nós: esse negócio pendurado é feio pra dedéu.
Solução:
Não existe solução nesse caso, a menos que o dito-cujo queira virar um castrato.


Terceiro molar
Maldito Siso!
Esse é aquele último dente que nasce lá no fim da boca. É desnecessário falar a respeito da inutilidade desse dente maldito, já que ele só causa problemas, dor e desconforto ao nascer. É difícil encontrar alguém que nunca tenha enfrentado problemas com esse dente filho da @#$%!
Solução:
Arrancar, de preferência, com muita anestesia.


Unhas pra que te quero!
Unhas
Depois da invenção da faca e do xampu anti-piolhos, as unhas perderam a razão de existir. Elas só servem mesmo para coçar, encravar, inflamar e serem customizadas pela mulherada.
Solução:
Extração.


Apêndice
Pra que existe isso?
Já vi muitas pesquisas por aí apontarem algumas funções para esse 'órgão', mas a grande verdade é que ele não faz falta para nada. Depois da invenção dos programas de saúde e da higiene alimentar, as supostas funções do apêndice tornaram-se supérfluas. A maior prova disso é que é perfeitamente possível viver sem ele sem qualquer problema. Aliás, o único problema mesmo é quando ele inflama e vira uma apendicite.
Solução:
Extração.


Veias hemorroidárias
Se essas benditas veias não tivessem uma localização tão ruim, creio que crises de hemorróidas estariam praticamente extintas da face da Terra. E não tem coisa pior que sentir dor no fiofó, ter sangramentos e não conseguir nem sentar.
Solução:
Correção cirúrgica.



Hímen
Essa membrana na entrada da vagina não tem nenhuma função biológica. As únicas funções do hímen são causar uma supervalorização da virgindade feminina numa sociedade machista e doer e sangrar na primeira transa. Se o hímen realmente tivesse uma função útil, todos os mamíferos fêmeas o teriam também.
Solução:
Transar.



Menstruação
Esse é o item mais polêmico, porque muita gente acha que menstruar é uma coisa 'sagrada' e, na verdade, não é. Eu vou precisar desenvolver um raciocínio um pouco mais longo nesse item para provar que a menstruação não foi algo naturalmente projetado pela natureza.
Ora, me diz mesmo que prazer as mulheres sentem com cólicas, tpm, constipações e ainda ter que usar absorventes? Para os mal informados, é bom que saibam que a menstruação é um fenômeno recente na história humana. Imagine como seria perigoso na pré-história ter uma mulher menstruada em um bando nômade. O cheiro do sangue atrairia os muitos predadores e as mulheres seriam alvo fácil. As mulheres na pré-história não menstruavam porque pegavam uma barriga atrás da outra. Somente com a Revolução Neolítica e com a criação da propriedade privada foi que os homens criaram o partriacalismo, necessitando casar com mulheres virgens para terem certeza que o herdeiro era mesmo deles. E como as mulheres passaram a ter a primeira relação sexual depois do casamento, houve tempo para que elas perdessem o sangue que seria para nutrir o feto. Logo, a menstruação não é algo bom, ela é uma consequência da mudança do estilo de vida da nossa espécie.
Solução:
Usar anticoncepcionais como o Depo-provera ou mudar de sexo.

Extras:
Além de todos esses problemas naturais citados anteriormente, eu ainda sugiro algumas melhorias, tais como:
Mecanismo para limpar os dentes durante o sono
Isso reduziria o mau-hálito e os problemas bucais sem que precisássemos escovar os dentes.
Mecanismo para regular a glicose ingerida
Ou seja: ficaríamos saciados quando a quantidade de calorias adequada fosse ingerida, evitando a obesidade e diabetes.
Desentupidor de artérias
Alguma enzima ou elemento figurado qualquer inserido no sangue serviria para desobstruir as artérias e prolongar a nossa vida.

Esses são apenas alguns dos problemas que temos no nosso corpo. Na verdade, temos muitos outros, mas eu limitei apenas ao necessário para que as pessoas caiam na real e aprendam de uma vez que não somos a última palavra em tecnologia da natureza. Torço muito para que a ciência um dia crie um DNA sintético e a seleção artificial acabe com todos esses problemas.
Ah, e se Deus existir, Ele está reprovado em design e anatomia!

E a lista de defeitos continua na segunda parte deste post:
Mais defeitos do corpo humano

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Rio de Janeiro

A primeira e única vez que eu estive no Rio de Janeiro foi em meados de 1989. Apesar de eu não ter ficado muito tempo por lá e de ter apenas 5 anos de idade naquela época, isso não impediu que eu me apaixonasse pela cidade. E não apenas a cidade do Rio me encantou, mas vários outros municípios do estado, tais como Niterói, São Gonçalo, Barra Mansa e outros.
Para os mau humorados que acham que o Rio de Janeiro é uma cidade violenta, poluída e fedorenta, vou deixar abaixo alguns dos motivos pelos quais eu amei a cidade:

Parte da Zona Sul, da Baía de Guanabara e de Niterói

Vista panorâmica da Zona Sul

Vista Chinesa (Serra da Carioca)

A barca, a Ilha Fiscal e a ponte Rio-Niterói ao fundo

A Ponte Rio-Niterói cortando a Baía de Guanabara

Palácio Guanabara (Laranjeiras)

O Maracanã e o Maracanãzinho

Jockey Club e a Lagoa Rodrigo de Freitas

Jardim Botânico

O verde do Parque Nacional da Tijuca

O Bonde de Santa Teresa sobre os Arcos da Lapa

Jardim Zoológico (Quinta da Boa Vista)

Palácio de São Cristovão (Quinta da Boa Vista)

Orla de Copacabana

Praia de Ipanema e do Leblon

Voo de asa delta da Pedra Bonita

Igreja de Nossa Senhora da Candelária (Centro)

Central do Brasil e a sede do Comando Militar do Leste (Centro)

Câmara Municipal, Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional (Cinelândia)

Museu Nacional de Belas Artes (Cinelândia)

Catedral de São Sebastião (Centro)

Marques de Sapucaí (Centro e Cidade Nova)

Igreja da Penha

Galeão (Aeroporto Tom Jobim) na Ilha do Governador

Ilha de Paquetá

Sede da Rede Globo (Jardim Botânico)

E olhe que essas imagens correspondem a menos de 1% das coisas bacanas que temos na cidade do Rio. Eu precisaria criar um blog só para mostrar todas as belezas e encantos dessa cidade.