domingo, 31 de julho de 2016

Os robôs destruirão o capitalismo


Muitos podem estar achando o título deste post muy loco, mas a verdade é que tudo que tem um começo, também tem um fim. E os robôs podem ser o começo do fim do que muitos idealizam como sendo "o menos pior dos sistemas econômicos".
Pois bem, tivemos vários modos de produção ao longo da história: primitivo, escravista, asiático, feudal, socialista, capitalista... Todos eles tiveram começo, meio e fim – menos o capitalista, que, como todos sabem, fatalmente também deixará de existir um dia. E quem destruirá o capitalismo serão as máquinas. Ficou confuso? Então chega mais.

Eis o maior pesadelo do capitalismo

Estamos em um momento da história humana em que a tecnologia chegou ao nível da inteligência artificial, da autonomia das máquinas. Por serem mais eficazes que os humanos, os robôs já causaram demissões de muitos operários em fábricas e continuarão a causar à medida que a autonomia e a complexidade das máquinas se tornar maior. Em breve, teremos mais robôs do que pessoas com empregos – e esse será um ponto de ameaça mortal ao sistema capitalista. Os robôs tomarão o lugar dos trabalhadores e isso causará demissões em massa. Ora, se há muitos desempregados, há, consequentemente, menos gente com renda e poder de compra. Com pouca gente tendo poder de compra, o comércio começa a ter prejuízos e a quebrar. Comerciantes quebrarão, bancos quebrarão e o próprio capitalismo entrará em colapso.
Mas antes disso, haverá uma nova luta de classes: um novo conflito entre proletários e burgueses. Para evitar a quebra do capitalismo, o patronato vai retirar leis trabalhistas, reduzir salários e aumentar jornadas de trabalho para que manter um trabalhador fique mais barato que manter um robô. Mas nem isso irá evitar a queda do capitalismo. Com a tecnologia avançando cada vez mais e as máquinas autônomas se tornando cada vez mais baratas e eficientes, a queda do sistema capitalista será apenas uma questão de tempo. Logo, a grande maioria dos trabalhadores terá perdido seu emprego para os robôs.


O que virá depois possivelmente será um modo de produção fundamentado no trabalho exclusivo das máquinas. Se a lógica otimista prevista pelo Projeto Vênus se tornar real, viveremos num futuro onde ninguém mais precisará trabalhar para sobreviver. Todos os humanos serão burgueses. O trabalho será apenas um hobby, feito exclusivamente por prazer e nunca por obrigação. Os robôs farão todo o trabalho por nós. O risco é que os robôs ganhem consciência, o que levará a um novo dilema: será que os robôs aceitarão ser escravos dos humanos? Isso poderá nos levar a consequências absolutamente imprevisíveis. Mas esse assunto é tema para outro post.

sábado, 30 de julho de 2016

Estamos sob o risco de um segundo holocausto


Quem conheceu a história da Alemanha nazista sabe muito bem como começou e como terminou a perseguição aos judeus. O crescimento da intolerância e do antissemitismo justificaram um dos maiores genocídios da história. Hoje, em pleno século 21, estamos assistindo a uma repetição de tudo aquilo, só que dessa vez, as vítimas são os muçulmanos. A extrema-direita tem crescido de forma preocupante no mundo inteiro principalmente pelo medo do choque cultural com imigrantes muçulmanos e pelo crescente terrorismo ligado a grupos islâmicos radicais. Se houver um segundo holocausto, este possivelmente será o muçulmano. Isso porque estamos vendo de forma cada vez mais descarada a islamofobia, o fascismo, a intolerância e acusação até por parte de políticos famosos que os muçulmanos são a "escória". Foi assim com os judeus e agora está sendo com os islâmicos.
É preciso dar fim a todo e qualquer preconceito contra os muçulmanos antes que isso se transforme numa bola de neve irreversível. Preconceito e intolerância não podem ser socialmente aceitos: têm que ser cortados pela raiz. Precisamos difundir ao invés disso o respeito, a diplomacia e a tolerância. Não gostar de religiões ou do islamismo não é justificativa para odiar pessoas. Não podemos permitir que exista qualquer possibilidade de haver um segundo holocausto ou uma segunda era de Cruzadas.


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Os anos 90 estão de volta!


Sim, estamos voltando para o passado sem precisar de nenhuma máquina do tempo. Saca só o que tem ocorrido ultimamente em pleno 2016:

- Desemprego acima dos 10% com um governo neoliberal.
- Internet voltando a ser uma porcaria (plano de franquia).
- Volta do Nintendinho e do Mega Drive.
- Pokémon virando febre novamente (Pokémon Go).
- Nintendo 64 voltando a fazer sucesso (pra jogar de 4 junto com os amigos).
- Volta do Backstreet Boys.
- Volta do É o Tchan.
- Voltas dos filmes das Tartarugas Ninja, dos das Caça Fantasmas e dos Power Rangers.
- Pós-hipsters adotando estética dos anos 90.
- Radiola de vinil sendo recormecializada.
- Volta do MSN.

Chega mais aí, anos 90

quinta-feira, 28 de julho de 2016

20 motivos pelos quais eu sou de esquerda


Como algumas pessoas não entenderam os meus argumentos em outros posts onde eu explico de forma mais discursiva porque sou de esquerda, resolvi então simplificar as coisas desta vez. A seguir vou listar da forma menos prolixa possível vinte razões pelas quais eu me considero de esquerda.

1 - Porque prefiro sistemas cooperativos ao invés de competitivos.
2 - Porque me preocupo com a inclusão social.
3 - Porque me preocupo com o bem-estar da coletividade.
4 - Porque quando não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.
5 - Porque a minha realidade não é mais importante que a de todo mundo.
6 - Porque eu não acredito que as desigualdades sociais sejam naturais e inevitáveis.
7 - Porque acho condenável que uma pessoa fique milionária sem trabalhar, ao viver de rentismo.
8 - Porque sou contra a exploração desumana da classe trabalhadora.
9 - Porque sou contra rico pagar menos impostos que os pobres.
10 - Porque não confundo globalização com imperialismo.
11 - Porque eu tenho consciência que o capitalismo é o sistema mais desumano que existe.
12 - Porque sei que o Brasil é governado e planejado por suas elites desde 1.500, a tal plutocracia.
13 - Porque acho que é obrigação do Estado cuidar das pessoas.
14 - Porque acho um absurdo viver em mundo onde é proibido roubar comida, mas não é proibido morrer de fome.
15 - Porque eu sei que os bens, as terras e a comida não são distribuídas de forma justa entre as pessoas.
16 - Porque não existe meritocracia em uma sociedade onde uns nascem tendo tudo e outros tendo nada.
17 - Porque eu tenho consciência de classe.
18 - Porque não penso de acordo com o senso comum.
19 - Porque sei que o próximo Einstein pode estar morrendo de fome na África neste momento.
20 - Porque tenho empatia pelas pessoas menos privilegiadas que eu.


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Globo volta a ser o que era na ditadura

A Globo é o ovo da serpente

Este post é apenas para refrescar a memória de quem acha que as Organizações Globo formam um conglomerado de mídia imparcial. Não pretendo escrever mais nenhuma linha para falar deste grupo golpista, elitista e que nunca respeitou o povo e nem a democrracia. As imagens a seguir falam por si só sobre este verdadeiro câncer que se tornou o/a Globo.




E as únicas reações possiveis são:






terça-feira, 26 de julho de 2016

A hipocrisia acerca da nudez feminina


Nesta terça-feira, 26, li no blog da Lola um post sobre a nudez pública feminina (ou quase isso) escrito por uma comentarista qualquer de outro post anterior. O post é um desabafo sobre a hipocrisia pseudo moralista, sexista e conservadora que há com relação à nudez feminina (ou a pouca roupa). O texto mostra como é incrivelmente hipócrita a nossa sociedade que por um lado trata com naturalidade a nudez feminina em campanhas publicitárias, em outdoors, bancas de revistas e até em alguns produtos – mas execra e combate nudez feminina nas ruas. Uma mulher pode aparecer nua numa propaganda de cerveja, mas não pode sequer tirar a blusa na rua. Sim, isso é uma hipocrisia, uma contradição lógica que, a meu ver, precisa ser extinta. Mas há outro problema sendo criado com relação a isso que é vendido como solução, que é justamente a proposta inversa. Essa solução inversa é, basicamente, inverter as coisas como aí estão: permitir a nudez feminina nas ruas e proibir a sua representação na publicidade. Ser a favor da nudez da mulher como "sujeito" e ser contra a nudez da mulher como "objeto" é exatamente o oposto do que os conservadores defendem, que é ser a favor da nudez "objetificada" e ao mesmo tempo ser contra a nudez da mulher como "sujeito". Desculpem-me a sinceridade, mas, para mim, essas duas opções são uma bosta.

Alguém pode me dizer o que tem de errado nisso?

Os únicos grupos realmente coerentes, quem diria, são os fundamentalistas religiosos e os progressistas libertários. Eles são os únicos que não possuem moral seletiva. O primeiro grupo é contra qualquer forma de nudez, seja objetificada ou do sujeito. Já o segundo grupo é a favor de todas as formas de nudez, seja também a objetificada ou a do sujeito. Os religiosos fundamentalistas, como já conhecemos das teocracias islâmicas, chegam ao ponto de obrigar as mulheres a usarem burca. E mulher pelada em outdoor nesses países é capaz até de dar em pena de morte. Já os progressistas libertários, que são a favor de todas as formas de nudez, objetificada ou não, são os únicos que realmente respeitam a liberdade das pessoas. E não por acaso, eu me encaixo justamente neste último grupo. Eu não vivo nessa paranoia de querer controlar o que os outros vestem e como eles aparecerão em peças publicitárias. O corpo é seu e você faz com ele o que quiser. O que eu não gosto é desse moralismo seletivo que acha que mulher de minissaia na rua tem que ser escorraçada e mulher de minissaia na propaganda da cerveja tem que ser incentivada. E o contrário também vale, porque esse negócio de combater a "objetificação feminina" virou uma piada moralista que os progressistas mais radicais pegaram emprestado com as beatas do século 12. Não é porque uma mulher sensual ou seminua te "ofende" por estar "indecente" que você tem o direito de censurá-la de se vestir, posar ou usar a sua imagem como ela bem quiser. Se não gosta, seja você conservador ou progressista radical, então vai morar lá na Arábia Saudita, porque lá não tem mulher pelada para ofender os seus olhos e a sua moral imoral.

O corpo é delas, a regra é delas.

Então se você quer ser visto(a) como uma pessoa com um mínimo de coerência e lucidez, ou seja a favor de todas as formas de nudez, ou vá se celibatar lá no Afeganistão.

Não gostou?

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O debate político precisa ir além da escola


Certo dia, eu estava assistindo a um debate entre o filósofo Luis Felipe Pondé e o historiador Leandro Karnal e fiquei maravilhado em como é didático presenciar pessoas inteligentes que pensam diferente de mim em uma conversa saudável. Eu discordei da opinião de ambos em vários momentos, especialmente as do Pondé, mas a forma elegante e concisa com que eles apresentaram seus pontos de vista me levaram a conclusão que é muito mais enriquecedor trocar ideias com pessoas que pensam diferente de mim. As ideias diferentes colocadas sob pontos de vista diferentes do que estamos habituados nos trás empatia, amadurecimento, crescimento intelectual e sabedoria. Conviver e dialogar com quem pensa diferente de nós é que nos permite abrir a mente e lapidar melhor os nossos próprios conceitos. Mesmo um pensador de direita, como é o caso do Pondé, me fez respeitar a sua opinião, apesar de discordar que ela seja a melhor alternativa. A inteligência, a concisão e a honestidade intelectual merecem sempre ser elogiadas.

Precisamos elevar o debate político a outro nível

Colocada essa pequena  introdução, quero que fique claro que não sou nem pró e nem contra o capitalismo, apesar de saber de suas mazelas naturais. Não existe nenhum sistema político ou econômico perfeito e todos eles são passíveis de críticas. Ademais, para quem não sabe, sou um social democrata, um simpatizante do keynesianismo e não tenho como objetivo – como alguns injustamente me acusam – de  transformar o Brasil em Cuba. Creio que seja mais prático e menos radical reformar o capitalismo para minimizar seus problemas do que investir numa guinada radical ao socialismo. Discordo inteiramente dos idólatras políticos, sejam eles partidários do socialismo ou do capitalismo. Pena que no Brasil as pessoas têm tratado a política como sendo um misto do que há de pior entre religião e futebol – o que mostra o nosso despreparo para o debate e o nosso pouco apreço à democracia.
Um exemplo do nosso despreparo para o debate político foi quando um colega meu me mostrou um link onde havia uma prova forçada da "doutrinação marxista" nas escolas. A suposta prova foi que uma menina levou zero numa questão por ter defendido o capitalismo ao invés de concordar com o professor "comunista" que o capitalismo é excludente. O link desta notícia segue aqui, para quem quiser ver com os próprios olhos.
A seguir, vou deixar a pergunta da questão e a resposta da menina:



Se o caro leitor tiver se dado ao trabalho de ter lido a questão, o que ocorreu não pode ser chamado de "doutrinação". A questão pediu para que o aluno interpretasse o texto entre aspas, mas o que aluna fez foi dar a sua opinião. O que estava em questão não é se o capitalismo é ou não excludente na sua opinião, mas sim trazer o aluno a uma reflexão a partir da interpretação do texto. Se "só sobrevive quem tem competência", isso naturalmente é um caso, sim, de exclusão, pois os que não têm a tal competência consequentemente não sobrevivem. Não concordei com o termo "imoral" antes de "exclusão", porque a moral é sempre subjetiva, mas não há erro no que se diz respeito à exclusão gerada por sistemas competitivos como o capitalismo. Um sistema que não se fundamenta em cooperação e sim em competição é e sempre será excludente. E aqueles que defendem o capitalismo devem saber, sim, que o capitalismo é excludente e gera desigualdades. O capitalismo não é inclusivo e nem tem como sobreviver sem que haja a mais valia, que é uma consequência inevitável da existência propriedade privada. A resposta da aluna, apesar de não está errada do ponto de vista discursivo, foge à reflexão do aspecto excludente gerado pelo sistema capitalista que é citado na questão. Fora que o tema geral da prova e a disciplina a qual ela pertence não foram informados. O que foi informado apenas foi que os pais da aluna ficaram indignados. A mídia corporativa e a direita espalhafatosa da internet se apropriaram deste ocorrido para reforçar aos incautos que projetos escatológicos como o Escola Sem Partido precisam ser aprovados para salvar o Brasil do "comunismo" e do "marxismo cultural".
Se eu fosse professor, não colocaria essa questão numa prova – ou pelo menos não dessa maneira que foi colocada – justamente para evitar interpretações erradas. Acho que a questão foi tendenciosa pela escolha do texto, mas não pela reflexão que ela propõe. Não a enxerguei como sendo uma doutrinação marxista. E mesmo que fosse, esta é uma evidência muito isolada. Transformar exceções em regra não é uma jogada política honesta.

Eis o grande pesadelo dos reacionários

Este espetáculo sensacionalista sobre essa questão "comunista doutrinadora" da prova serve para mostrar duas coisas. A primeira é que os pais estão interferindo de forma inapropriada na educação da escola e contra os professores. Os alunos estão ficando burros com atitudes intervencionistas como esta. E a segunda coisa é que as pessoas não estão sabendo interpretar textos e nem estão dispostas a desenvolver senso crítico e empatia intelectual. O aluno precisa saber fazer autocrítica, precisa saber ouvir e precisa ter a oportunidade de amadurecer intelectualmente para o debate. Jamais teremos condições de ter um país onde possamos discutir de forma saudável sobre política se continuarmos a alimentar fanatismos no campo intelectual. Como citei na introdução deste post, ideias divergentes das nossas nos ajudam a amadurecer quando bem colocadas e embasadas. E isso precisa ser compreendido antes que ninguém mais escute ninguém e tenhamos rupturas democráticas em nome do fundamentalismo e da ignorância sobre política.


Política é debate, política é reflexão, política é empatia, política é saber ouvir, política é discordar do diferente sem desumanizá-lo, política é compreender que nós erramos e política é a preocupação com o bem estar da coletividade. Sabe por que ao invés de Escola Sem Partido ninguém defende uma Mídia Sem Partido? Porque é justamente a grande mídia corporativa que está querendo encerrar o debate político nas escolas para impor a sua lavagem cerebral impunemente. O debate político pode e deve ir além da escola. A função da escola é dar as ferramentas necessárias para que o aluno possa iniciar a sua formação política e social sem fanatismos e sem efeitos de manipulação que ocorrem fora da escola. A educação precisa ser crítica e libertadora de pensamentos repletos de senso comum.

domingo, 24 de julho de 2016

Temer só cairá no momento oportuno para a plutocracia


Todo mundo que tem o mínimo de lucidez sabe que Michel Temer não tem a menor condição de ser Presidente da República, seja por ser ficha-suja ou por ser um traidor impopular. A plutocracia brasileira – encabeçada pelos barões da mídia corporativa, pelos bancos privados, pelo alto patronato, pelas megacorporações e pela alta burguesia em geral – também sabe disso. Temer é apenas um fantoche transitório que já está ameaçado pelo seu maior aliado, Eduardo Cunha, de cair fora. Temer certamente cairá, mas isso não pode acontecer antes de 2017, porque senão teremos exatamente o que a plutocracia não quer: novas eleições. Novas eleições seriam uma ameaça para os planos da nossa elite econômica que sempre mandou na nossa política. Então, primeiro, o plano é garantir que Dilma não voltará. Para isso, Cristovam Buarque e Romário não podem sequer sonhar em mudar seus votos a favor do golpe. Certamente receberão uma recompensa por manterem os votos. Com Dilma definitivamente afastada e Temer sendo protegido pela grande mídia com métodos sujos, ele só sairá antes de 2017 se alguém tiver um Death Note nas mãos.
Com Temer fora da jogada em 2017, haverá eleições indiretas realizadas pelo Congresso mais reacionário desde 1964. Não tenho a menor dúvida que o presidente eleito pelo congresso – sem qualquer participação do povo – será um membro do entreguismo cleptocrata. Eu apostaria em qualquer um do DEM ou do PSDB. Este governará o Brasil durante dois anos fazendo uma versão agressiva do neoliberalismo: mais agressiva, inclusive, do que vimos com FHC. Mesmo que em 2019 assuma um presidente progressista que esteja do lado do povo, o estrago causado durante os dois anos e meio de neoliberalismo será irreversível. Portanto, a hora de pressionar para que Temer caia é agora. Depois disso, será tarde demais.

sábado, 23 de julho de 2016

Tribunal Internacional dá o veredito: houve Golpe de Estado no Brasil


Primeiro foi a imprensa internacional que denunciou o Golpe em curso no Brasil. Depois foi a vez do Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, denunciar o Golpe branco no Plenário do Senado. Em seguida, o MPF concluiu que as "pedaladas" de Dilma não configuram crime. E para fechar com chave de ouro, agora foi a vez do Tribunal Internacional – formado por juristas de vários países – concluir por unanimidade que houve um Golpe parlamentar no Brasil. O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi uma farsa para afastar de forma ilegítima uma chefe de Estado que não cometeu crime algum. O relatório do Tribunal Internacional da Democracia pode ser lido na íntegra por qualquer um. Apesar da grande mídia não ter mencionado o fato por razões muito óbvias, a verdade é que goste ou não, a população tem o direito de saber o que realmente aconteceu.

Abaixo, vou deixar dois vídeos. O primeiro traz o veredito do Tribunal Internacional e o segundo mostra o economista norte-americano Mark Weisbrot dizendo o que está por trás do golpe midiático, jurídico e parlamentar no Brasil: a entrega do pré-sal, destruição de direitos trabalhistas, entre outros.





Volta, Dilma!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

As placas de automóveis mais hilárias


Para variar um pouco os temas do blog e voltar a focar em curiosidades engraçadas, resolvi retomar o processo com algo que sempre me despertou a curiosidade: placas de automóveis. Vez por outra me deparo com placas que contém mensagens subliminares que são, no mínimo, curiosas.

A seguir, seguem alguns exemplos bem originais (e divertidos) de placas de carros só para se ter uma ideia do que se tem por aí:













quinta-feira, 21 de julho de 2016

Não existe escola marxista doutrinadora no Brasil

É assim que é uma escola brasileira na cabeça dos reacionários

No post passado, dei a minha opinião com relação a essa ideia estapafúrdia da "escola sem partido" proposta pela bancada evangélica, macarthista e reacionária. Eu já disse muita coisa por lá, mas faltaram alguns complementos diante da teimosia da direita tacanha que insiste em denunciar que há uma "doutrinação esquerdista" nas escolas.
Pois bem, não há "escolas com partido" para que exista uma lei para proibi-las de ter o que elas já não têm. Os reaças estão querendo que esse projeto de lei da "escola sem partido" seja aprovado porque na cabeça deles as escolas brasileiras são antros de comunistas que fazem uma doutrinação marxista sistemática – fato este que é uma mentira completamente deslavada e paranoica. Marx NÃO é abordado no ensino fundamental ou médio como sendo um "gênio da política que vai salvar o Brasil". Marx é citado apenas como um pensador notável da sua época, assim como também ocorre com Nietzsche, Platão, Aristóteles, Sócrates, Pascal, Epicuro, Kant, Rousseau, Hobbes, Maquiavel, Descartes e até Freud. O fato de um filósofo ter a sua obra e o seu pensamento estudados não significa que o ponto de vista desse pensador está necessariamente certo: significa apenas que ele deu uma contribuição importante para as ciências humanas e para a filosofia. E todos esses pensadores estudados passaram pelo consenso das academias de ciências econômicas, de filosofia, de história e de pedagogia antes de serem vistos nas escolas. Daí que vem um "filósofo" que parou de estudar na quarta série – se achando mais sábio que toda uma academia formada por mestres, doutores e catedráticos – para dizer que todos eles estão errados. O MEC só repassa para as escolas aquilo que é amplamente aprovado, revisado e contestado dentro das academias de ciências sociais ou naturais. Isso inclui também a abordagem da metodologia de ensino. Dar aulas sobre o nazismo, por exemplo, não significa que esteja havendo doutrinação nazista. Assim como dar aulas sobre marxismo também não significa que esteja havendo doutrinação marxista. Os reaças se esquecem que uma abordagem histórica e filosófica de certos autores não tem nada a ver com doutrinação.

Marx é tão importante que já virou até personagem de videogame

Essas pessoas que são a favor dessa tal escola sem partido não sabem nem o que estão tentando combater. Ou são massa de manobra ou são mal intencionados. Querem colocar a Escola Austríaca e a Escola de Chicago à força na grade curricular para combater o marxismo, como se Marx fosse estudado e esmiuçado em sala de aula. Marx mal é citado em sala de aula. Se alguém duvida, pergunte a qualquer aluno do ensino médio quem foi Marx, quais eram os pilares que ele queria derrubar e o que ele propunha em suas obras e veja o que os estudantes respondem. Isso porque Marx é um pensador que deveria, sim, ser tão conhecido quanto todos os outros. Já o neoliberalismo de Friedman, Hayek e Mises não é uma corrente ideológica levada a sério nas academias de ciências econômicas ou sociais. Reclamar que esses autores neoliberais não são estudados em sala de aula é uma prova irrefutável de inocência e desconhecimento sobre o processo pedagógico. Se quer autores neoliberais nas escolas, entre para uma academia e escreva a sua tese para que ela seja contestada, debatida e aprovada pelos catedráticos e acadêmicos. E depois disso, se sua tese for realmente aceita, poderá ser dada nas salas de aula.

Olha quem está a favor da escola sem partido

Concordo que nem tudo que está escrito no projeto de lei da escola sem partido é estúpido. Há um ou outro aspecto aqui e acolá que eu concordo. Mas o projeto de um modo geral é mal intencionado, reacionário, controverso e partidário. Como já citei, ele é fruto de uma visão reacionária distorcida da realidade. Só porque existem ALGUNS professores que são partidários de ideias que você reprova, NÃO significa que todo um sistema de ensino está dominado por comunistas e ateus comedores de criancinhas querendo fazer lavagem cerebral nos alunos. Além do mais, professor NÃO pode doutrinar em sala de aula, porque isso é antiético. O professor tem que expor o conteúdo programático da escola ou do MEC sem impor seu ponto de vista, que é o que a grande maioria dos professores já fazem. Não é preciso uma lei para fazer valer algo que já existe. O que precisa ser feito é preparar melhor os professores para que alguns deles não queiram forçar os alunos a pensarem igual a eles.
A visão "democrática" de ensino que a direita quer impor é a da alienação, do cristianismo e do fascismo através de imposições ilegais disfarçadas de projetos democráticos. Essa lei é cheia de armadilhas: um verdadeiro cavalo de troia contra o sistema de ensino.
E pelamordedeus: parem com essa diarreia mental de dizer que a escola cria comunistas. Todos os comunistas que eu conheci na vida tornaram-se de esquerda estudando por fora da escola. É o conjunto de vivências e estudos que você tem na vida que constrói a sua visão política e ideológica. A sua orientação política não tem como ser fabricada por um professor. E mesmo que a escola quisesse, não seria capaz de transformar seus alunos em comunistas. O papel da escola é formar cidadãos conscientes, que pensam, que respeitam uns aos outros, que tenham curiosidade pelo saber, que tenham sede por conhecimento e que tenham um ponto de vista crítico da realidade. A escola tem a função de integração social e não de formar zumbis.

Malditos professores comunistas!

Enfim, pra mim chega desse assunto.