terça-feira, 5 de novembro de 2019

A falta que o comunismo faz


Vou replicar nesta postagem um texto interessante que li nas redes sociais a respeito do avanço do neonazismo dentro das "democracias liberais", em especial na Alemanha. Vale a pena dar uma lida antes de achar que o fim do socialismo na Europa foi a melhor coisa que pôde acontecer à humanidade.


A recente e amplamente divulgada notícia de que Dresden – cidade do Leste da Alemanha – entrou em "emergência nazista" me fez lembrar deste caso...

Uma das fotos mais famosas do sofrimento de judeus durante o Holocausto mostra um menininho judeu rendido por um soldado nazista, após o Levante do Gueto de Varsóvia. Ninguém sabe quem era o menino e o que aconteceu com ele, mas o nazista da foto se chamava Josef Blösche.

Josef Blösche era um alemão do Sudeto que rapidamente se juntou aos nazistas quando eles invadiram a Checoslováquia em 1938. Em Setembro de 1941, ele serviu como guarda no gueto judeu da Varsóvia. Blösche ficou conhecido entre os judeus como "Frankenstein" por seu comportamento sádico e monstruoso no gueto. Atirava e surrava homens e crianças só por olharem para ele e também estuprava mulheres. Ele e outros nazistas saiam dirigindo pelo gueto atirando em pessoas nas ruas por diversão. A opressão brutal dos judeus no gueto da Varsóvia levou a que se rebelassem no famoso Levante de 1943 onde, incapazes de fazer frente ao poderio nazista, foram derrotados, o gueto destruído e todos os deportados levados para morrer em campos de concentração.

Blösche se tornou prisioneiro de guerra em 1945. Uma enorme cicatriz no seu rosto impediu sua identificação, e ele conseguiu evitar ser identificado por 20 anos, embora ainda preso na Alemanha Oriental, socialista, graças ao Muro de Berlim. Em 1961, após ser delatado por um ex-membro das SS nazistas, uma série de investigações policiais da Alemanha Oriental levou ele a ser preso em 1967 pela Stasi (aquela polícia secreta comunista "malvadona") e levado a julgamento em 1969, onde foi condenado à pena capital pela morte de 1000 judeus em 1943. Foi executado pelas autoridades comunistas em Leipzig, em 29 de Julho de 1969 – com um tiro no pescoço.

Para muitos, qualquer um que é executado em regimes comunistas é uma "vítima inocente" – nunca um nazista, golpista, terrorista, bandido atroz... A imagem do comunismo como "ditadura assassina" levou muitos a considerarem que animais nazistas como Blösche eram meramente "dissidentes do regime" e levou a uma ampla campanha anticomunista que culminou, finalmente, na queda do Muro de Berlim e na Reunificação da Alemanha em 1989: "uma vitória da democracia liberal" de acordo com a narrativa dominante nas TVs, filmes, livros da burguesia...

Hoje, 30 anos depois, o povo alemão agora vê as delícias da democracia: Nazistas agem livremente em Dresden, cometendo crimes e espalhando seu ódio. O que antes era reprimido impiedosamente na "ditadura comunista assassina", inclusive com a pena de morte, agora é tratado na "democracia liberal" alemã com uma "Declaração de Emergência" do conselho municipal...

Dizem que somos "viúvas do Muro de Berlim". Pois bem, aceitamos orgulhosamente esta alcunha! A queda do Muro de Berlim é a causa de quase todos os problemas atuais do mundo. Que ele volte o mais rápido possível – e desta vez caia pro lado oposto!

Fontes:
Deutsche Welle
Jewish Virtual Library 
People Pill

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