quinta-feira, 15 de julho de 2021

Haverá eleições em 2022?


A gente sabe que a história do Brasil é repleta de golpes, mentiras e vale-tudo pelo poder. Numa eleição, um candidato morre num acidente aéreo suspeito, já na outra, outro candidato é esfaqueado. Aqui, nesta terra descoberta por Cabral, tudo é imprevisível no que se diz respeito a política. Esclarecido isso, diante do desgaste do governo Bolsonaro, diante de um governo militar autoritário, diante da falta de candidatos viáveis para tocar adiante o neoliberalismo e diante do risco da vitória do Lula nas eleições de 2022, creio que tudo pode acontecer para que os interesses da burguesia sejam atendidos. 

Como exemplo do que pode vir por aí, podemos ter fraudes nas eleições, não pelas urnas como creem os pobres reaças, mas pelo próprio TSE, caso este seja ameaçado e controlado pelo monopólio das Armas. Podemos ter também uma gambiarra legislativa para prorrogar o mandato do presidente ou do vice. Podemos ter um autogolpe, como já mencionou o próprio Mourão em 2018. Podemos ter um estado de sítio criado contra alguma ameaça imaginária que cancele as eleições. Ou podemos até ter uma quartelada clássica. Mas acho pouco provável uma tomada agressiva do poder como ocorria no século passado, porque essas sargentadas costumam ter prazo de validade e não são bem vistas pelo resto do mundo. Num golpe militar clássico, o Brasil viraria uma espécie de Venezuela de extrema-direita. Acho mais provável mesmo que prendam, chantageiem ou matem o Lula (de uma maneira que não pareça assassinato, óbvio). Ou então até aceitem um governo Lula desde que os militares é quem, de fato, governem, usando o líder petista como marionete e bode expiatório caso o governo dê errado. Eu, acho, inclusive, que manter um governo petista sob chantagem seria a melhor opção para a burguesia, porque continuaríamos sob o Golpe, só que de uma maneira que pareça que é uma democracia.

Enfim, as possibilidades são muitas. A única certeza que há é que 2022 não será um ano normal. É bom se preparar.

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