sexta-feira, 11 de novembro de 2022

O "deus mercado" precisa deixar de ser burro

 

O mercado financeiro – que é a nossa tal burguesia rentista – é o retrato fiel do capitalismo bancário: egoísta, avarento, imediatista e sociopata. Bastou o nosso presidente eleito incluir o povo pobre e trabalhador no orçamento durante o seu discurso que o mercado ficou ofendidíssimo, mostrando sua insatisfação com queda na Bolsa e aumento no dólar. É claro que as necessidades do mercado precisam ter prioridade em um sistema capitalista onde a casta rentista comanda, mas se deixarmos de incluir a base econômica e social nos investimentos públicos, quem irá sair perdendo é o próprio mercado financeiro.

O mercado financeiro, por ser puramente especulativo, depende de "parasitar" o capital produtivo: incluindo aí o povo pobre trabalhador e a classe média, porque são eles que produzem a riqueza e são eles que pagam os impostos que será convertido em dinheiro para alimentar os especuladores. Se um governo investe nessa base social de forma responsável, o país irá, como consequência, arrecadar mais, porque o capital produtivo produzirá ainda mais. Comparando de forma grosseira, é como se um comerciante estivesse gastando um dinheirinho a mais para melhorar o seu negócio e assim conseguir mais clientes e ter mais renda através dele no futuro. Investindo no povo, nós aumentamos o dinheiro que aquece a economia e aumenta ainda mais as taxas de juros e dividendos. Todos podem sair ganhando.

Essa é a lógica por trás de um governo que terminou o mandato com 87% de aprovação em 2010. É possível, sim, incluir o pobre no orçamento sem "quebrar o país" e fazer dívidas. Ainda mais com a nova e recente boom de commodities que começou após o fim da fase aguda da pandemia. O mercado não precisa ficar tão $en$ível. Ninguém precisa sofrer e nem passar fome para garantir a estabilidade fiscal do país.

Lógico que isso está longe de ser o ideal. O ideal mesmo é um sistema onde ninguém parasite ninguém e o povo trabalhador é que tenha prioridade máxima. É por isso que eu sou um incansável defensor do socialismo. 

Pobre mercado... Quase me comoveu.

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