terça-feira, 8 de agosto de 2023

Não vale a pena ter plano de saúde


Se tem uma coisa que eu acho abominável no mundo capitalista é o tal do plano de saúde privado. Pagar de forma privada pela saúde é algo que não é coerente sob nenhum aspecto. Primeiro, porque trata a saúde como se fosse uma mercadoria. E, segundo, porque exclui pessoas que não podem pagar. E a saúde é algo que precisa ter acesso universal gratuito. Obviamente, não estou sugerindo que profissionais da área de saúde tenham que trabalhar de graça. Mas o salário deles deve ser pago pelo Estado. Infelizmente, o que acontece nesses planos de saúde particulares é uma verdadeira máfia que trabalha na base do lobby para sucatear a saúde pública e sugar cada vez mais dinheiro dos usuários. Todo mês temos que pagar caro pela saúde privada e, em troca, ganhamos aumentos abusivos, burocracias estressantes, rede credenciada muito limitada, limitação na quantidade de atendimentos e exames, além de uma série de despesas que o plano não cobre. No caso de quem é jovem e tem uma saúde boa, pode ter certeza que vai pagar muito mais do que vai usufruir. Fora que dentro da mensalidade dos planos há sempre uma margem de lucro desconhecida das operadoras. O certo, repito, seria que todos tivessem saúde pública de qualidade, porque ficaria muito mais barato para todos e quem não pode pagar, não seria excluído. Mas como vivemos nesse capitalismo selvagem do capiroto, a sugestão que eu dou é que se você ama seu dinheiro,  pague tudo no particular. Pague apenas pelo que você usa e somente quando você usa. O melhor jeito de fazer isso é abrir uma espécie de "poupança saúde" e depositar mensalmente a quantia que você puder para, quando precisar, ter aquele dinheirinho guardado. E o melhor disso é que você paga apenas o que usa, não tem as burocracia e os desperdícios impostos pela saúde privada e ainda correm juros anuais (ainda que pequenos) a seu favor. Plano de saúde só vale a pena em situações muito específicas, como nos casos de alguns planos empresariais e familiares que cobrem praticamente todas as despesas. Mas, no geral, eles são mais fonte de prejuízo e aborrecimento do que qualquer outra vantagem que possam trazer.

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