sábado, 7 de novembro de 2020

Biden venceu, mas a canção continua a mesma

Já expliquei em outras oportunidades que a eleição americana é apenas um arranjo da burguesia para continuar a fazer valer os interesses dos bancos e das grandes corporações. É a direita fascistoide representada pelos republicanos contra a direita liberal representada pelos democratas. Não há espaço para nada minimamente de centro e menos ainda de esquerda. Bernie Sanders foi eliminado logo no início das prévias do partido democrata por ousar por em campanha um discurso social-democrata. Socialismo então, nem pensar. E assim segue a farsa eleitoral norte-americana onde pouco importa que lado vence, porque a plutocracia e o establishment continuam intocados em seu domínio tanto local quanto internacional. E falando em cenário internacional, as bombas estadunidenses – sejam elas republicanas ou democratas – continuarão a cair em países de interesse estratégico que não possuam arsenal nuclear para autodefesa. 

Mas nem tudo é tão ruim assim. A vitória de Joe Biden marca o início da decadência da onda de extrema-direita internacional. Trump, Bannon, Johnson, Bolsonaro: toda essa gente sai enfraquecida com a vitória da direita liberal norte-americana. Aqui no Brasil também haverá mudanças, já que o atual governo vai ter que se comportar de maneira aceitável tanto com relação ao meio ambiente quanto com relação à política externa. A derrota da direita fascistoide lá nos EUA indica que as coisas não serão tão simples para Bolsonaro e seus filhos em 2022. Ou pelo menos assim espero.

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