Já abordei em outras postagens que todo o trabalho executado por seres humanos deveria ser voluntário a partir do momento que as máquinas se tornassem autônomas. Robôs e inteligências artificiais é que realizariam todo trabalho pesado, perigoso, chato e repetitivo. Ninguém teria que trabalhar em troca de salário, porque isso gera escravidão do salário, roubo através da mais-valia e fome em caso de desemprego. Todos os seres humanos deveriam receber uma renda básica universal paga pelo Estado e só trabalharia quem quisesse, quem pudesse ou quem precisasse de uma renda extra. Mas o básico: comida, moradia, eletricidade, água, saneamento básico e internet seria de graça (pago pelo trabalho das máquinas). Isso geraria um cenário onde teríamos pessoas mais saudáveis e felizes que passariam mais tempo com a família, com mais tempo para se divertir, com mais tempo para cuidar da saúde e mais tempo para fazer atividades físicas. Essa história de romantizar o trabalho assalariado nunca teve coerência lógica. Ao contrário do que dizia a famosa placa na entrada do campo de concentração nazista em Auschwitz, o trabalho não liberta e nem dignifica ninguém. Trabalho adoece, estressa, causa burnout e rouba nosso tempo ao lado de quem amamos.
É por isso que sou um defensor do Projeto Vênus do visionário Jacque Fresco. Um mundo sustentável, sem trabalho forçado e mais justo e igualitário nos elevaria a um grau de civilização capaz de atravessar qualquer grande filtro do Paradoxo de Fermi. Não somos máquinas, somos seres humanos. Essa coisa de achar lindo quem trabalhou duro por mais de trinta anos para, no fim da vida, ter uma coluna destruída, diabetes, hipertensão e uma expectativa de vida reduzida é algo totalmente irracional. Sair de casa 5 horas da madrugada para trabalhar 8 horas por dia pegando transporte público lotado, tomando chuva gelada na cabeça, sendo humilhado pelo patrão (alô, Seu Armando), vivendo com medo de ser demitido, tendo o salário atrasado e ainda sendo assaltado no fim do mês é uma insanidade. Chega! Trabalho é uma perda de tempo, de saúde e de liberdade.
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