quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Grupos antivacina são terroristas por excelência


O Brasil atingiu hoje a aterrorizante marca de 250 mil mortos pela Covid-19. Foram 250 mil conhecidos, colegas, amigos, entes queridos e pessoas públicas que nos deixaram para sempre. São 250 mil famílias chorando por pessoas que poderiam ainda estar vivas se não fosse pelo vírus. E o mais assustador é saber que se as coisas continuarem como estão, em, no máximo, quatro meses chegaremos ao dobro de vidas perdidas. Nos próximos meses, qualquer um de nós poderá ser uma dessas vítimas fatais. 

O vírus está se espalhando mais rápido, porque há variantes mais contagiosas dele circulando, os municípios estão relutando em fazer lockdown, as pessoas estão deixando de fazer isolamento social, o auxílio emergencial acabou, as vacinas estão sendo distribuídas de forma lenta demais, os hospitais estão lotados e temo, com tudo isso, que o colapso funerário seja inevitável. Mas o que me deixa mais perplexo e indignado nisso tudo é que, apesar desse cenário apocalíptico, os grupos antivacina continuam a fazer terrorismo pela internet.

Ora, se a vacina causa tantos males e efeitos colaterais ruins, como alegam as fake news, então por que os países ricos estão minando o sistema equitativo de distribuição de vacinas pelo mundo? Se as vacinas fossem ineficazes ou fizessem qualquer mal, seria o contrário: os países pobres é que serviriam de cobaias. Isso sem falar das toneladas e mais toneladas de mentiras sobre as vacinas pipocando nas redes sociais e whatsapps da vida, com gente chegando a alegar o absurdo de que ela teria um "chip" de controle mental e outras loucuras do gênero. E, infelizmente, há quem acredite nessa desinformação toda.

Estamos numa guerra contra um inimigo invisível. É toda a humanidade contra um vírus. E nossas únicas armas são o isolamento social e as vacinas. Qualquer um que seja contra um ou outro é um terrorista que está lutando contra si mesmo e contra toda a sua espécie nessa guerra onde tivemos 2,5 milhões de baixas para o nosso lado. Não é hora de brincar, é hora de lutar.

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