sexta-feira, 1 de julho de 2022

Será que vivemos numa progressão infinita de universos?


Você já se perguntou qual é a menor coisa que pode existir? E a maior estrutura que existe? Segundo as teorias científicas mais aceitas, a menor escala da física quântica é o Comprimento de Planck. Isso equivale a um comprimento 1,6 mil decilhões de vezes menor que um metro. É algo tão pequeno, mas tão pequeno, que só existe no campo da hipótese, já que nem os mais avançados aceleradores de partículas conseguiram detectar algo nessa escala. Já a maior estrutura que há no campo da hipótese é o multiverso. O nosso universo – que nós sequer podemos mensurar exatamente onde começa e onde termina – seria algo como um grão de areia nesse multiverso repleto de incontáveis universos paralelos de todo os tipos. Mas tanto a Escala de Planck quanto o multiverso podem ser apenas limites temporários dados pelo nosso atual conhecimento científico. Isso porque essa coisa que chamamos de "universo" pode se tratar meramente de uma estrutura de escala insignificante dentro de outras escalas que se estendem do infinitamente pequeno ao infinitamente gigante. Ou seja, podem existir coisas infinitas em todas as escalas, já que sempre haverá algo maior ou menor do que é descoberto. Isso pode responder o porquê de alguns dos maiores mistérios do universo, tais como o comportamento bizarro de diversas partículas subatômicas quanto a misteriosa expansão do universo causada pela energia escura.

O "perturbador" final de MIB.

Quem assistiu ao primeiro filme da série MIB - Homens de Preto deve ter ficado meio perturbado com aquele final que mostra o nosso universo como sendo uma mera bola de gude de um jogo entre extraterrestres. Mas o mais interessante é que a realidade pode não ser muito distante daquilo, uma vez que o nosso universo pode, em teoria, ser apenas um átomo de outro universo maior e este universo maior, por sua vez, pode ser um elétron de outro universo ainda maior e assim sucessivamente por todo o infinito. Talvez não exista um limite de tamanho para os universos que se sobrepõem como se fossem uma boneca matrioska cósmica sem fim. E o mesmo se aplica ao muito pequeno. Talvez existam infinitos universos com incontáveis dimensões dentro das menores partículas subatômicas conhecidas. E não importa o quão fundo nós vamos atrás do limite, porque é como procurar o fundo de um buraco sem fundo. Neste exato momento podem existir multiversos infinitos dentro dos átomos das nossas células neurais, por exemplo, sendo que em muitos desses "microuniversos" pode haver vida, incluindo vida inteligente procurando pelos limites do seu próprio universo. 

Será que vivemos num loop cósmico?

Se o universo for realmente ilimitado, isso significa que a busca pelo conhecimento nunca terá fim, não importando o quão avançada uma civilização seja. Isso quer dizer também que não há nada de especial no nosso universo, já que, neste contexto, ele surgiu por algum fenômeno atemporal de outras escalas cósmicas. Talvez alguma flutuação quântica de um microcosmos tenha gerado o nosso universo espontaneamente, assim como o nosso universo, talvez, gere outros universos paralelos ainda maiores graças à energia escura ou ao nosso poder computacional capaz de simular incontáveis universos virtuais, por exemplo. Enfim, apesar de achar essa hipótese de tudo ser infinito a mais plausível e interessante, a verdade é que, provavelmente, nunca saberemos toda a verdade.

0 comentários:

Postar um comentário