Todo mundo odeia a Globo

Qualquer coisa que tenha o Q.I. oscilando entre o de uma ameba e uma ostra sabe que a Globo não presta. Mas a grande questão é: por que não devemos confiar na Globo? Os progressistas acusam a Globo de ser neoliberal e os conservadores a acusam de ser lacradora. Ambos, sob certa medida, estão certos. É por isso que a Globo vive sendo "hateada" web afora. Ontem mesmo, os bolsominions ficaram possessos com a Globo pela pesquisa "manipulada" que colocava Lula como vitorioso já no primeiro turno para as eleições presidenciais de 2022. Bastou isso para acusarem a Vênus Platinada de ser petista, lulista e comunista do Foro de São Paulo. É muita alienação. Mas não foi para criticar o pensamento conspiracionista dos reaças que escrevi este post.

Eu escrevi esta postagem para que as pessoas se perguntem a que interesses atendem os meios de comunicação que elas assistem. Vamos fazer uma comparação simples para facilitar o raciocínio. A TV 247, do Léo Attuch, por exemplo, é financiada, em boa parte, pelo próprio público, por pessoas comuns. Ou seja, são os trabalhadores e as pessoas que se identificam com uma abordagem mais progressista que pagam para manter a TV 247. Agora pegue a Globo como exemplo. Quem financia a Globo? Por ser uma mídia cara, somente anunciantes ligados ao grande capital podem financiá-la, tais como bancos privados e multinacionais. E quem paga a banda é que escolhe a música. A Globo defende políticas entreguistas e traz notícias que favorecem o pensamento neoliberal porque é esse tipo de política que interessa à plutocracia que financia a Globo. E o que interessa às classes dominantes NUNCA interessa para 99% da população.

Então pare e pense sobre a tal "imparcialidade" que muitos meios de comunicação fingem ter.

Facada ou fakeada?

Circulam na internet já há alguns anos diversas teorias, boatos e histórias de versões alternativas do que pode ter ocorrido a respeito da facada recebida por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Até aí tudo bem, porque se o papel aceita tudo, a internet aceita muito mais. Acontece que a imprensa mainstream tem andado muito alvoroçada e raivosa após um recente documentário sobre o caso produzido pelo jornalista Joaquim de Carvalho. O documentário em si, apesar de bem produzido, não traz nenhuma grande novidade sobre as estranhezas e coincidências envolvendo o atentado. O que tem me chamado a atenção mesmo é que vários jornalistas da imprensa corporativa estão mostrando um desespero muito agressivo ao atacar esse documentário. A sensação que dá com toda essa reação desesperada é que a imprensa tradicional está tentando esconder algo. Esse fato acende uma luz amarela sobre o caso.

Eu, particularmente, acho muito difícil que tudo aquilo tenha sido uma armação. Isso porque se realmente fosse uma "fakeada", todos os profissionais de saúde, testemunhas oculares, policias, seguranças e jornalistas envolvidos no caso teriam que entrar num complô arriscado para fingir para o mundo inteiro que o Bolsonaro foi esfaqueado. É óbvio que todas as circunstâncias envolvendo o atentado foram muito estranhas, mas nada que me convença de que tudo realmente foi uma farsa. O único ponto que me deixa com uma pulga gigante atrás da orelha é essa história de dizerem que o esfaqueador (Adélio Bispo) era um doente mental. Essa versão não me convence. Levando em consideração o histórico do rapaz – que tinha uma vida aparentemente normal antes do ataque e chegou até a frequentar o mesmo clube de tiro dos filhos de Bolsonaro – fica muito forçado dizer que ela era, simplesmente, um doido varrido. Na minha opinião, ele sabia muito bem o que estava fazendo e fingiu ser louco para não se complicar. A real razão da facada provavelmente foi ocultada por não ter sido mais útil, já que o inominável venceu as eleições antes do diagnóstico final sobre Adélio ter sido dado.

Em todo caso, tem caroço nesse angu. A imprensa corporativa, ao invés de atacar o documentário sobre a facada, devia deixar de ser preguiçosa e ir investigar todos os furos envolvendo essa história que mudou os rumos da história do Brasil. Não podem haver dúvidas sobre um evento tão decisivo na história do país.

Cadê a autocrítica da mídia golpista?

Eu acho engraçado que a imprensa golpista passou anos e anos atacando covardemente o Lula e o PT, exigindo sempre uma tal de "autocrítica" de ambos. Agora vemos toda a Operação Lava Jato ser desmascarada através das informações da Operação Spoofing, das reportagens do Intercept, das delações do Tacla Duran, da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro reconhecida pelo STF, da carta escrita pelo Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS) contando que foi coagido a incriminar o Lula, das incontáveis anulações e arquivamentos de ações absurdas contra o ex-presidente... A mídia corporativa apoiou todas essas mentiras, apoiou o Golpe de 2016 para impor políticas neoliberais e foi condizente com a eleição do geno-fascista desde que o "posto Ipiranga" fosse junto com ele. Eu quero saber quando é que essa imprensa mentirosa e sem vergonha irá fazer sua autocrítica diante dessa canalhice toda que ela apoiou. É por isso que eu defendo uma regulação democrática da imprensa, porque o que Globo, Estadão, Folha e companhia limitada fizeram foi uma sucessão de atos hediondos contra o povo e contra a democracia.

Pseudopatriotismo

O brasileiro reacionário é ridículo mesmo. Num dia desses, dois reaças estavam conversando na fila do supermercado e eles estavam cobrindo o inominável de elogios, afirmando que o brasileiro está mais patriota desde que ele tornou-se presidente (kkkkkkk). Segundo os tiozões lá, eles viram no zap (tinha que ser) que os brasileiros estão se sentindo mais orgulhosos em usar as cores da bandeira (oi?) e cantando muito mais o hino nacional (sério, santa?) Primeiramente, é óbvio que isso é mentira, porque o brasileiro médio nunca soube cantar nem a primeira parte do hino e muito menos depois que esse coiso se elegeu em 2018. Segundamente, o brasileiro não está mais patriota P#RR@ nenhuma. Quem desfila com as cores da selecinha da CBF ou é coxinha em dia de micareta fascista, ou então é um daltônico distraído. Na verdade, o brasileiro comum está é PUT# de viver num país onde o custo de vida cresce em projeção geométrica e a instabilidade institucional está nos tornando uma piada no exterior. Honestamente, acho que estamos é cada vez MENOS patriotas. Quem, em sã consciência, se orgulha de viver aqui na Bozolândia?

Já que estamos falando de patriotismo, é interessante se perguntar o que é ser patriota de fato. Os reaças acham que ser patriota é ser anticomunista, usar o abadá da CBF e saber cantar o hino. Mas de que adianta esse patriotismo tosco se o cidadão (de bem) usa atestado médico falso para faltar o trabalho, não devolve o troco a mais que recebe na padaria, tenta subornar o guarda de trânsito e faz ultrapassagem pelo acostamento? O brasileiro adora bater no peito para dizer que ama seu país, mas ajuda a afundá-lo votando em políticos entreguistas que destroem a indústria nacional, que sucateiam nossas estatais para vendê-las a troco de pinga e que arruínam nossos acordos econômicos com o Brics para nos tornar vassalos dos EUA. Que patriotismo safado é esse? Vem para a realidade, meu filho!

Bolsominion pobre é o suprassumo do masoquismo

Para quem não sabe, hoje, dia 6/9, é o dia do séquiço. Mas como estou sem inspiração para falar sobre sexualidade, vou deixar então uma reflexão freudiana de como o bolsominion pobre possui algum tipo de fetiche sadomasoquista envolvendo o inominável. Um pobre que perde renda, direitos, qualidade de vida e ainda idolatra esse desgoverno só pode sofrer de Síndrome de Estocolmo, porque quanto mais o governo o enraba, mais ele quer ser enrabado. Eu já nem acredito mais que o pobre de direita seja burro, acho que é fetiche sexual masoquista mesmo. Mas enfim, cada um com suas taras...

Bolsonarista pobre é a maior aberração que existe

Classe média ressentida, família tradicional, cidadãos de bem e patriotas conservadores compartilham a mesma visão reacionária do mundo e, por isso, são bolsonaristas por excelência. Mas o cidadão pobre, desempregado e beneficiado por programas sociais que apoia o inominável realmente é um caso a ser estudado. Sei que a bolha bolsonarista nas redes sociais é forte a ponto de tornar até os mais vulneráveis socialmente defensores da própria desgraça. Mas isso não é suficiente para justificar tanta estupidez. Não sei se é masoquismo ou burrice, só sei que me foge à compreensão ouvir um miserável proferir que o Coiso é um bom presidente. Onde esse povo vive? No Brasil é que não é. Gasolina a quase sete paus o litro, gás de cozinha custando mais de cem pilas o botijão, a cesta básica custando mais da metade da renda familiar e sem aumento real algum no salário mínimo. Isso porque eu nem mencionei os quase 600 mil mortos pela Covid-19 que tiveram influência direta da irresponsabilidade e do negacionismo desse governo genocida e corrupto. 

Pior que o pobre de direita é o pobre de extrema-direita. Somente o capitalismo é capaz de produzir tamanha contradição. E pode anotar o que estou escrevendo: nas manifestações golpistas do 7 de setembro vai encher de pobres que mal têm onde cair mortos, mas que idolatram orgulhosamente o abominável como se ele fosse um deus.

Né?