quinta-feira, 30 de novembro de 2023

É bom demais ter pinto pequeno

 

Não há uma discussão sequer na internet envolvendo o comprimento ou espessura do membro viril em que não apareça pelo menos uma dezena de homens inconformados por estarem "abaixo da média". É preocupante a quantidade de homens que sofrem injustamente por terem cometido o "crime" de terem nascido com o pênis pequeno. Isso é muito triste, porque cansei de ler relatos de rapazes que sofreram bullying por isso, que têm vergonha de ir à praia, que não namoram, que passaram dos 30 anos de idade e são virgens, que têm a autoestima muito baixa e alguns até que chegam a falar de depressão e suicídio por esse motivo. 

Essa cultura do falocentrismo é extremamente danosa para os homens por colocar, erroneamente, o poder, a masculinidade e a autoestima masculina no tamanho do pênis. E isso é agravado pela indústria pornográfica que reforça de uma maneira totalmente equivocada a ideia de quanto maior o membro, mais prazer ele proporciona, padronizando um tamanho que está exageradamente acima da média. Porém, a verdade é que essa cultura sexista e falocêntrica do falo avantajado como o centro do poder não possui nenhuma coerência. Na antiguidade clássica, por exemplo, era exatamente o contrário, pois os homens com menor pênis mostravam mais sabedoria, intelecto e possuíam seus instintos sob controle. Claro que essa visão antiga também era equivocada, porque o tamanho do órgão genital não tem nada a ver também com capacidade cognitiva. Mas a verdade é que apesar da ideia do falo gigante ser associada a maior masculinidade, ter o dito-cujo pequeno tem, sim, as suas vantagens.

Ser pequeno possui uma grande vantagem.

Cansei de ver em sites de acompanhantes algumas profissionais deixando claro que só faziam o programa se o cliente tivesse o pênis pequeno. Elas recusavam o atendimento com homens com mais de 12 cm por terem o útero baixo e sentirem muito desconforto na penetração. E por ser pequeno, isso abria possibilidade para variações sexuais, como sexo oral e anal, sem restrições e sem "frescura". Mas a vantagem não para por aí. 

Os pequenos fazem a alegria da mulherada.
 

Certa vez, aprendi com um velho conhecido que o segredo para "pegar mulher" era fingir ou dar a entender que você, homem, possui um pênis pequeno. Diga sem medo para a mulherada antes de levá-las para a cama que a sua "ferramenta" de trabalho é bem pequena. Isso porque homens que se gabam do tamanhão do próprio p@u, no geral, são ruins de cama. Eles só têm o tamanho para impressionar e ficam falando isso para tentar causar uma boa impressão, já que a cultura falocêntrica endeusa esse tipo de homem. Mas como já diz o velho ditado, é melhor um pequeno brincalhão que um grande bobalhão. O cara que tem pinto pequeno sente que precisa compensar isso com outras "habilidades" e costumam mandar muito melhor no jogo da sedução, nas preliminares e no sexo em geral com a mulherada. São esses caras com piru pequeno que costumam dar aquele banho de língua inesquecível nas gurias, que dão aquele beijo de deixar as pernas bambas, que têm pegada, que exploram com carinho os pontos erógenos femininos e que conhecem técnicas infalíveis para fazer a parceira ver todas as estrelinhas do universo e um pouco mais. E as mulheres percebem isso quase que instintivamente, camarada. Daí eu te pergunto: que mulher vai trocar um homem confiante, sedutor, carinhoso, companheiro, fiel, divertido e bom de cama por outro ignorante que só tem um pinto gigantesco para oferecer? Aliás, pintos grandes costumam causar mais dor, enquanto que os menores cabem em qualquer lugar sem desconforto. Além do que, na hora H existem posições e técnicas (pompoarismo) que fazem o pequeno brincalhão render muito mais. E antes que tentem me refutar, lembre-se que se essa teoria estivesse errada, não existiriam lésbicas no mundo.

Os humilhados serão exaltados.


Então, caro amigo, se você tem um equipamento mais "humilde", se orgulhe dele. Ele pode ser justamente o grande diferencial que separa os caras ruins de cama dos caras inesquecíveis.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Como sobreviver a uma tempestade geomagnética


Se você achou que a pandemia do coronavírus foi a pior coisa que poderíamos enfrentar nesta década de 2020, pode apertar os cintos que vem coisa muito pior por aí. Duvida? Então imagine ter que passar semanas, meses ou até anos sem telefone, sem internet, sem GPS, sem energia elétrica, com caos generalizado no mundo e com um colapso nas telecomunicações nunca visto antes na nossa história. Imagine incontáveis noites de blecaute global e um prejuízo de trilhões de dólares que só seríamos capazes de nos recuperar décadas depois. Imaginou? Tenso, não? E não: isso não é alarmismo e nem tema para um novo filme apocalíptico de Hollywood.

Infelizmente, existe a possibilidade real (cerca de 12% de chance) do Sol emitir uma violenta ejeção de massa coronal (EMC) na direção do nosso planeta dentro dos próximos dois anos. E são justamente essas EMC que podem causar todo o cenário apocalíptico descrito anteriormente. Ejeções de massa coronal ocorrem todos os anos, mas como Sol estará no pico máximo de sua atividade em meados desta década, estamos correndo o risco de ter nossos satélites, equipamentos eletrônicos e rede elétrica severamente afetados por este fenômeno. 

Na última vez que isso ocorreu, no ano de 1859, a tempestade solar causou uma pane geral nos sistemas de telégrafos num incidente que ficou conhecido como Evento de Carrington. Além disso, auroras boreais foram vistas em baixas latitudes, chegando a fazer a noite parecer dia. Se o mesmo fenômeno se repetir na era digital, viveremos um verdadeiro apocalipse tecnológico que poderá levar anos para voltar à normalidade. Mas o que fazer para minimizar esse estrago?

O Sol poderá nos levar de volta para o século XIX.

O Sol está sendo monitorado constantemente pelos nossos satélites e telescópios. Por isso, qualquer erupção solar é detectada com várias horas de antecedência, porque a velocidade das partículas carregadas é menor que a velocidade da luz, dando tempo para preparamos nossas defesas. O problema é que é impossível proteger todas as nossas estruturas eletrônicas. De um jeito ou de outro, iremos ficar sem internet e sem energia elétrica por tempo indeterminado, voltando no tempo, tecnologicamente falando, para o início do século passado. Em todo caso, podemos tomar algumas medidas desde agora para minimizar o estrago. 

A primeira coisa a se fazer é um backup dos nossos dados digitais em sistemas de armazenamento offline, já que as informações armazenadas em servidores poderão simplesmente desaparecer ou ficar inacessível por anos. Senhas, textos, artigos, planilhas, códigos, músicas, vídeos, fotos, trabalhos e tudo que houver em formato digital precisa estar salvo em mais de uma fonte segura, de preferência. 

Cena comum após uma tempestade geomagnética.


A segunda coisa a se fazer é ter em casa painéis solares e algum sistema onde possamos armazenar a energia captada para usar quando não tiver luz solar. Existem painéis solares mais simples e baratos que são vendidos em sites especializados e darão conta, pelo menos, de manter seu smartphone carregado e um ventilador para não morrer de calor nesse verão escaldante. Baterias, recarregáveis de preferência, poderão ser utilizadas para armazenar energia (isso inclui o uso de nobreaks). Outra opção mais cara é adquirir geradores de energia movidos a diesel. Existem geradores de vários tipos e tamanhos que darão conta do básico como geladeiras e aparelhos eletrônicos. Se isso for caro demais para você, invista, pelo menos, na compra massiva de velas e pilhas para não ficar na escuridão.


Imagine ficar assim por meses...

A terceira coisa a se fazer é estocar comida e água, pois sem aviões e veículos operados por GPS, teremos escassez de alimentos. E é bom pensar em alimentos que tenham um prazo de validade superior a seis meses, porque não sabemos quanto tempo durará este “apagão tecnológico”. Se você tiver algum terreno para plantar frutas e verduras, comece desde agora, porque isso poderá evitar insegurança alimentar. A falta de água também será generalizada, pois o abastecimento urbano depende de bombas elétricas. Ter caixas d'água e poços são opções obrigatórias para quem não quiser pagar caro por água mineral. 

Já a quarta e última coisa a se fazer é manter uma quantidade razoável de dinheiro em espécie guardado em casa, porque com a pane eletrônica geral, certamente pix e cartões ficarão inutilizáveis. Uma dica final seria que no dia que a temível tempestade fosse anunciada, todo mundo tire da tomada todos os aparelhos eletrônicos e se mantenha longe deles, pois mesmo desligados, eles podem dar choques elétricos.

Isso não seria nada bom de ser visto nos céus do Brasil.


Com relação às telecomunicações, os governos e empresas precisarão deixar equipamentos de reserva à disposição para substituir o mais rapidamente possível o que for danificado. Sistemas anti pane e anti surto elétrico precisarão estar prontos para evitar estragos maiores. De resto, é rezar para que telefones e a internet possam voltar o mais rápido possível.

Portanto, se algum dia faltar energia elétrica, internet e telefone ao mesmo tempo, existe a chance de uma terrível tempestade geomagnética estar acontecendo. Se você enxergar mais estrelas que o normal à noite devido à menor poluição luminosa e auroras boreais clareando a noite, pode ter certeza que o apocalipse tecnológico começou. Então, esteja preparado!

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

E esses uniformes sensuais aí, pode isso?

 

No mês passado, mais uma polêmica envolvendo "sexualização excessiva" apareceu na imprensa e ganhou ainda mais notoriedade nas redes sociais. A polêmica foi que as jogadoras dos times femininos do campeonato inglês Aston Villa, Newcastle e Wolverhampton estavam usando uniformes "sensuais demais". Isso porque o material esportivo produzido pela empresa Castore estava fazendo as atletas transpirarem demais e ainda por cima absorviam o suor de forma ineficiente, deixando o uniforme mais pesado (e mais colado ao corpo) do que o habitual. E para ilustrar isso, colocaram propositalmente as fotos e vídeos da atacante suíça Alisha Lehmann com o polêmico uniforme, já que ela possui o corpo mais, digamos, 'avantajado' entre as atletas. Pronto, isso bastou para a liga das senhoras católicas, radfems e nofapistas ficarem bastante exaltados. Sobre essa notícia, eu tenho dois pontos relevantes para destacar.

Usar a Alisha como referência também é covardia.

 

O primeiro ponto é que, sim, a Castore e outros materiais esportivos realmente abusam de tecnologias para sensualizar o máximo possível as atletas. Isso acontece também em outros esportes, como no atletismo e no voleibol, por exemplo, e causa, frequentemente, problemas de mobilidade para as atletas só para elas ficarem mais atraentes para o público masculino. Só que essas marcas não fazem isso por serem meramente sexistas, mas porque é uma forma de chamar mais atenção para o futebol feminino que é menos visto que o masculino por vivemos em uma sociedade machista. Os patrocinadores que colocam seus logotipos nas camisetas e shorts precisam que as marcas sejam vistas pelo maior número possível de pessoas, então os fabricantes fazem o uso dessa "estratégia" para atrair os olhares do público masculino. 

É por isso que eu acho que deviam ser as próprias atletas que tinham que escolher os uniformes que pretendem usar, afinal, são elas – e somente elas – que estarão expostas em um esporte de alto rendimento. Só que enquanto existir machismo e capitalismo, provavelmente essa será uma guerra perdida.

Corpos avantajados chamam atenção em qualquer uniforme.
 

O segundo ponto dessa discussão é o aspecto moral. Mulheres com corpos "perfeitos" sendo expostas na mídia sempre causaram incômodo por impactar na autoestima de adolescentes do sexo feminino. Além de causarem ciúmes em mulheres comprometidas que tem que aturar seus maridos babando para os corpos esculturais da concorrência. Eu entendo isso perfeitamente, mas há uma certa hipocrisia aí. Ninguém problematizou, por exemplo, quando o ex-jogador da seleção masculina de futebol Hulk fez sucesso entre o público feminino e o público gay por seu corpo avantajado. Ou como os super heróis masculinos possuem corpos de bodybuilder expostos em roupas ultra coladas ao corpo. A busca pelo corpo perfeito também faz mal aos homens, já que muitos deles literalmente morrem de tanto tomar esteroides para ficarem com o físico de seus ídolos. 

Mantenha os uniformes e tire a Alisha que acaba a objetificação.

 

No caso dos grupos progressistas, essa hipocrisia moral fica bastante evidente, porque se fosse uma mulher obesa no lugar de uma Alisha Lehmann sendo objetificada ou hipersexualizada, ninguém reclamaria, porque enxergariam isso como "quebra de tabu" e "empoderamento", apesar da situação ser rigorosamente a mesma. Ou se o problema fosse o oposto, o excesso de roupa, ninguém reclamaria também, mesmo que causasse problemas muito piores de mobilidade e desempenho. Apesar que no caso da Alisha ou do Hulk, até se ambos estivessem vestidos com roupas de apicultor iriam chamar atenção. Note, inclusive, que somente a Alisha é usada como referência nas matérias e posts sobre este assunto, porque apesar das demais atletas usarem o mesmo uniforme, elas não incomodam o povo por terem corpos "comuns". O que incomoda os moralistas não é o uniforme em si, mas os corpos "perfeitos" expostos. Ou seja, se a Alisha não jogasse no Aston Villa, ninguém nem estaria falando sobre este assunto. Esse aspecto parcial tira toda a seriedade do debate.

Então é preciso ter um ponto de equilíbrio nessas discussões para que possamos buscar soluções reais e não soluções simplistas baseadas em moralismo cínico.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Argentina elege o pior presidente possível


É sabido que as abelhas não devem perder tempo explicando às moscas que mel é melhor do que merda, mas... Pelamordedeus, caros hermanos, de onde vocês tiraram a ideia que Javier Milei é solução para alguma coisa? Elegeram um sujeito que reúne as piores características possíveis para ser presidente de um país. Milei é uma espécie de Paulo Kogos da geração X que se aproveitou da onda de extrema-direita que assola o mundo desde a crise sistêmica do capitalismo de 2008 para mostrar que pior do que está, fica SIM. Não há como esperar nada de útil de um lunático que pretende fechar o banco central, dolarizar a economia, legalizar a venda de órgãos, que toma decisões com base em tarô e que acha a venda de crianças algo plausível no futuro. O cara é uma piada de mau gosto pior que o nosso inelegível ex-presidente, porque ele não tem sequer maioria no congresso a favor dele. Sei que é clichê o que vou proferir, mas não há mais nada a fazer a não ser tocar um tango argentino. Que Deus, se existir, tenha piedade dos nossos hermanos.

domingo, 19 de novembro de 2023

Eles estão entre nós!


Um dos meus maiores sonhos de criança era ver um dinossauro de verdade ao vivo. Daí que quando descobri que eles haviam sido extintos, o que restou foi engolir a seco a decepção e me contentar com o que via nos Jurassic Parks da vida. Mas foi aí que, como num plot twist da vida real, um belo dia acabei descobrindo que, na verdade, nem todos os dinossauros foram extintos e que muitos deles continuam por aqui até hoje. Os dinossauros exterminados no final do Cretáceo, há 66 milhões de anos atrás, foram os dinossauros não aviários de grande porte. Mas os demais dinossauros sobreviveram e eles estão por aí até hoje cobertos de penas coloridas, ostentando belos cantos e colocando ovos exatamente como faziam no Mesozoico. Sim, as aves são dinossauros. E não, as aves não são descendentes dos dinossauros: elas são, de fato, um tipo de dinossauro, assim como nós somos um tipo de mamífero e não descendentes deles. Os pássaros são dinossauros porque compartilham mais características com os dinossauros do que com outros grupos de animais vivos. Essa evidência está escrita tanto no DNA quanto na fisiologia das aves.

E você achando que todos eles haviam morrido...

Então, se você quiser ver um dinossauro pessoalmente, nem precisa construir uma máquina do tempo, basta dar uma olhada pela sua janela que você verá vários deles tentando fazer tiro ao alvo com titica bem em cima das nossas cabeças.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Ser adolescente em 2003



Estive aqui a pensar com meus botões e acho que 2003 foi o último grande ano da minha vida. Foi naquele ano que ganhei meu primeiro PC, que consertei (eu mesmo) meus videogames (Mega Drive e Super Nintendo), que passei no vestibular, que consegui descolar meus primeiros trocados, que fiz meu primeiro curso de informática, que tive meu primeiro celular e que realmente comecei a me sentir adulto ao completar meus 20 aninhos de idade, marcando o fim da minha entediante adolescência. Este, portanto, será o último ano, cronologicamente falando, desta série de retrospectivas de cada ano que vivi desde 1986. Acho que não faria sentido escrever "Ser Adulto em 2004", até porque dali em diante, foi um ano pior que o outro e o sentimento de nostalgia simplesmente deixou de existir. Então vamos pegar carona na máquina do tempo deste bloguinho e relembrar como foi (o agora longínquo) ano de 2003 sob a minha perspectiva de adolescente.

Néstor Kirchner e Lula em encontro histórico.


Política
Desde 1999, com a eleição de Hugo Chávez na Venezuela, que a América do Sul passou por uma transformação à esquerda em resposta às políticas neoliberais fracassadas. Em 2003, nessa mesma onda, foi a vez de Luiz Inácio Lula da Silva assumir a presidência no Brasil e Néstor Kirchner assumir a presidência na Argentina. Posteriormente, tivemos também Evo Morales na Bolívia, José Mujica no Uruguai e mais outros que mostraram uma mudança na geopolítica da região. Enquanto isso, no Oriente Médio, os EUA iniciaram a Guerra do Iraque atrás de fantasiosas armas de destruição em massa do ex-ditador Saddam Hussein. Aquela guerra, no fim das contas, só serviu para bagunçar a região e aumentar inutilmente os gastos bélicos do Tio Sam. Mas tirando alguns conflitos mais isolados, como o Fevereiro Negro em La Paz, o conflito do Delta do Níger e a guerra civil no Nepal, 2003 foi um ano relativamente tranquilo.

Os ancestrais dos smartphones estavam chegando.


Tecnologia
Quem tinha um PC com gravador de CDs em 2003 fazia a festa, porque podia piratear à vontade qualquer coisa digital, já que as leis da época não penalizavam ninguém por isso. Daí que uma das coisas que mais vendiam nos camelódromos da vida eram justamente os CD-ROM com softwares e jogos pirateados, além dos CDs de áudio. Foi naquele ano que comecei a colecionar discos de vinil e a comprar revistas e livros nos sebos do centro da cidade. Também eram comuns aquelas revistas que vinham com CDs cheios de aplicativos freeware, emuladores e provedores inúteis de internet. Acho que só da AOL, eu devia ter uns dez ou mais. Foi a partir daquele ano que comecei a jogar pra valer emuladores de videogame, chegando a passar noites em claro com meus games favoritos. Os smartphones ainda não existiam, mas os tijolões da época já tinham tela colorida, acessavam a internet e alguns até tinham câmeras bastante toscas. Com relação aos PCs, estávamos na era dos AMD Athlon e dos Pentium 4, com a introdução dos Pentium M para os Notebooks. O sistema operacional que estava no auge foi o nostálgico Windows XP. Já a Apple lançava seus Powerbooks que se gabavam de serem "imunes a vírus".

Seu Creysson era muito punk aahahah!

Televisão
Se você viveu em 2003 e não ouviu falar do Seu Creysson do Casseta e Planeta, você certamente estava fora da Via Láctea. Seu Creysson foi um dos personagens mais icônicos do humorista Cláudio Manoel que fez tanto sucesso que chegou a lançar uma candidatura fake para presidência da república e um livro intitulado Vidia i Óbria. Mas nem só de Seu Creysson viveu a Rede Globo naquele ano. O Big Brother Brasil 3 foi um dos mais icônicos da história com participantes lendários como Dhomini, Harry Grossman, Sabrina Sato, Juliana Alves, Joseane, Alan e Jean Massumi. Falando de telenovelas, foi o ano de Kubanacan, Chocolate com Pimenta e Mulheres Apaixonadas que teve recordes de audiência. Teve também a estreia do Linha Direta Justiça e da 1ª temporada de Carga Pesada. Pela manhã, ainda passava a TV Globinho e eu não perdia um episódio da saga de Majin Boo em Dragon Ball Z.

Na Rede TV, eu me lembro das pegadinhas do João Kléber no Eu Vi na TV que apesar de serem forçadas e apelativas, me faziam dar boas risadas. Aquele foi também foi o ano de Estreia do Pânico na TV e eu confesso que nunca consegui gostar daquele programa. Já as demais emissoras da TV aberta tinham uma programação bem medíocre e repetitiva. Para mim, só se salvava o Show do Milhão do SBT.

Dois Matrix no mesmo ano para fechar a trilogia.


Cinema
Se tem uma coisa que foi fantástica em 2003 foram os filmes. Foi um ano com filmes muito bons. Lembro que eu tinha uma lista enorme com todos os filmes que queria assistir, mas como não tinha Netflix na época e eu também não tinha grana para alugar filmes em locadoras, a maioria dos grandes filmes daquele ano eu nem cheguei a assistir. Para ter uma ideia de como a coisa foi farta, vou deixar a seguir uma lista de alguns dos melhores filmes lançados naquele ano. A maioria deles envelheceu muito bem, diga-se de passagem:

O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas
Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra
Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
Matrix Reloaded
Matrix Revolutions
Animatrix
Mestre dos Mares
O Último Samurai
Kill Bill - Volume 1
O Massacre da Serra Elétrica
O Núcleo - Missão ao Centro da Terra
X-Men 2
Sobre Meninos e Lobos
Alguém tem que Ceder
Lágrimas do Sol
Diários de Motocicleta
Tomb Raider - A Origem da Vida
Todo Poderoso
Escola de Rock
21 Gramas
Violação de Conduta
Todo Mundo em Pânico 3
Peter Pan
Procurando Nemo
Lisbela e o Prisioneiro
O Homem que Copiava
Carandiru
Os Normais - O Filme

O meu Need For Speed favorito.


Games
2003 foi um dos anos que mais joguei videogame na vida. Quando não estava em casa jogando Mega Drive e Super Nintendo, estava na locadora perto da minha casa jogando Xbox e PlayStation 2. Fora os emuladores que eu jogava no PC. Naquele ano, tivemos o lançamento do Game Boy Advance SP que foi meu sonho de consumo durante anos. Pena que nunca tive nenhum videogame portátil. Com relação a títulos, 2003 nos trouxe alguns clássicos como:

Need For Speed Underground
Sonic Heroes
Devil May Cry 2
Silent Hill 3
Mario Kart Double Slash
Call of Duty
Max Payne 2
Postal 2
Tomb Raider Angel of Darkness

Tô nem aí pra quem curtia isso.


Música
Se tem uma coisa que não me agradou naquele ano foram as músicas. Foi muito lixo tocando nas rádios. Os destaques da época eram KLB, Kelly Key, Wanessa Camargo, Felipe Dylon, LS Jack e o sofrível Bonde do Tigrão. O destaque maior na mídia foi para o MC Serginho que estourou com Eguinha Pocotó e o Vai Lacraia. De destaque positivo mesmo, só o Acústico MTV do Charlie Brown Jr. que foi considerado um dos melhores acústicos até hoje. O que salvou o ano foi a canção póstuma do Renato Russo "Mais uma Vez" que, diga-se passagem, é uma bela canção motivacional. Já na gringa estouravam sucessos de Linkin Park, Avril Lavigne, Christina Aguilera, Evanescence e Jennifer Lopez. Eu detestava tudo isso e só escutava músicas lançadas dos anos 90 para trás. Canções essas que eram baixadas por aplicativos como o Kazaa e o eMule, já que não existiam nem YouTube e nem serviços de streaming de música.

O ano foi da Raposa.


Esportes
2003 foi o primeiro ano da Série A do Brasileirão por pontos corridos, onde o Cruzeiro, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, venceu absoluto com 100 pontos, conquistando a lendária tríplice coroa daquele ano. Também foi o ano do Pan-Americano realizado na República Dominicana, onde o Brasil terminou em quarto lugar com 29 medalhas de ouro. Naquele ano teve a Copa das Confederações da França em que a própria França venceu. O Brasil até participou do torneio, mas foi eliminado na fase de grupos após perder para Camarões e empatar com a Turquia.

Enfim, termina aqui a retrospectiva do último ano desta série. Se eu voltar a escrever algum post da série "Ser Criança/Adolescente em", será sobre algum ano da década de 1980 que eu não tenha escrito ainda ou sobre o ano de 1994 que escrevi de forma muito corrida e resumida. Como citei na introdução do post, não faz sentido escrever sobre os anos posteriores a 2003, porque eles não me trazem nenhuma nostalgia, além de serem muito parecidos entre si. Fora que eu já era adulto e o intuito desta série é relatar como era a minha visão de criança e adolescente de cada período.

Para quem quiser saber como foram os outros anos, vou deixar a lista completa abaixo. Só é clicar e ser levado diretamente no tempo para o ano escolhido.

Ser criança em 1986
Ser criança em 1988
Ser criança em 1990
Ser criança em 1991
Ser criança em 1992
Ser criança em 1993
Ser criança em 1994
Ser criança em 1995
Ser criança em 1996
Ser criança em 1997
Ser criança em 1998
Ser adolescente em 1999
Ser adolescente em 2000
Ser adolescente em 2001
Ser adolescente em 2002

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Essa guerra não tem o menor sentido


Eu prometi a mim mesmo que daria um tempo sobre qualquer assunto que envolvesse política neste bloguinho, mas não posso ficar calado diante de tantas barbaridades que tenho lido e escutado nos últimos dias sobre a tal 'guerra em Israel'. 

Vamos começar esclarecendo um ponto fundamental: essa guerra NÃO é entre Israel e Palestina. A guerra é entre a extrema-direita israelense e o Hamas. E quem paga o ônus dessa guerra é o povo palestino e o povo israelense que não têm nada a ver com esse conflito. Assim como também não há uma guerra entre Rússia e Ucrânia, já que o que ocorre ali é uma guerra entre o imperialismo do Ocidente versus os interesses da oligarquia Russa. Mas voltando ao Oriente Médio, o resultado dessa loucura é que civis – em especial mulheres, idosos e crianças – estão sendo trucidados de forma covarde na Faixa de Gaza e o que vemos é uma imprensa alinhada aos interesses norte-americanos e israelenses, alegando que tudo não passa de "direito de defesa de Israel". Não, camaradas. Não é isso que está acontecendo. Estão confundindo defesa com ataque ao apoiar um dos maiores massacres contra o povo palestino já visto na história. Da mesma forma que condenam a devastação da Ucrânia pela Rússia, deveriam execrar também o que ocorre no Oriente Médio. O "Ocidente" está enviando armas para Ucrânia se defender por um lado, enquanto que, pelo outro, estão fazendo pouco caso para a ajuda humanitária para Gaza e ignorando qualquer acordo de cessar-fogo. Eles não querem paz. Quem quer paz mesmo é o Papa Francisco que mostra esforço diplomático pelo fim do massacre. Mas os puxa-sacos do Tio Sam estão tornando-se verdadeiros monstros ao apoiar bombardeios insanos e invasões genocidas. E quanto mais Israel ataca, mais o grupo Hamas se fortalece a nível ideológico para tentar retaliar a violência sofrida pelas forças ofensivas israelenses.

É esse o nível da loucura.

E, por favor, isso que escrevi não tem nada a ver com antissemitismo. Tem a ver com antissionismo, porque a forma como o Estado de Israel foi fixado no Oriente Médio foi totalmente desorganizada, se impondo na base da autoridade e da força. Inclusive, vários judeus são antissionistas. O Hamas é, sim, um grupo terrorista violento, mas que só existe como resposta à maneira como Israel se impõe em seu território. Enfim, é sempre o mesmo filme, o mesmo drama, a mesma tragédia e o mesmo papo sem sentido da imprensa hegemônica. Chega de guerras, caramba!

sábado, 4 de novembro de 2023

Relacionamento entre seres humanos será coisa do passado


Relacionamentos monogâmicos NÃO são fáceis. É preciso muita mão de obra para manter o romance, o encantamento, a conexão amorosa e o desejo sexual acesos no longo prazo. Isso porque todo relacionamento afetivo passa por crises, mesmices, decepções e desencontros que desgastam a relação no decorrer do tempo. Mas falando especificamente da questão sexual, relacionamentos heteroafetivos são praticamente uma bomba relógio. Em algum momento, as coisas irão descambar. É por isso que há tantas separações e pessoas infelizes em seus relacionamentos procurando terapia de casais. Há algo de podre no reino da Dinamarca. 

Casais infelizes são a regra.


Homens e mulheres NÃO possuem a mesma dinâmica sexual por razões hormonais, bioquímicas, anatômicas e culturais. Homens querem sexo regularmente, mesmo que esse sexo seja mecânico e repetitivo. Enquanto que mulheres, normalmente, precisam ser estimuladas para isso, dando ao homem a obrigação de estar sempre investindo alto no jogo da sedução para manter o interesse sexual da parceira. O homem precisa mandar flores, enviar mensagens de amor criativas no zap, ser cavalheiro, lavar a louça, cuidar da casa, fazer compras, consertar o carro, pagar o jantar e saber instigar o desejo da mulher nos momentos certos. E se não for assim, o sexo torna-se desinteressante para mulher que, em resposta a essa indiferença, finge dor de cabeça para não transar, faz greve de sexo ou, simplesmente, trai o parceiro. Não é fácil para o homem ter que ser cordial, companheiro, compreensivo, criativo e sedutor com mulheres que mesmo com todo trabalho, muitas vezes não têm o mesmo interesse sexual deles. É por essas e outras que eu sempre defendi o sexo pago, porque nele, o homem tem o sexo que quer, com a mulher que ele escolher e sem ter tanto trabalho e tanto investimento de tempo e energia. Mas o sexo pago, como já destaquei em outra conversa, não é a melhor opção. Há algo muito melhor reservado para os homens do século XXI.

A mulher perfeita realmente existe!

Sendo bem franco, no dia que os homens descobrirem o que é uma sex doll hiper realista, acho que a humanidade acaba. Porque meu... Olha o tanto de coisas que citei lá em cima que o cidadão precisa fazer para mulher se interessar por sexo... Com uma Love Doll é sexo na hora e do jeito que o homem quiser para sempre, sem esforço e sem risco de IST! Claro que essas bonecas ainda são caras, especialmente as mais tops de silicone, mas o investimento compensa e muito. Creio que se os homens pensarem mais com a cabeça de cima, teremos uma revolução social e cultural sem precedentes na história humana. Homens serão sexualmente e afetivamente mais felizes sem maiores preocupações. Imagine se livrar de compromissos maçantes, filhos indesejados, golpes da barriga, golpes do baú, pensões, chantagens, traições, greves de sexo, TPM, DRs, brigas e estresse desnecessário escolhendo, simplesmente, ter uma linda ginoide ao seu lado ao invés de uma mulher de carne e osso. É quase um sonho. O cara vai estar sempre satisfeito sexualmente e afetivamente.

Elas são o passaporte para a felicidade.

 

Apesar de soar machista, isso também é bom para as mulheres, porque elas não precisarão mais aguentar um porco sexista, acomodado, barrigudo, violento, ciumento e egoísta dentro de um casamento sem amor. E vamos ser honestos: mulher nenhuma precisa de homem para ser feliz. Homem quase sempre só serve para atrapalhar e atrasar a vida da mulher. É da natureza do homem ser escroto e ainda tem o aval da sociedade machista para agir desse jeito. Garanto que a maioria das mulheres sente muito mais prazer brincando com os próprios dedinhos do que com um homem normal. Além do mais, existem também bonecos sexuais com aparência masculina para alegrar a mulherada. Todos saem ganhando.

E você aí feito trouxa se sacrificando por uma qualquer.


Bonecas sexuais foram projetadas e pensadas inicialmente para atender os homens sexualmente, mas elas têm muito mais utilidades que puramente sexo. Elas servem para brincar de figurinista, de fotógrafo, de maquiador, de cabeleireiro, de médico... Além de que são ótimas para assistir a um filme abraçadinho, dormir de conchinha e servir de privada emocional para nossos desabafos. Sem falar da conexão natural construída com elas por termos que dar banho, vestir, perfumar e cuidar quase como se fosse uma pessoa real. É por isso que não me canso de repetir que se os homens forem um pouquinho mais espertos, os relacionamentos entre seres humanos será coisa do passado num futuro bem mais próximo do que sonhamos.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Jogos da minha vida #11: Banjo-Kazooie


Apesar de muita gente considerar que o Super Mario 64 foi o melhor jogo de plataforma 3D criado nos anos 1990, eu abro divergência com essas pessoas para citar um game que, na minha opinião, superou com folga o jogo do bigodudo. Sim, o Banjo Kazooie, lançado em 1998 pela Rare para o Nintendo 64, foi o mais incrível jogo de plataforma/aventura que joguei na vida. Diferentemente dos outros games desta série "Jogos da Minha Vida", eu não me lembro quando foi a primeira vez que joguei este clássico. O que eu me lembro foi que este jogo me encantou do início ao fim. Apesar de ser fã do Mario 64 e de ter completado 100% dele, eu tinha alguns problemas com o game, especialmente com relação à camera. Aquela câmera do Mario 64 controlada pelo Lakitu era muito irritante, porque movia-se sozinha o tempo inteiro, bugava, não enquadrava bem e às vezes ficava travada em alguns locais. No Banjo Kazzoie, os problemas com a câmera eram praticamente inexistentes. E só isso já trouxe uma melhora incrível na experiência com o game. Fora as fases do Banjo Kazooie que juntamente com as músicas deram um show à parte. A parceria do Urso Banjo com a pássara Kazooie era divertida e trazia a possibilidade de usar truques e power ups que eu nunca tinha visto até então. Este jogo foi, sem dúvidas, um dos maiores acertos da Rare.

Voar nessa fase era pura diversão.


Cansei de ouvir das mais variadas línguas, desde os anos 90, que o Banjo Kazooie não passava de uma cópia mal feita do Mario 64, mas eu sempre discordei totalmente disso. Na verdade, Banjo era a evolução natural do Mario 64, uma espécie de sucesso espiritual. É verdade que a fórmula era a mesma, mas a dinâmica, o visual e a interação tinham uma personalidade própria. Era muito divertido procurar os jiggies (peças de quebra-cabeça) naquelas fases de temas variados (praia, neve, deserto, pântano, halloween) e usá-los para abrir as fases e acessar pontos novos do Castelo da Gruntilda através das notas musicais. Quando comecei a jogar o game, eu já devia ter uns 15 anos de idade e mesmo não sendo mais criança, o jogo fez eu me sentir criança de novo, porque era muito divertido, musical, colorido e bem produzido. O game, como citei, tinha uma personalidade própria. Tinham os jinjos coloridos para encontrar, tinham as transformações hilárias do Mumbo Jumbo, os desafios engraçados dos mini games, as habilidades lúdicas aprendidas com o Bottles, os personagens que falavam pelas orelhas e as trapaças através das páginas do Cheato. A sensação de imersão era maravilhosa, até porque o game reunia alguns elementos de RPG e fazia a gente se sentir parte do jogo, envolvido na história.

Não tinha como não amar essa dupla.
 

Banjo Kazooie era uma obra de arte em formato de jogo de videogame. Apesar do enredo ser meio bobinho com aquela coisa meia nada a ver da Bruxa Gruntilda querer roubar a beleza da irmã do Banjo, o desafio que o game trazia era bacana. Fora que o game era longo e conseguia nos manter entretidos por bastante tempo. O grande destaque do game foi a última fase do jogo, a inesquecível Click Clock Wood, que era um bosque ao redor de uma árvore gigante onde se passavam as quatro estações. Cada estação tinha a sua entrada própria e o que você fazia em uma, alternava o futuro na estação seguinte. E você meio que podia voltar no tempo para resolver alguns puzzles no futuro. Achei maravilhosa a ideia.

O único ponto negativo do Banjo Kazooie era que a dificuldade da boss final, a Bruxa Gruntilda, era muito alta, fora que também era uma batalha demorada e cheia de etapas. Eu nunca consegui zerar o game no console por isso (só nos emuladores). Aquele mini game de perguntas e respostas no final, apesar de divertido, me deu muito trabalho também, porque meu inglês era (e ainda é) horroroso.

Essa fase era realmente incrível.

O game teve uma continuação, que foi o Banjo Tooie que, diga-se de passagem, era muito mais longo, difícil, desafiador e complexo. Não achei o Banjo Tooie tão divertido quanto o primeiro, mas o jogo também era muito bom, especialmente por trazer inovações como ovos de múltiplos efeito, fases interligadas, mais truques e habilidades, a possibilidade de montar os quebra-cabeças num palácio e um enredo melhorzinho. O fato é que em matéria de jogos de plataforma 3D, Banjo Kazooie continua imbatível para mim até hoje.

PS: Algum fã resolveu fazer o projeto de um remake completo do game e divulgou o resultado no YouTube. O trabalho ficou bastante impressionante. Vou deixar o vídeo abaixo para quem ainda não conferiu.