sexta-feira, 30 de junho de 2017

O Brasil está de cabeça para baixo


A República Federativa do Brasil é o país mais bizarro do mundo juridicamente falando. Tudo aqui é ao contrário do que deveria ser. Primeiro, uma corja de corruptos tira uma presidenta honesta do cargo sem que ela tenha cometido qualquer crime de responsabilidade. Depois, os dois articuladores do Golpe de Estado contra a presidenta inocente são gravados cometendo crimes e continuam no poder. Um deles é absolvido pelo TSE e o outro tem seu cargo devolvido com direito a elogios de um ministro da suprema corte. E para piorar, um ex-presidente inocente está prestes a ser preso sem que se tenha qualquer prova dos seus supostos crimes.

Eles viraram o Brasil ao avesso

Pois é, o Brasil tinha que se chamar Inversolândia, porque aqui é tudo pelo avesso. Quem é culpado, é inocentado. Quem é inocente, é punido. A moral da história é que não vale a pena ser honesto no Brasil. Por isso, estou pensando seriamente em me filiar ao PSDB – ou talvez ao PMDB – para roubar até dizer chega, construir aeroportos nas terras do meu tio, traficar cocaína e depois me candidatar a qualquer cargo público alegando que sou pró-família e que irei combater a esquerda, os petralhas e os corruptos. Se alguém me pegar no flagrante, terei um juiz amigão para me salvar a pele. E, claro, terei uma turba de paneleiros, isentões, falsos moralistas e golpistas para me apoiar no final das contas como um herói nacional.
E viva a operação lava jato, porque o crime compensa se você for de direita!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Cospobre: a arte de ser tosco


Cospobre, para quem não sabe, é um cosplay com sérios problemas de orçamento, o que faz com que algumas pessoas se fantasiem de seus heróis favoritos de maneira bastante improvisada e terrivelmente tosca. Isso normalmente faz os cospobres usarem e abusarem da criatividade para compor seus figurinos excêntricos e dramaticamente hilários.
A seguir, vou deixar alguns exemplos de cospobres que me fizeram dar boas gargalhadas para animar um pouquinho este blog que tem andado sério demais. Saca só que viagem:

























quarta-feira, 28 de junho de 2017

Discutir sobre o tamanho do Estado é uma tolice


Isso mesmo: discutir sobre o tamanho do Estado é uma tolice. Esquerda e direita se digladiam ferozmente na internet discutindo inutilmente sobre o tamanho ideal que o Estado deve ter enquanto o Brasil é desmontado e destruído de dentro para fora. Foi só o Brasil ameaçar rumar no caminho do desenvolvimento que as nações estrangeiras trataram logo de cortar as nossas asinhas. Primeiro, eles tiraram um partido nacionalista que estava no poder através de um Golpe parlamentar. Depois foi a vez de financiarem um projeto neoliberal ultra radical, destruindo direitos trabalhistas, aposentadorias, investimentos públicos e a indústria nacional. E agora querem que o Brasil volte a ser subalterno, dependente e limitado a um humilde exportador de matéria-prima. Isso porque os países líderes do mercado mundial não querem empresas brasileiras competindo com as deles. O Brasil pós golpe também está condenado a uma maior desigualdade social, o que vai gerar mais violência, mais pobreza e um maior parasitismo rentista. Nós vamos ficar cada vez mais pobres e tudo vai ficar cada vez mais caro. Só um plano nacionalista de desenvolvimento pode fazer o país crescer novamente.

Buuuu!

E enquanto o Brasil está sendo destruído, os "coxinhas" e "esquerdopatas" estão ocupados com a briga desnecessária sobre o tamanho do Estado. Desculpem a sinceridade, mas discutir se tamanho é documento é uma discussão burra. Estados muito grandes favorecem a conchavos e corporativismos que culminam em oligopólios. Estados pequenos demais não têm força para evitar a formação de monopólios e cartéis. O Estado, no capitalismo, independentemente de tamanho, sempre favorece à corrupção e aos plutocratas. O que temos que fazer agora é parar com essa briga idiota e nos unir para defender a nossa pátria que está sendo saqueada, parasitada e vilipendiada pelas oligarquias internacionais que querem o nosso petróleo, o nosso sangue e a nossa escravidão perante o sistema financeiro. O Brasil precisa gritar alto "independência ou morte" para que sejamos respeitados mundialmente.

A hora da revolução é agora!

terça-feira, 27 de junho de 2017

Jogos da minha vida #4: Halo Combat Evolved


No ano de 2002 havia uma locadora de filmes em DVD e de jogos de videogame bem perto da minha casa. Foi nessa locadora que eu joguei pela primeira vez o PlayStation 2, o Gamecube e o poderoso XBOX. Eu ia quase todos os dias nessa locadora e ficava horas jogando por lá as dezenas de títulos que tinham disponíveis, especialmente para o PlayStation 2. Foi aí que num belo dia eu vi um cara jogando um game de tiro em primeira pessoa bem interessante no único XBOX da locadora. Eu perguntei qual era o nome do jogo e ele respondeu: "Halo". Logo que o cara parou de jogar, eu peguei o lugar dele no XBOX e botei uma hora no mesmo game, iniciando um novo jogo. Foi a partir desse dia então que eu virei fã de Halo. Foi paixão à primeira vista.

Eis aí o meu shooter favorito

Primeiras impressões
Este game me passou diversas boas impressões logo de cara já no meu primeiro gameplay. A primeira coisa que me chamou atenção em Halo foi a sua trilha sonora fantástica. A abertura do jogo começa com um canto gregoriano que vai se misturando com uma trilha mais moderna bastante empolgante. Já as músicas que tocam durante o game são muito fortes, com bastante bass e batidas fortes de percussão que passam uma ideia de grandiosidade e dão um ar de combate épico ao game. A segunda coisa que me chamou atenção neste jogo foi a sua jogabilidade extremamente simples, fluida e precisa. A terceira coisa que saltou aos meus olhos foram os gráficos que eram muito bonitos e detalhados para a época. E a quarta coisa que me chamou atenção neste jogo foi a inteligência artificial dos inimigos, porque eles não eram suicidas como os do glorioso GoldenEye 007 do Nintendo 64. Cada inimigo se comportava de uma maneira diferente, agiam com esperteza, agilidade, estratégia e sabiam atacar e contra-atacar em equipe. O game era totalmente futurista, com armas de plasma, naves extraterrestres e tecnologia bastante desenvolvida. O início da nossa campanha começa na nave espacial Pillar of Autumn, que é invadida por alienígenas inimigos e, logo no início, temos um pequeno tutorial com as ações principais do nosso personagem. Daí pra frente, o jogo nos dá total liberdade para agir.

Master Chief e os marines em ação

O game
Em Halo Combat Evolved, que foi o primeiro jogo da saga Halo, nós jogamos com o lendário Master Chief, que é um super soldado do projeto Spartan-II protegido por uma armadura capaz de autorregeneração. Chief tem a companhia de uma inteligência artificial chamada Cortana que o guia durante todo o game. Nós contamos com um arsenal não muito grande que inclui metralhadoras, rifles de plasma e armas alienígenas bem interessantes como a needler, que tem uma munição capaz de seguir os inimigos. Neste jogo também tínhamos a possibilidade de pilotar vários veículos, incluindo naves alienígenas de pequeno porte, tanques e o carro dos humanos, o lendário e indestrutível Warthog
Apesar da história começar na nave Pillar of Autumn, a maior parte do jogo se passa em um anel espacial gigantesco chamado de "halo" que foi construído há muito tempo por antigos alienígenas chamados de forerunners.
Embora Master Chief esteja sozinho durante a maior parte do tempo, durante vários momentos da aventura nós contamos também com a ajuda dos marines, que eram os humanos que nos ajudavam na guerra contra os nossos inimigos. Os nossos inimigos neste game eram os alienígenas que formavam uma aliança de várias raças unidas pela religião chamados de covenants. Durante a aventura, também aparece uma segunda raça de inimigos chamada de floods, que são uma praga cósmica que transformavam em zumbis todas as formas de vida que eles podiam parasitar. E como os floods eram inimigos de todo mundo, era frequente no game diversas batalhas bastante violentas e intensas entre os floods e os covenants. Isso era particularmente interessante, porque eu, por razões estratégicas, costumava deixar os aliens lutarem até a morte entre si para depois lutar contra o que sobrava deles. Nesse aspecto, Halo se parecia com o Perfect Dark do Nintendo 64, onde havia uma guerra entre duas raças alienígenas.

Os covenants prontos para o ataque

Por que este game foi inesquecível?
Halo, apesar de ser um FPS de ação, foi o primeiro game que me passou um clima de medo, mistério e suspense ao jogar. Na parte que entramos numa instalação localizada no meio de um pântano, há um silêncio mórbido e nenhum inimigo durante grande parte do caminho. Os inimigos que encontramos nesta parte só aparecem após alguns sustos, muita música de suspense e clima de terror. Por isso eu costumo dizer que Halo foi o meu primeiro survivor horror.
Outra coisa impressionante em Halo era o tamanho absurdo das fases. Tinha um mapa que era tão grande, mas tão grande, que eu levava cerca de quatro horas para passar só dele. Falando das armas, as granadas de plasma tinham um destaque à parte, porque elas grudavam nos inimigos, causando reações desesperadas e até engraçadas neles. Aliás, a forma como os inimigos agiam era muito interessante, porque cada raça se comportava de uma maneira diferente em combate.
Eu joguei Halo entre 2002 e 2003 no XBOX. Posteriormente, acho que em 2008, consegui uma cópia do mesmo para PC e voltei a jogá-lo para matar a saudade no conforto da minha própria casa.

Os gráficos de Halo eram impressionantes para a época

Apesar de Halo ter sido um jogo muito bom, ele também tinha uma série de problemas. O primeiro deles é que o jogo não tinha nenhuma legenda, nem mesmo em inglês. Como na locadora eu não conseguia escutar o áudio devido ao ambiente barulhento e mesmo assim o meu inglês 'ouvido' era muito fraco, fiquei boiando sobre o belo enredo do jogo que só fui compreender quando procurei por sua história no YouTube.
Halo também tinha uma baixa variedade de armas, além de cenários muito repetitivos e terrivelmente gigantescos. Esses problemas foram corrigidos no Halo 2, apesar de que o Halo 2 também tinha seus problemas, especialmente com relação à jogabilidade.
Mas enfim, o fato foi que Halo foi um jogo que marcou positivamente a minha vida de gamer, sendo um dos três FPS mais inesquecíveis ao lado do GoldenEye 007 e do Counter Strike.
O game teve continuações até o Halo 5 e vários spin offs. Mas como a Microsoft parou de lançar o game para PC a partir do Halo 3 e eu nunca tive um XBOX, então só joguei até o Halo 2. E antes que fique a dúvida, sim, o Halo 1 foi melhor que o Halo 2 na minha opinião. Aliás, Halo 1 foi provavelmente o melhor jogo de tiro em primeira pessoa que joguei na vida. Isso tanto é verdade que ele está protagonizando essa lista seleta de games da série Jogos da Minha Vida.

Vida longa ao Master Chief!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Bolsonaro será presidente em 2018?


Respondendo curto e grosso ao título do post: não. Bolsonaro não será eleito presidente em 2018. E eu não estou dizendo isso porque não gosto dele. Eu estou sendo taxativo por uma série de razões que vou enumerar a seguir.

1- A candidatura de Bolsonaro é um voo cego de galinha, porque não tem apoio da grande mídia e nem das oligarquias econômicas.

2- Bolsonaro é filiado a um partido quase inexpressivo (PSC) que não sabe fazer coalizões. Se quisesse ter chances de se eleger, precisaria se filiar a um partido maior, como o DEM, por exemplo.

3- O índice de rejeição de Bolsonaro é muito alto. Sem qualquer apoio dos grupos oprimidos, das centrais sindicais e da centro-esquerda, não há chances de ter maioria em uma eleição para o executivo.

4- Bolsonaro só sabe se promover através de polêmicas. Ao invés de debater questões econômicas de relevância para o Brasil, ele prefere os holofotes da mídia que o tratam como uma aberração reacionária chupadora de votos dos coxinhas do século passado.

5- Bolsonaro não tem carisma e nem retórica para mover multidões. A chusma de fundamentalistas que ele arrasta aos aeroportos do país formam uma parcela pequena da classe média que confunde política com futebol.

6- Por fim, Bolsonaro é réu no STF por incitação ao crime de estupro. Só isso já seria suficiente para aniquilar qualquer chance de se eleger para qualquer coisa no poder executivo.

Enfim, 2018, se tiver mesmo eleições, será palco de uma disputa duríssima entre algum candidato progressista contra algum neoliberal apoiado pela plutocracia. E mesmo que Bolsonaro vá para o segundo turno, qualquer um o vencerá sem maiores dificuldades.
O que Bolsonaro está planejando, ao meu ver, é fazer fama para tentar uma candidatura mais séria em 2022.

É por isso que ele é tão idolatrado?

domingo, 25 de junho de 2017

A Globo como ela é


Algumas pessoas acham exagero quando eu comparo o modus operandi da Vênus Platinada com o que era feito na mídia alemã durante o regime nazista. Os nazistas seguiam à risca o que fora proposto pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, que dizia que uma mentira disseminada muitas vezes, acabava se tornando uma verdade para a opinião pública. E a Globo parece ter se inspirado nisso para vender seus factoides. A Vênus Platinada tornou-se uma especialista em fabricar notícias tendenciosas, distorcidas, enviesadas e mentirosas sobre política e economia. Essas notícias foram (e são) divulgadas à exaustão em seus telejornais para que o povo vire massa de manobra daqueles que financiam a Globo. Um exemplo escandaloso disso foi a cobertura totalmente parcial sobre a crise na Venezuela. Mas isso não é tudo. A Globo é muito pior do que isso.

Para que ninguém mais tenha dúvida, vou deixar um vídeo abaixo onde o ator José Wilker provou que o conglomerado de mídia da família Marinho tem muito mais semelhanças com a turma da suástica do que muitos imaginam.

sábado, 24 de junho de 2017

Tocar guitarra é uma verdadeira terapia


Quem toca um instrumento musical, seja por hobby ou profissionalmente, deve ter descoberto em algum momento que tirar notas e acordes de seu equipamento é uma verdadeira terapia contra o estresse. Eu, pelo menos, sinto uma satisfação e um bem-estar enormes quando estou dedilhando o meu violão ou solando a minha guitarra. A minha mente simplesmente voa enquanto os meus dedos estão percorrendo a escala da guitarra naquele solo de lavar a alma. Você sente uma paz de espírito inexplicável quando percebe que a música praticamente se funde ao seu eu, formando uma relação praticamente espiritual entre você e as ondas sonoras que reverberam pelo ambiente. É algo simplesmente mágico sentir a música tocar a sua alma e arrepiar até o último fio de cabelo. Ser capaz de viajar sem sair do lugar ao dedilhar aquele acorde com sétima maior ou ao usar um bend suave para chegar devagarzinho naquela blue note da pentatônica é algo que me faz sorrir e esquecer dos problemas do mundo. Eu, inclusive, costumo brincar com esse fato dizendo que os meus instrumentos são o meu Hakuna Matata (em referência ao Rei Leão), porque me fazem relaxar, esquecer de tudo e me atirar num universo paralelo onde só existem eu e a música. É quase como uma relação sexual sem sexo, mas com a mesma paixão e o êxtase de percorrer aquele infinito onde as almas se fundem.

Se você ainda não toca um instrumento, recomendo que dê uma chance a si mesmo para descobrir o que você está perdendo. Tocar música é um santo remédio que mexe com as nossas endorfinas. Não há nada melhor e mais gratificante que fazer a música nascer de dentro de você.

Namastê!

Hakuna Matata!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O Brasil precisa ter a sua soberania respeitada


Há tempos que venho denunciando a destruição do Estado brasileiro através dos ataques sistêmicos à soberania nacional. É a entrega do nosso petróleo a empresas estrangeiras, o ataque direto ao nosso programa nuclear, a espionagem estrangeira, as manobras militares estrangeiras na Amazônia, a venda do nosso território de forma estratégica aos gringos, a desindustrialização, a destruição do nosso mercado interno, a entrega da base de Alcântara: isso só para ficar em alguns exemplos. O Brasil precisa voltar a ser grande, precisa ser uma potência e precisa resgatar a autoestima do nosso povo. Precisamos urgentemente de um projeto unificador de nação que nos faça grandes e resgate a nossa esperança em um futuro promissor. Mas isso não será possível enquanto não pararmos de brigar uns com outros e nos unirmos para reconstruir o que sobrou do Brasil. Independentemente do que pensamos com relação à economia, temos interesses em comum e devemos focar neles. Do contrário, não haverá mais Brasil para amarmos.

A seguir, deixo dois vídeos que mostram a importância de nos tornarmos uma potência.





quinta-feira, 22 de junho de 2017

Sou de esquerda desde pequenininho


Algumas pessoas me questionam quando foi que eu "escolhi" ser de esquerda. Eu confesso que nunca escolhi isso. Toda a história da minha vida, desde a mais tenra idade, foi marcada pela preocupação com os mais humildes e vulneráveis. Sempre me solidarizei e me preocupei com as pessoas mais necessitadas. Eu nunca consegui aceitar como natural que algumas pessoas tivessem tanto e outras tão pouco. Desde muito criança, eu dividia o meu lanche com os meus coleguinhas de escola que não tinham o que comer durante o recreio e sempre me solidarizei com as pessoas que sofriam bullying ou que eram excluídas dos grupos. Eu sempre deixei outras crianças brincarem com meus brinquedos e também doava roupas e brinquedos para aqueles que tinham menos que eu. Eu sempre fui solidário, generoso e preocupado com as pessoas. Isso sempre fez parte da minha essência como indivíduo.


Quando cheguei à adolescência, percebi que as desigualdades sociais não tinham qualquer relação com a meritocracia, porque pessoas NASCIAM pobres e eram marginalizadas pelo sistema que naturalizava essas desigualdades ao invés de tentar combatê-las. Também foi nesta época percebi a exploração da classe trabalhadora por uma elite financeira absolutamente parasitária e predatória que controlava (e controla) todo o sistema a seu favor. E foi justamente na adolescência que percebi que as pessoas que tinham uma preocupação mais social eram de esquerda. Eu passei a me identificar naturalmente com as pessoas que queriam combater as desigualdades na sua raiz através de um projeto político inclusivo.
Ser de esquerda, portanto, não foi uma escolha, mas, sim, um descobrimento para mim.


Essas pessoas que vem ao meu blog me xingar de "comunista", "petralha", "esquerdopata" e que me acusam de ganhar "dinheiro roubado do PT" não têm a mínima noção de quem eu sou ou de qual foi a história da minha vida. Sempre me causou indignação ver pessoas tendo tudo sem qualquer mérito e vendo outras sem nada mesmo se esforçando ao máximo para ter.
As pessoas que abominam a esquerda normalmente estão preocupadas com mercado, juros, investimentos e em pagar menos impostos. A grande preocupação dessa gente é em diminuir o Estado – não existe uma preocupação focada no social para eles. Não existe uma preocupação em combater as brutais desigualdades geradas pelo capitalismo: desigualdades essas que eles acham que pode ser resolvida por mágica através do livre mercado. Esses esquerdofóbicos – que são de direita por excelência – não estão dando a mínima para os mais necessitados e nem para os cuidados que o Estado precisa dar aos menos afortunados entre nós. Se o Estado não der assistência aos miseráveis, aos esfomeados, aos desabrigados e aos flagelados da seca, quem dará? O mercado? Esse mercado predatório que vive de práticas como holdings, trustes, dumpings, cartéis e monopólios? O mercado só quer uma coisa: lucro e o resto que se dane.


É por essas e outras que acho que ser de esquerda ou de direita é algo biológico mesmo. Pessoas que nascem com mais empatia tendem a focar na justiça social e em um Estado que cuide das pessoas sem desrespeitar as suas liberdades individuais. Enquanto que pessoas que nascem mais fechadas em si mesmas tendem a achar que é cada um por si num mundo competitivo e predatório. Eu, que sempre tive uma visão mais humanitária e inclusiva do ser humano, sou incapaz de tratar com desdém os problemas causados pela desigualdade social criminosa que existe no Brasil e no resto do mundo. O Estado tem a obrigação moral de oferecer saúde, educação e moradia gratuitamente para todos, especialmente em países onde a iniciativa privada controla a nossa política através do lobby e do dinheiro sujo para manter seus oligopólios. Eu jamais colocaria os anseios do mercado acima dos direitos do povo e dos trabalhadores. E além disso, o mais importante de tudo, temos que parar de nos enxergar como rivais e competidores uns dos outros e passar a viver como uma grande família de 7 bilhões de pessoas. Essa loucura de mercado predatório, de competição, de selva social, de o homem ser lobo do próprio homem precisa acabar. Como já dizia Jacque Fresco: essa merda precisa acabar! Temos que viver como irmãos e combater toda essa violência, essa desigualdade, essa inveja, esse egoísmo, essa soberba e esse consumismo irresponsável em nome de uma humanidade verdadeiramente humana. Temos que abraçar sistemas cooperativos e sustentáveis para que possamos viver em um mundo minimamente digno.

E reitero: sou de esquerda, sim: e com todo orgulho do mundo!
E DANE-SE se você não gosta disso.


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Solução ideal para os liberais


Os (neo)liberais e ancaps brasileiros têm o péssimo hábito de achar que salário mínimo é ruim para o trabalhador, que os direitos trabalhistas são prejudiciais para o mercado e que imposto é roubo. Então a solução para essa gente é simples: troque de vida com um proletário. Venda sua empresa, deixe de ser patrão e torne-se empregado. Você vai ver como é muito melhor e como as leis trabalhistas são "desnecessárias" para os trabalhadores.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Um bom lugar para implantar o anarcocapitalismo


Num dia desses, eu estive pesquisando sobre os lugares mais exóticos do planeta e encontrei um lugar chamado de Terra de Marie Byrd. A Terra de Marie Byrd é um enorme pedaço de terra na Antártida que nunca foi reivindicado por nenhuma nação soberana, sendo conhecida, por isso, como "terra de ninguém". Como esse pedaço de Terra não está subordinado a nenhum Estado, ele poderia servir muito bem como área de experimento para introduzir o anarcocapitalismo. Lá, na terra de ninguém, os ancaps poderão viver felizes para sempre sem o Estado malvadão, sem os impostos e sem os "esquerdopatas" para perturbar o livre mercado e o comércio de bebês.

O c* do mundo: um lugar perfeito para o anarcocapitalismo surgir

Só tem um pequeno problema nessa história. As temperaturas médias na Terra de Marie Byrd são de mais ou menos -50°C, sendo que no verão, a temperatura máxima registrada foi de -22°C. Já a temperatura mais fria registrada por lá foi de -89,2°C. Pelo visto, o ancapistão terá que produzir muitos agasalhos e aquecedores para manter a população de lá bem protegida do frio. Isto é: se é que os produtores de agasalhos e de roupas térmicas produzirão mesmo algo dentro das normas de segurança, já que não haverá regulação e nem os que morrerem de frio terão como pedir a troca das peças.

Enfim, os ancaps têm todo o meu apoio para irem fazer o mundo dos sonhos deles lá na Antártida, bem distante das pessoas normais. Assim todo mundo vai ficar feliz.