sexta-feira, 25 de novembro de 2022

E essa Copa do mundo, hein?

 

Confesso que até agora não entrei no clima da Copa do Mundo. Aliás, parece que o nosso país como um todo também não entrou. Eu vi muito mais camisas da CBF e bandeiras do Brasil durante as eleições, do que estou a ver agora. Mas o fato é que eu assisti a quase todos os jogos desta Copa por estar numa quarentena forçada devido à Covid-19. Pelo que vi até aqui, achei o nível técnico desta Copa baixo em comparação com as edições anteriores. As únicas seleções que se saíram melhor até agora foram Inglaterra, França, Espanha e Brasil. Argentina e Alemanha foram as maiores decepções dentro de campo – apesar de que a seleção alemã fez um protesto discreto contra a censura medieval da FIFA em relação aos símbolos LGBTQIA+. O resto das seleções foram bem mais ou menos em suas estreias. Com relação ao país sede, o Catar, as críticas são as mesmas que todo mundo já cansou de fazer: trabalho escravo nos estádios, precarização dos alojamentos dos trabalhadores, país homofóbico e misógino, além de cenas lamentáveis como a hostilização contra a bandeira pernambucana por motivos absolutamente lamentáveis.

Respeitem Pernambuco!

Já faz uns bons anos que perdi a empolgação por futebol, mas como a Copa do Mundo é um evento global que só acontece a cada 4 anos, eu sempre dou uma espiada. Sobre quem torce contra a seleção brasileira por questões políticas, eu entendo e respeito, mas não consigo torcer contra o meu próprio país. É tipo um torcedor fanático querer torcer contra seu time do coração por não gostar da presidência do clube ou da comissão técnica: não tem como. Sempre que a seleção entra em campo, eu torço para ela inconscientemente, mesmo contra a minha vontade racional. Enfim, como não sou bom de palpite, mas sou bom de torcida, não vou arriscar dizer quem serão os finalistas, só vou torcer para ver o Brasil ser hexacampeão e ajudar a ressignificar as cores da bandeira nacional roubada pelos bolsonaristas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A corrida inspira, salva e contagia

 

Muitas pessoas não se sentem motivadas para começar a praticar um esporte por falta de tempo, por preguiça e até por vergonha. Se você é uma dessas pessoas sedentárias que está desmotivada, recomendo-lhe amplamente o meu esporte favorito: a corrida. E sabe por que eu recomendo a corrida? Porque é ela que salva a vida de milhares de pessoas, é ela que nos traz saúde e bem-estar, é ela que nos dá ânimo para tocar a vida adiante, é ela que nos faz superar os nossos limites, é ela que nos faz nos sentir vivos. É como se colocássemos para fora aquela criança adormecida dentro de nós e nos sentíssemos gigantes, jovens e fortes. Eu poderia ficar parágrafos e mais parágrafos listando aqui os benefícios da corrida. Mas basta dizer que ela é como um vírus do bem que contagia as pessoas. A corrida nos traz amigos, encoraja outras pessoas a correrem e nos faz percorrer lugares que jamais conheceríamos com um espírito de liberdade inexplicável. Ninguém corre sozinho. Enfim, basta um par de tênis nos pés e a coragem para dar os primeiros passos.

A seguir, vou deixar trechos inspiradores envolvendo a corrida em filmes clássicos como Rocky 2 e Forrest Gump:







sábado, 12 de novembro de 2022

O mercado nunca irá mudar

 

É realmente revoltante ver que o "mercado" não dá a mínima para 33 milhões de brasileiros passando fome, para 700 mil mortos de Covid, para o gasto exorbitante do orçamento secreto, para o teto de gastos sendo estourado para compra de votos ou para 51 imóveis comprados com dinheiro vivo. Mas aí basta o "risco" dos pobres terem três refeições por dia que o mercado pira e começa a fazer suas chantagens cambiais. Essa indignação seletiva dos bilionários do setor financeiro é porque quando o Estado quebra com aberrações injustificáveis como o tal teto de gastos, os serviços públicos (como saúde, educação e previdência) também quebram junto. Isso abre espaço para que empresas privadas ocupem esse espaço e valorizem suas ações. 

O que a burguesia quer é privatizar tudo que possa dar lucro, mesmo que isso cause fome, desemprego e morte entre os mais pobres. Os bilionários do mercado financeiro e seus economistas neoliberais são o suprassumo do ódio pelo povo. Eles vivem como se fossem reis gozando de todos os luxos possíveis e imagináveis às nossas custas. Além disso, são burros, porque nenhum sistema se sustenta sem os pobres, porque são eles que criam toda a riqueza do mundo. 

Enquanto não houver uma ruptura com esse capitalismo predatório, viveremos sob essas chantagens psicopatas do capital especulativo. Será que é tão difícil entender que somente criando um novo sistema ou um novo modo de produção é que vamos nos ver livres dessa crueldade imposta pelo capitalismo?

 


sexta-feira, 11 de novembro de 2022

O "deus mercado" precisa deixar de ser burro

 

O mercado financeiro – que é a nossa tal burguesia rentista – é o retrato fiel do capitalismo bancário: egoísta, avarento, imediatista e sociopata. Bastou o nosso presidente eleito incluir o povo pobre e trabalhador no orçamento durante o seu discurso que o mercado ficou ofendidíssimo, mostrando sua insatisfação com queda na Bolsa e aumento no dólar. É claro que as necessidades do mercado precisam ter prioridade em um sistema capitalista onde a casta rentista comanda, mas se deixarmos de incluir a base econômica e social nos investimentos públicos, quem irá sair perdendo é o próprio mercado financeiro.

O mercado financeiro, por ser puramente especulativo, depende de "parasitar" o capital produtivo: incluindo aí o povo pobre trabalhador e a classe média, porque são eles que produzem a riqueza e são eles que pagam os impostos que será convertido em dinheiro para alimentar os especuladores. Se um governo investe nessa base social de forma responsável, o país irá, como consequência, arrecadar mais, porque o capital produtivo produzirá ainda mais. Comparando de forma grosseira, é como se um comerciante estivesse gastando um dinheirinho a mais para melhorar o seu negócio e assim conseguir mais clientes e ter mais renda através dele no futuro. Investindo no povo, nós aumentamos o dinheiro que aquece a economia e aumenta ainda mais as taxas de juros e dividendos. Todos podem sair ganhando.

Essa é a lógica por trás de um governo que terminou o mandato com 87% de aprovação em 2010. É possível, sim, incluir o pobre no orçamento sem "quebrar o país" e fazer dívidas. Ainda mais com a nova e recente boom de commodities que começou após o fim da fase aguda da pandemia. O mercado não precisa ficar tão $en$ível. Ninguém precisa sofrer e nem passar fome para garantir a estabilidade fiscal do país.

Lógico que isso está longe de ser o ideal. O ideal mesmo é um sistema onde ninguém parasite ninguém e o povo trabalhador é que tenha prioridade máxima. É por isso que eu sou um incansável defensor do socialismo. 

Pobre mercado... Quase me comoveu.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Bozo está desesperado

 

Já dizia o velho ditado futebolístico que o jogo só acaba quando termina. Isso vale também para política. Isso porque apesar do mundo inteiro ter reconhecido a vitória do Lula e do ritual de transição de governos já ter começado, parece que o futuro ex-presidente Bozonaro não quer jogar a toalha. Recentemente, o Capetão convocou os generais para uma reunião de emergência para discutir o relatório vexatório das FFAA sobre as urnas. Não há como esperar nada de muito sensato vindo dessa convenção, uma vez que o inominável está com medo de ser preso após perder o foro privilegiado e os generais, por sua vez, não querem perder a mamata. Não acredito em golpe a esta altura do campeonato, contudo, precisamos ficar de olhos bem abertos para garantir que não haverá nenhuma tentativa de balbúrdia até a posse do Lula. Até porque dizem que se o fascista é um burguês assustado, um fascista assustado pode ser qualquer coisa ainda pior.

O fato é que eu estou curioso para saber como a história da familícia Bozonaro vai terminar. Espero que seja num lugar à altura de todos os crimes que eles cometeram e que isso ajude no processo de normalização democrática do Brasil. E as Forças Armadas também precisam parar de agir como poder moderador, porque a função deles não é e nunca foi política. Lugar de milico é no quartel e não nos cargos civis. Já chega desses generais ameaçando a nossa democracia. Essa anarquia institucional precisa acabar.

Que o Tribunal Penal de Haia nos livre de vocês!

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Benjamin Arrola é a cara das nossas Forças Armadas


Já deve ser de conhecimento geral da nação a fake news publicada inocentemente pelo ex-campeão de UFC Vitor Belfort que dizia que um tal general Benjamin Arrola (sic) exigia explicações ao TSE sobre o que houve nas urnas no dia da eleição. Do contrário, o suposto general daria ordens para o exército tomar o poder. Claro que isso foi uma pegadinha para fazer o gado de trouxa, mas o fato mostra que os patriotários, além de burros, são totalmente desconectados da realidade. Porém, o que realmente me chama atenção é que apesar de ser uma notícia falsa, a intenção do pseudo general é rigorosamente a mesma de 99% do alto comando das nossas FFAA: ou seja, de tomar de assalto a nossa democracia. Em um tweet recente, o próprio general Mourão deixou transparecer as intenções golpistas do Exército que foram frustradas apenas por não haver apoio internacional. Quer dizer que se não houvesse oposição do Tio Sam e da burguesia do G7 então teríamos virado uma espécie de "Venezuela de direita"? SIM! A nossa sorte é que após a Guerra Fria, os golpes são mais velados e ocorrem através de guerras híbridas com estratégias como lawfare e revoluções coloridas. Os nossos milicos até podem tomar o poder novamente um dia, mas não será na forma de uma quartelada clássica.


O fato é que as nossas Forças Armadas são uma vergonha. Nossos generais são assumidamente fascistas, golpistas e corruptos. Não bastasse a farra com leite condensado, picanha, Viagra e próteses penianas, os caras ainda se acham no direito de cagar regra sobre política e ameaçar a nossa democracia. Se os milicos tivessem vergonha na cara e um mínimo de consciência, eles repetiriam as palavras sábias do falecido Tancredo Neves que afirmou ter ódio e nojo da ditadura. FFAA tinham que servir ao povo e não a si mesmas. Tinham que proteger a nossa soberania e não os próprios privilégios. Enfim, lamento profundamente pelo tipo de generalato formado pelas nossas academias militares. O Brasil merecia coisa MUITO melhor.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Força aos companheiros do Sul!

 

Desde a vitória lulista nas urnas no segundo turno que o nordeste do Brasil é implacavelmente atacado com insultos racistas e xenófobos pelos reaças de outras regiões do país. Mas isso já é praticamente uma tradição sempre que o PT vence. Nada de novo sob o sol. Mas o que realmente tem me preocupado são as pessoas que votaram no PT residentes em estados dominados pelo bolsonarismo, em especial na região sul. O sul do Brasil, infelizmente, está parecendo uma tourada, porque basta você balançar uma bandeira vermelha na rua que vem um bovino enfurecido te atacar. E isso é muito triste e estarrecedor, porque a vida de muitas pessoas está correndo risco devido a esse fascismo brutal despertado pelo bolsonarismo. Petistas no sul do Brasil precisam se esconder e evitar falar de política para não perderem amizades, para não brigarem com a família, para não perderem emprego e até para não serem agredidos na rua. As pessoas de esquerda que moram nos estados do sul são uma minoria perigosamente reprimida que precisa de todo nosso apoio. Essa história preconceituosa de dizer que todo sulista é fascista é tão estúpida quanto dizer que todo nordestino é analfabeto e preguiçoso. É preciso parar de generalizar e enxergar que existem tons de cinza nessa polarização.

Enfim, camaradas do sul, toda força, apoio e agradecimento a vocês por essa coragem e resiliência na defesa da nossa democracia. Vocês são verdadeiros heróis. Tenho um enorme respeito, carinho e admiração por vocês. Afinal, além de ter dado a Lula mais de 6,7 milhões de votos, a região sul ainda segue como resistência ao avanço implacável da extrema-direita.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Patriotários, aceitem que dói menos!

 

Esses dias que sucederam a derrota bolsonarista nas urnas foram os mais insanos já vistos desde a redemocratização do Brasil. Foi saudação nazista coletiva em frente a um quartel do exército, foram dezenas de bloqueios nas estradas pedindo ditadura militar e um estado de perda de noção da realidade típico de seitas. O resultado dessa balbúrdia delirante foram perdas de órgãos para doação, atraso na entrega de insumos para produção de vacinas, perdas de alimentos e cenas lamentáveis de violência e intolerância. Tudo isso para quê??? Para NADA! 

Tentar parar o Brasil por não aceitar o resultado das eleições é uma estupidez criminosa, primeiro porque atenta contra a democracia e, segundo, porque não adianta bulhufas. Essas ações nas estradas foram claramente coordenadas e financiadas, porque não é possível manter por tanto tempo uma baderna dessas proporções que, curiosamente, eles (a direita) dizem ser apenas "coisa da esquerda". O cúmulo da loucura foi aquela cena bizarra e lamentável ao mesmo tempo do bolsominion abraçado ao para-brisa de um caminhão em movimento. É muita demência misturada com fanatismo. Aliás, ainda bem que os bloqueios já estão se dispersando desde que o STF resolveu agir com mais rigor contra esses badernistas de quinta categoria. Mas é bom aguardar com cautela, porque a próxima fase do luto que vem após a negação é a raiva. E é na raiva que esses fundamentalistas ficam mais perigosos, especialmente os CACs, que podem se inspirar em bolsonaristas destrambelhados como o sniper Bob Jeff e a pistoleira Zambelli. 

Enfim, chega de loucura, porr@. Aceita que dói menos e bola para frente. Daqui a quatro anos vocês tentam novamente.