quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como os videogames aproximam as pessoas

Jogar videogame em dupla é muito mais divertido

Uma das coisas mais bacanas com relação aos videogames é a interação que eles promovem entre as pessoas. Jogar videogame não é simplesmente pegar um joystick, se sentar na frente da tv e sair detonando os desafios. O ato de jogar videogame pode fazer parte de um ritual muito maior onde as pessoas interagem entre si e unem as suas forças para vencer os obstáculos impostos pelo game.

Há muito tempo atrás, quando eu descobri uma locadora de videogames perto de casa, minha vida social passou a ficar mais ativa. Numa época onde não existia internet ou redes sociais, ir a uma locadora para jogar videogames acabava sendo uma oportunidade bacana de fazer amigos. Naquela época, a locadora que eu frequentava tinha uma promoção que deixava a hora jogada mais barata quando duas pessoas jogavam juntas o mesmo videogame (multiplayer). Isso era um incentivo que as locadoras davam para atrair mais clientes e que, no meu caso, me ajudou a fazer vários amigos naquele ambiente.

Os games são um bom motivo para juntar a galera

Esse esquema de pagar para jogar continuou até a minha adolescência, quando eu passei a frequentar os fliperamas (também conhecidos como playtimes). Lembro que quando eu tinha uns 13 anos, tinha um playtime numa galeria perto da minha casa que eu frequentava toda sexta-feira. Eu levava apenas R$ 5 e, como esse dinheiro, eu enchia a mão de fichinhas de fliperama e ainda sobrava grana para eu comprar um pastel de vento com refrigerante. Era uma época maravilhosa, porque ali eu curtia clássicos dos games como Metal Slug, Street Fighter, King of Fighters, Samurai Shodown, simuladores de corrida e ainda sobrava grana para traçar um pasteleco. E nessas minhas idas a esse fliperama, conheci uma rapaziada que jogava junto comigo, que emprestava fichas, apostava fichas e ainda dava dicas para ajudar a derrotar os chefões. Claro que também tinham aqueles garotos puxa-saco que ficavam pedindo fichas, mas eles também eram gente boa e interagiam junto com ambiente.

Campeonatos são uma forma divertida de interação

Claro que eu não poderia deixar de mencionar os videogames domésticos nessa história. Uma das coisas mais bacanas envolvendo os videogames caseiros era quando eu ia jogar videogame na casa de amigos, colegas ou familiares. Juntava aquela galerinha na frente da TV e cada um esperava a sua vez de jogar enquanto trocava uma ideia, fazia piadas, dava dicas e comia uns tira-gostos. E depois do videogame, às vezes a gente ainda jogava futebol, tomava banho de piscina ou tomava sorvete.

É por tudo isso que eu considero que os videogames são um meio de interação social dos mais divertidos que existem.
A seguir vou listar algumas razões pelas quais os videogames contribuem para aproximar as pessoas:

- Fazemos amizades
- Trocamos informações sobre os games
-'Rachamos' os gastos com o fliperama
- Nos divertimos fazendo outras coisas enquanto esperamos a nossa vez de jogar
- Conversamos bobagens durante os jogos
- Rimos juntos ao tirar onda com o colega que perdeu
- Fazemos campeonatos
- Comemos Elma Chips com Toddynho durante os jogos
- Jogamos futebol de verdade no intervalo entre as partidas
- Trocamos cartuchos e DVDs com os nossos amigos

Jogar videogame é um gesto social

A conclusão que eu chego é que a diversão não está apenas no videogame em si, mas em todo o contexto criado em torno ato de jogar videogame.
Jogar videogame é quase um ritual para algumas pessoas, pois chamamos amigos, temos lanche comunitário, brincamos e vibramos juntos e nos sentimos plenamente felizes.

É por isso que eu digo que videogame é bom demais da conta, uai!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Real Doll: a boneca para marmanjos

Real Doll: o novo sonho de consumo dos marmanjos

Lá por volta do ano de 1996, eu assisti a uma reportagem no Fantástico, conduzida pelo repórter Maurício Kubrusly, que falava sobre um novo tipo de boneca sexual: a Real Doll. Até então, só se conheciam as famigeradas bonecas infláveis para simular o sexo, mas com o avanço da tecnologia, surgiram essas bonecas hiper realistas que se parecem com manequins articulados.

Repare o nível do realismo

Essas bonecas sexuais conhecidas por Real Doll são incrivelmente realistas. Um olhar descuidado pode nos fazer confundir uma Real Doll com uma mulher de carne e osso! Para se ter uma ideia, a pele dessas bonecas é feita de cyberskin, que é um material muito parecido com a textura da pele humana. Já o cabelo é trabalhado fio por fio e exige até o uso de alguns xampus para mantê-lo sedoso. Sem falar no nível de detalhes impressionante de algumas partes do corpo, como boca, dentes, olhos, orelhas, dedos, unhas, vagina, pelos e mamilos. E para deixar o negócio ainda mais realista, o fabricante recomenda que a boneca seja colocada numa banheira com água morna por uns vinte minutos para deixar a temperatura da pele igual a temperatura do corpo humano.

Uma mulher em carne e osso, ou melhor: em cyberskin e plástico

A compra dessas bonecas é feita exclusivamente pela internet, mas acredito que se o mercado evoluir de forma positiva, as sex shops provavelmente passarão a comercializá-las também. A vantagem de comprar pela internet é que você customiza a sua boneca pelo site: escolhe a cor dos olhos, cor da pele, cor do cabelo, estilo de cabelo, espessura dos lábios, entre outras coisas.

Boneca inflável é coisa para principiantes

Mas cá entre nós: a ideia de ter uma bonecas dessas é bastante interessante, afinal, elas não menstruam, não fazem greve de sexo, não falam bobagens, não enfeiam, não sente ciúmes, não pedem pensão, não discutem a relação, não exigem carinho e atenção, etc. Eu poderia fazer uma lista enorme de vantagens em se ter uma Real Doll, até porque ela parece ser mesmo a solução para a vida sexual de muitos homens. E a grande vantagem dessa Real Doll está justamente no sexo, afinal, com elas os homens fazem o que quiserem, quando quiserem e quantas vezes puderem!

As Real Dolls são fisicamente perfeitas

Mas é claro que nem tudo nessa vida é perfeito. Essa Real Doll é, antes de tudo, uma boneca. Por esse pequeno detalhe, ela não tem aquele cheiro gostoso que as mulheres têm, não tem a boca molhada, não tem lubrificação íntima, não interage com nada, não dá gemidinhos e nem mesmo ajuda nos serviços domésticos. E, sinceramente, é quase um ato de necrofilia transar com uma boneca dessas, porque ela fica lá paradona, como se estivesse morta!
Outra coisa sem noção é o preço. Uma boneca dessa custa mais de 17.000 doletas, fora o frete! E o pior é que o cara vai ter que esconder essa boneca dos amigos e dos familiares, porque se descobrirem que o cara tem uma boneca sexual, vão transformá-lo em alvo de piada por toda a eternidade.

Quem disse que brincar de boneca não é coisa de macho?

Recentemente, vi no Youtube uma boneca sexual robótica, uma tal de Roxxxy. A ideia de fazer uma robô-prostituta é bem interessante e até lembra um pouco daqueles robôs-amantes do filme A.I: Inteligência Artificial, só que a tal Roxxxy é baranga demais! Talvez, num futuro não muito distante, as bonecas sexuais se tornem tão sofisticadas que o sexo com mulheres de carne e osso se torne démodé.

Este aqui já casou com 9 Real Dolls!

Vou deixar  a seguir dois vídeos que falam sobre as bonecas: um mostra a sua fabricação e o outro faz parte de um documentário. E caso algum leitor tenha gostado das bonecas sexuais, o link para o site da Real Doll está lá no final da página. Já para os pobres coitados que não têm U$ 17.000, vou deixar um link que ensina como fazer uma boneca sexual caseira.





Veja também aqui no blog:
Os amantes do futuro

Ligações externas:
Site oficial da Real Doll
Roxxy: a robô do sexo
Leeloo, A Boneca Sexy - Boneca De Silicone
Love Dolls - Bonecas no lugar de mulheres
Como fazer uma boneca sexual caseira
Homem demonstra enorme carinho por boneca inflável

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Brinquedos antigos


Como toda boa criança que viveu nos anos 80 e 90, eu era apaixonado por brinquedos. Brinquedos de todos os tipos: desde os mais simples, como os bonecos de pano; até os mais complexos, como os videogames. E o que potencializou esse meu fascínio por brinquedos foi o fato da minha família pertencer à classe média alta naquela época. E ser criança de classe média alta nos anos 80 significava uma coisa muito bacana: ter muitos brinquedos legais!
Acredito que o primeiro brinquedo que eu ganhei tenha sido um calhambeque Bate-Bumbo, quando eu devia ter uns 2 anos de vida. Já o último brinquedo que ganhei de presente, acredito que tenha sido algum cartucho de videogame lá por volta dos meus 12 anos. E nesses dez anos em que ganhei brinquedos, lembro que era uma alegria imensa para mim rasgar aqueles pacotes de presente para ver qual era o novo brinquedo que seria guardado com carinho na minha estante. Chato foi quando a minha família começou a empobrecer, aí os presentes foram ficando mais escassos. Foi então que eu descobri o quanto é desesperador você querer muito um brinquedo e não poder tê-lo. Foi por causa dessa crise financeira que, mais ou menos a partir dos meus 9 anos, eu comecei a criar os meus próprios brinquedos. Foi aí que criei os bonecos feitos de papel, o futebol de hendgeorge (feito com bonecos de papel ou de massa de modelar) e diversos jogos de sorteio baseados nos caça-níqueis dos games do Sonic. Talvez, em outro post, eu fale mais a respeito desses brinquedos que eu mesmo inventei e que me trouxeram muitas horas de diversão.
O bacana da minha infância não foram apenas os brinquedos, mas todo o ambiente e o contexto em que eles estavam inseridos. Era absurdamente divertido juntar os amigos, primos e sobrinhos para brincar de pega-peixe, papa-papão, banco imobiliário, entre outros. E melhor ainda era quando a gente parava de brincar para ir tomar sorvete ou comer algodão doce e depois ir tomar banho de piscina!

Para não deixar esse post chato e prolixo, vou encerrar a conversa por aqui e listar abaixo os meus brinquedos prediletos em imagens que encontrei na internet. Aposto um sorvete de chocolate como vou mexer com a infância de muita gente!

Pega-Peixe
Castelo do He-man
Bola de gude
Futebol de botão
Pequeno arquiteto
Turbo video driver
Tazo
Salão super massa
Revólver de espoleta
Pinos mágicos
Papa-papão
Macaco Murphy
Ioio
Comandos em Ação
Dancing Flor
Lango Lango
Playmobil
Lego
Forte Apache
Carrinhos de fricção




Mais brinquedos antigos em:

Os gays são mais felizes?

Hyoga e Shun num momento de encantamento mútuo

Homens e mulheres são sexualmente diferentes: isso é fato. Homens são mais visuais, quantitativos e agressivos sexualmente falando. As mulheres são mais auditivas, qualitativas e gostam mais de um sexo não invasivo. E o problema se agrava quando a sociedade estimula a sexualidade masculina desde cedo e reprime a feminina. Então, quando homens e mulheres se unem com todas essas diferenças biológicas e sociais, o resultado não poderia ser diferente: homens e mulheres não se entendem na cama - e nem fora dela.

Conheci uma amiga num desses sites de perguntas e respostas que me disse certa vez que unir um homem com uma mulher é mais ou menos como juntar um coelho com uma tartaruga. E poucas metáforas refletem tão bem esse impasse entre homens e mulheres quanto essa comparação do coelho com a tartaruga. Homens se excitam instantaneamente e chegam rapidamente ao clímax, enquanto que as mulheres precisam passar por vários estágios de excitação até começar a sentir prazer. E para piorar, a nossa cultura machista valoriza muito mais a penetração rápida e o prazer masculino, causando uma enorme frustração entre as mulheres com esse sexo vapt-vupt e mal feito. Resultado: os heterossexuais não se entendem.

Por que será que os gays estão sempre sorrindo à toa?

É por essas e outras razões que os consultórios de terapia sexual estão abarrotados de casos de mulheres que nunca tiveram um orgasmo, de mulheres que não sentem prazer na penetração e de mulheres reclamando que seus parceiros só pensam naquilo.

Quando nos voltamos para os casais homossexuais, notamos que essas estatísticas se invertem, pois os pares tendem a se dar muito bem. Por quê? Exatamente porque as pessoas de mesmo sexo veem o sexo sob o mesmo prisma e têm, quase sempre, as mesmas necessidades e fantasias. Ninguém melhor que outra mulher para saber o que uma mulher gosta e precisa sentir durante o sexo. E nada melhor que outro homem para compreender a constante necessidade sexual que um homem tem.

Homer descobrindo uma nova sensação

A conclusão a que eu chego é que os casais homossexuais são, de fato, mais felizes. E não apenas no que se diz respeito à esfera sexual, mas na vida como um todo. Quem os homens, mesmo heterossexuais, gostam de ter como companhia para conversar bobagens num bar, jogar uma pelada, jogar videogame ou ir ao estádio de futebol? Resposta: outros homens! E quem as mulheres mais gostam de ter como companhia para conversar no cabeleireiro, fazer compras no shopping ou fofocar sobre os artistas? Resposta: outras mulheres!

A única esperança que há para os casais heterossexuais é o diálogo e a doação mútua. Cada um precisa aprender a ceder um pouco a aprender a ouvir as necessidades do parceiro para que se possa ter um mínimo de harmonia.

Gays unidos jamais serão vencidos!

Para não parecer que eu estou inventando toda essa história, vou pegar alguns depoimentos que catei na internet que explicam as vantagens em ser gay:

Vantagens de se gostar de outro homem (para os homens):

- gostam mais de sexo porque têm mais testosterona
- conhecem melhor o corpo do parceiro por ser igual ao seu
- transam no primeiro encontro
- não gostam de transar no escuro
- fazem várias modalidades sexuais sem encanações
- têm fantasias sexuais em comum
- não têm tantas frescuras
- não têm nojinho
- não têm o dilema "engole ou cospe"
- jamais ficam de tpm e nem ficam uma semana sem sexo por causa da menstruação
- jamais ficarão 9 meses sem sexo e mais 1 ano de resguardo sem pensar em sexo
- não inventam dor de cabeça para não transar
- não ficam enchendo o saco para você dizer "eu te amo"
- nunca te obrigam a carregar sacolas pesadas no shopping
- nunca ficam com você só por causa do seu dinheiro

Naruto e Sasuke descobrindo juntos o lado rosa da força

Vantagens de ser lésbica:
1)
-Homens só verbalizam que amam as suas parceiras no início do relacionamento.
-Mulheres homossexuais SEMPRE dizem “eu te amo” para outra.
2)
-Homens querem fazer sexo quando suas parceiras não têm vontade de fazê-lo.
-Lésbicas sempre respeitam o ritmo de suas parceiras por entenderem na pele as particularidades do organismo feminino.
3)
-Homens querem levar suas parceiras para lugares onde só homens gostam de ir (estádio de futebol, lutas de boxe, feiras de lançamentos de automóveis, etc.)
-Lésbicas podem ir juntas ao cabeleireiro, passar horas sem fim comprando roupas juntas no shopping e ir ao show do artista predileto juntas...
4)
-Homens não curtem fofocas e nem novelas.
-Duas mulheres podem passar horas falando sobre as fofocas dos artistas.
5)
-Homens viram pro lado e perdem o tesão pela parceira depois que gozam.
-Lésbicas NUNCA precisam dar intervalos entre um orgasmo e outro.
6)
-Homens sentem-se coagidos ao terem atitudes românticas.
-Mulheres podem ser naturalmente românticas umas com as outras.
7)
-Homens e mulheres vivem brigando por pequenas diferenças.
-Lésbicas se entendem muito melhor por enxergarem a realidade sob a mesma ótica.
8)
-Homens TRAEM mesmo quando ainda amam as suas parceiras.
-Mulheres só traem outras mulheres quando o amor acaba.
9)
-Homens e mulheres não podem ir juntos a certos lugares
-Lésbicas podem ir juntas ao banheiro.
10)
-70% das mulheres heterossexuais não têm orgasmo só com a penetração.
-Lésbicas sabem de cor todos os pontos erógenos do corpo de uma mulher. 

Máscara da Morte e Afrodite: só love

Mais vantagens em ser gay (segundo um usuário do Yahoo Respostas):
1- homossexuais não separam as obrigações, cada um sabe que tem que fazer sua parte.
2- geralmente não temos que aguentar parentes e nem aquela hipocrisia toda, de gente indo na casa do outro só pra ficar reparando e falando mal pelas costas.
3- temos compatibilidade sexual total, assim sendo não precisamos fingir nada.
4- não somos obrigados a ter filhos, assim sendo sobra mais tempo e dinheiro, e ainda podemos andar pelados pela casa.
5- no caso das lésbicas, sabemos como é uma tpm e não implicamos quando não podemos transar por causa disso
6- podemos usar uma a roupa da outra.
7 -adoramos fazer compras juntas e ficar horas olhando as coisas.
8- não temos que aguentar futebol, cerveja e nem os meninos tem que aguentar novelas.

Então, quem é mais feliz? Os homossexuais ou os heterossexuais?

A discussão continua em:
Diferenças entre casais homos e héteros
Homos ou héteros: Quem é mais feliz no sexo?

sábado, 26 de novembro de 2011

União homoafetiva


magine que nós vivêssemos numa sociedade onde a maioria das pessoas fossem homossexuais e não tolerassem a união de um homem com uma mulher. Se você fosse heterossexual numa sociedade heterofóbica como essa, você se sentiria feliz por não ter o direito de amar uma pessoa do sexo oposto?

O cenário imaginado acima é uma forma de pararmos para pensar se é mesmo justo condenar o amor entre as pessoas. Essa postagem tem o objetivo de combater qualquer ideia que condene o direito de amar que todos nós temos, independentemente de orientação sexual.

Para dar mais dinâmica a esse post, vou dividir essa discussão em quatro categorias:

1.Amor
2.Sexualidade
3.Antropologia
4.Legalização do casamento homossexual

Vamos abordar cada um desses tópicos por partes para concluir se vale a pena ou não liberar o casamento homossexual no Brasil.

O amor tem sexo?

1. Amor
1.1 Conceito
Existem muitas definições para tentar explicar o que é o amor e identificar as suas principais manifestações. Mas se fomos examinar na essência, o amor nada mais é que um sentimento de bem querer por algo ou por alguém. O amor surge da empatia e da necessidade de expressarmos as nossas emoções para com aqueles que estimamos e respeitamos. Partindo desse conceito, conclui-se que o amor é um sentimento universal e que podemos senti-lo por qualquer pessoa.
1.2 Gênero
Amor não tem sexo. O amor é igual para homens e para mulheres, porque todos têm o mesmo potencial afetivo e a mesma capacidade de amar uns aos outros.
1.3 Moralidade
Muitas pessoas condenam o amor entre pessoas do mesmo sexo, o que é uma hipocrisia absurda! Você que é homem, heterossexual, vai me dizer que não ama seu pai, seus irmãos, seus filhos ou seus amigos que também são homens? E você que é mulher vai me dizer que não ama a sua mãe, suas filhas, suas irmãs ou as suas amigas mulheres? Todos nós amamos pessoas de ambos os sexos, porque o amor é um sentimento universal. A falta de compreensão quanto a isso pode levar a atitudes extremas, como foi no caso do pai e do filho que estavam abraçados na rua e foram confundidos com homossexuais, sendo espancados por um grupo de homofóbicos.

Uma sexualidade saudável é livre de tabus e preconceitos

2. Sexualidade
2.1 Conceito
Sexualidade é o impulso natural de todo ser humano na busca por parceiros com o intuito de obter prazer e satisfação dos desejos sexuais. Note que esse conceito não engloba a reprodução, porque a reprodução não é um item obrigatório para que as pessoas vivam a sua sexualidade.
2.2 Preconceito religioso
A maioria dos livros sagrados que condena a homossexualidade se baseia em princípios morais arcaicos de civilizações antigas ou em leis como a do Código de Hamurabi. A questão é que o conceito de moral é algo que sempre variou no tempo e no espaço. Basta pegar a Bíblia e ver que ela apoia por completo a escravidão, coisa que hoje é inaceitável. Em Levíticos 25:44-45, por exemplo, a Bíblia defende o livre direito dos cristãos obterem escravos; já em Efésios 6:5 há uma ordem direta para que os escravos obedeçam aos seus senhores. Seria sensato usar conceitos morais daquela época para dizer o que é certo ou errado hoje em dia?
2.3 Moralidade
Valores morais são subjetivos e individuais. O que legisla as regras de uma sociedade são os valores éticos, que servem justamente para regular as diversas morais conflitantes. Querer impor uma moral pessoal sobre todos os cidadãos é uma forma de preconceito, egocentrismo e discriminação. Se eu achar imoral as pessoas usarem boné, por exemplo, isso não me dá o direito de discriminá-las e de manipular as suas preferências por isso.
2.4 Naturismo
Muita gente alega que o sexo entre homossexuais é antinatural. E o mais engraçado é que o hossexualismo é comum em várias espécies de animais, porém, a homofobia só existe na espécie humana. Então, sob essa ótica, os homofóbicos é que seriam a verdadeira aberração da natureza. E se o sexo entre homossexuais for considerado 'antinatural' por não gerar descendentes, então todas as formas de sexo não-procriativo deveriam ser consideradas 'antinaturais' também - mesmo se forem realizadas por heterossexuais. E sexo por prazer, por sacanagem e sem visar a reprodução é praticado igualmente entre héteros e homossexuais. Afinal, para que inventaram mesmo os métodos anticoncepcionais?
2.5 AIDS
Há um boato correndo por aí dizendo que o HIV é uma doença que atinge majoritariamente os homossexuais. Mas não é isso que as estatísticas dizem. Segundo o Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 65% das pessoas infectadas pelo vírus HIV em 2009 eram heterossexuais.

A homossexualidade foi muito comum ao longo da história

3. Antropologia
3.1 Terminologia
Na prática, não existe isso de "homossexualidade" ou "heterossexualidade", existe apenas a palavra 'sexualidade'. Procurar diferenças ou rótulos nas formas de se amar e se desejar as pessoas é apenas um jeito muito imbecil de evidenciar a própria ignorância. O amor é um sentimento igual para todos.
3.2 História
Na Grécia e na Roma da Antiguidade, era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem. O filósofo grego Sócrates, adepto do amor homossexual, pregava que o coito anal era a melhor forma de inspiração. O amor entre iguais era tão comum que não existia nem mesmo o conceito de homossexualidade. Entre os romanos a pederastia era encarada como um sentimento puro.
E não foi apenas na Grécia Antiga, pois as tribos das ilhas da Nova Guiné, Fiji e Salomão, no oceano Pacífico, há cerca de 10 mil anos atrás já exercitavam algumas formas de homossexualidade ritual. Os melanésios acreditavam que o conhecimento sagrado só poderia ser transmitido por meio do coito entre duplas do mesmo sexo. No rito, um homem travestido representava um espírito dotado de grande alegria – e seus trejeitos não eram muito diferentes dos de um show de drag queens atual.
Outra coisa muito comum ao longo da história foi que durante as guerras, muitas mulheres tinham relações homossexuais na falta de homens. E em presídios, internatos e até em longas viagens marítimas o homossexualismo sempre foi muito comum.
3.3 Práticas sexuais
Ser gay masculino não implica em gostar necessariamente de sexo anal, assim como ser hétero não implica necessariamente em gostar de sexo vaginal. Há muitos casais homossexuais que não praticam sodomia ou por não gostarem, ou por terem problemas de saúde (fissuras, hemorróidas) que impeçam a prática. Normalmente, esses casais buscam outras formas de obterem prazer juntos. Ser gay, por conceito, é gostar de pessoas do mesmo sexo e não obrigatoriamente ser adepto da prática sexual x ou da prática sexual y. Quem gosta de sodomia é sodomita, seja homossexual ou heterossexual. Ser gay é apenas sentir atração, desejo, libido por pessoas do mesmo sexo.

Direitos iguais para pessoas diferentes

4. Legalização do casamento homossexual
Agora vou explicar porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser liberado.
4.1 Direitos humanos
No Artigo nº 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos adotados pela ONU está escrito:
"Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade."
No Artigo nº 2 dessa mesma declaração está escrito:
"Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição."
Esses dois artigos são suficientes para dar direitos iguais tanto a heterossexuais quanto a homossexuais, porém, isso pode não ser suficiente para convencer algumas pessoas.
4.2 União homoafetiva no mundo
O mapa abaixo mostra os países onde o casamento gay é permitido. Note que na maioria dos países do primeiro mundo a união homoafetiva é legal.
Países onde a união homoafetiva é legalizada (clique para ampliar)

4.3 Adoção
Existem milhões de crianças no Brasil sem família, vagando pelas ruas ou vivendo em orfanatos. Essas crianças que são geradas a partir de relações heterossexuais não pediram para nascer e não pediram para serem abandonadas. Casais homossexuais, por não poderem ter filhos naturalmente, podem recorrer à adoção como forma de dar a algumas dessas crianças a chance de terem um lar, de terem educação, de terem saúde, de terem comida, de crescerem longe da violência...
E para quem acha que os casais de homossexuais não vão criar bem uma criança pelo fato de serem homossexuais, aconselho que reveja os seus conceitos. A criação de uma criança é baseada no amor, na educação e em valores morais e éticos. E orientação sexual não tem nada a ver com esses valores. A família não é formada apenas pelos pais, mas por vários parentes e amigos também, sejam eles heterossexuais ou não.
4.3.1 Família nuclear
A "Família nuclear" (papai, mamãe e filhinho) é um conceito ultraconservador e antiquado sobre como deveria ser uma família há 100 anos atrás. Quantas famílias hoje são formadas por pais que moram separados, por viúvas, por filhos que são criados por babás, avós, amigos, etc? Há casos onde duas mulheres divorciadas dividem a mesma casa e ambas criam os filhos de forma que isso não é ruim para a formação das crianças. Ou seja: duas mulheres criando seus filhos juntas sem a presença da figura paterna e não há nada de errado nisso. E a função social do homem e da mulher hoje está bastante flexível - e em alguns casos está até se invertendo, com homens cuidando da casa e a mulher trabalhando fora para sustentar a família.
4.4 Aceitação social
Antigamente, se pensava que meninos e meninas não poderiam estudar juntos para não haver problemas, promiscuidade ou um surto de masturbação entre os rapazes. E esse pensamento, claro, foi uma grande bobagem, tanto é que meninas e meninos estudam juntos hoje sem problemas. Isso é um exemplo de que esse receio pela mudança é algo natural - o que não é natural é obstaculizar as mudanças sociais por uma série de ideias sem sentido e ultrapassadas. Os países onde o casamento gay é aceito são a prova de que esse tipo de união dá certo.

Conclusão
Não existe nenhum motivo racional plausível para manter proibida a união homoafetiva ou para não criminalizar a homofobia.

Fontes:
Vale tudo: Homossexualidade na antiguidade
Países que legalizaram o casamento gay
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Estatísticas sobre o aumento do HIV entre gays

Ligações externas:
STJ autoriza casamento gay para casal de gaúchas
Heterossexuais representam 68% das internações por HIV
Violência contra homossexuais por Drauzio Varella
Pai e filho são espancados confundidos com homossexuais

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Videogames que me marcaram


A minha epopéia no mundo dos games começou lá no final dos anos 80 com o Atari 2600. O primeiro jogo que eu consigo me recordar de ter jogado nesse videogame foi o River Raid. Apesar dessa coisa chamada videogame ser uma novidade bacana naquela época, eu preferia fazer coisas mais dinâmicas, como andar de bicicleta, assistir televisão ou brincar com os meus Comandos em Ação.

O clássico do Atari River Raid

Por volta do ano de 1990, eu comecei a jogar o revolucionário Phantom System. Esse videogame, sim, marcou a minha vida por me despertar paixão pelo ato de jogar videogame. Foram horas e horas da minha vida gastas com jogos como Mario Bros, Pac Man (que eu só chamava de Come-Come), Stealth, Ghostbusters e outras maravilhas do gênero.

O lendário Phantom System

No início de 1991, quando eu devia ter uns 7 anos de idade, descobri um dos lugares mais sagrados para os gamers da época: uma locadora de videogames. Nessas locadoras tinha aquele esquema de pagar para jogar por determinado tempo, o que permitia que a gente se divertisse pra valer sem precisar gastar uma fortuna para ter o videogame em casa. Lembro que gastei muitas mesadas em videogames como Mega Drive, Top Game e Master System.

Somente uma locadora para juntar tantos jogos num só lugar!

Porém, foi apenas em 1992 que eu ganhei o meu primeiro videogame: o Turbo Game. Eu achei o videogame tão feio e horroroso, que nem pensei duas vezes e pedi para trocarem por algo que realmente mexesse com os meus instintos de gamer. Foi aí que, finalmente, ganhei de presente no dia das crianças um videogame de verdade: o Mega Drive. O Mega Drive foi um marco na minha vida, porque foram incalculáveis horas de diversão com games como Sonic, Street Fighter, Streets of Rage, Golden Axe, Tartarugas Ninja, Alien Storm e outras maravilhas do gênero.

O Mega Drive e as suas capas multicoloridas dos cartuchos

Acredito que o videogame que eu mais joguei na minha vida tenha sido o Super Nintendo, que só comecei a jogar para valer a partir de 1995. E o snes realmente me fez virar noites em claro jogando clássicos como Mario World, Mario Kart, International Super Star Soccer, Futebol Brasileiro, Donkey Kong, Final Fight, Mortal Kombat, X-men, Power Rangers e outros clássicos inesquecíveis.

Super Nintendo: vai me dizer que você não conhece?

Já em 1996, eu descobri os jogos de fliperama na área de lazer de uma pizzaria. E não deu outra: foi paixão a primeira vista por jogos como Metal Slug, King of Fighters, Tekken, Marvel versus Capcom e os simuladores de corrida daqueles que tinham cabine com volante, pedais, machas e vibração. Lembro que teve uma época que eu matava aula para jogar fliperama, tamanha era a minha paixão pelo negócio. Aliás, matar aula para jogar videogame foi uma coisa bastante recorrente ao longo da minha vida - mesmo na faculdade eu sempre dava as minhas escapulidas para tirar uma horinha nos flipers e locadoras.

Fliperama de corrida: paixão de adolescência

A partir de 1997, comecei a jogar o Nintendo 64 e me tornei um verdadeiro viciado em jogos como Super Mario 64, Mario kart 64, Goldeneye 007, Perfect Dark, Wave Race 64, Diddy Kong Racing, Banjo e Zelda. Apesar da mudança das plataformas 2D para 3D ter sido feita de um modo quase improvisado e com alguns bugs, confesso que poucos videogames me encantaram tanto quanto o tridimensional Nintendo 64. Possivelmente, o Goldeneye 007 foi o game que eu mais joguei na minha vida. Inclusive, até hoje eu ainda arrisco umas jogadas no emulador e me divirto adoidado usando aquelas trapaças malucas que tornam o game mais sem noção do que ele já é. Quem nunca jogou o Goldeneye, recomendo amplamente que o conheça e descubra porque ele é dos melhores jogos de todos os tempos.

Jogos clássicos do Nintendo 64

A partir de 2002 comecei a jogar o Playstation 2 e o Xbox, me fascinando com games como GTA 3, Halo, Crazy Taxi, Gran Turismo, God of War, Guitar Hero, Shadow of the Colossus, entre outros. Mas os games dessa geração não me empolgam tanto quanto antigamente. Não sei se é porque eu tô ficando velho ou se os jogos atuais realmente tiveram uma recaída a nível de diversão e jogabilidade.

Um dos últimos games que realmente gostei

Já faz um bom tempo que eu não jogo videogame e acho desnecessário jogá-los, uma vez que os games para PC e os emuladores suprem todas as minhas necessidades gamísticas atuais. Eu continuo adorando videogames, mas hoje só jogo ocasionalmente e no PC. Agora, se tem uma coisa que não posso negar foi todo o prazer e diversão que tive com esses videogames ao longo da minha vida.