Quando se fala que um sistema deu certo ou errado, é preciso pensar primeiro
para quem ele deu certo ou errado. No caso do socialismo prático, como citei
em um post recente, ele não deu certo para os muito ricos, para os grandes produtores (kulaks), para os latifundiários, para os que queriam explorar o trabalhador, para os que queriam fazer fortuna sem trabalhar, para os que queriam manter seus privilégios, para o alto clero, para os monarquistas e para os fascistas. Foi para essa gente que o socialismo deu errado, porque para o grosso da população, o socialismo deu muito certo. Quem passava fome, quem era oprimido, quem era explorado, quem estava desabrigado e quem não tinha como pagar por saúde e educação teve uma melhora brutal na qualidade de vida nos países socialistas.
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Einstein concordava que o socialismo é superior ao capitalismo |
Alguém pode dizer que o socialismo deu errado, simplesmente, porque ele acabou. Ora, todos os sistemas que vieram antes do socialismo também acabaram e, mesmo assim, "deram certo" para alguns grupos enquanto duraram. O capitalismo, por exemplo, só dá certo de fato para as classes dominantes e quando ele acabar (porque tudo tem um fim), ele também "não terá dado certo" lá em um futuro pós-capitalismo.
Tem também por aí aquele pessoal que diz que o socialismo "acaba com a motivação individual por destruir a meritocracia", já que as coisas (lucro e bens) seriam socializadas. Essa e outras lendas contra o socialismo já foram desmentidas
em outro post que deve ter uma continuação em breve, porque o que ocorre no socialismo não é "destruição do mérito individual" e nem a "socialização da miséria", como muitos inocentes bradam por aí. O que ocorre no socialismo é a coletivização dos
meios de produção como forma de eliminar a mais-valia e de trazer uma distribuição de renda justa para os trabalhadores.
Dentro do socialismo, cada um recebe na medida justa pelo seu trabalho e função. Uma pessoa que trabalha mais, vai ganhar mais que outra que trabalha menos na mesma função. Uma pessoa mais graduada vai ganhar mais que outra que investiu menos nos estudos.
Não existe destruição da meritocracia no socialismo. Aliás, só é possível meritocracia e democracia de fato dentro socialismo, exatamente porque ele é construído pelos trabalhadores e para os trabalhadores.
O que vivemos hoje na maioria dos países capitalistas é o oposto da democracia: a plutocracia, que é o governo dos ricos e para os ricos. Nunca que num país socialista os direitos dos trabalhadores seriam "flexibilizados" ou a previdência social passaria por reformas antidemocráticas para prejudicar os aposentados e enriquecer ainda mais a casta rentista.
É falaciosa também a ideia de que o socialismo vai "coletivizar seus bens de consumo e a sua moradia". As únicas coisas coletivizadas no socialismo são, repito, os meios de produção: fábricas, indústrias, usinas, corporações e latifúndios.
Esse discurso antissocialista cheio de mentiras interessa aos donos do poder no capitalismo, porque o socialismo é uma ameaça aos privilégios deles. Um mundo socialista ou em suas diversas vertentes – tais como o ecossocialismo, o cybersocialismo, o neossocialismo, o socialismo cristão e o socialismo libertário – seria muito mais justo para todos.
O socialismo é a solução para a pobreza, para a desigualdade e grande parte das injustiças da humanidade.
Será que vale a pena continuar fazendo o trabalho sujo para as classes dominantes que não querem o povo politizado, que querem manter seus super privilégios, que roubam a todos nós através de juros e que destroem a natureza apenas para ficarem ainda mais ricos e poderosos do que já são? Pense nisso.