quinta-feira, 31 de julho de 2025

Qual o melhor: Witcher 3 ou Cyberpunk 2077?


Indo direto ao ponto, eu diria que The Witcher 3 The Wild Hunt é, no geral, um game melhor que o Cyberpunk 2077. Mas antes que algum cyberpsicopata fã da distopia de Mike Pondsmith comece a preparar um ataque com suas mantis blades contra mim, quero deixar bem claro que eu simplesmente AMO o universo cyberpunk tanto quanto o universo do Witcher. Eu estou trazendo esse questionamento nesta postagem porque ele está presente em vários debates sobre qual é o melhor game de mundo aberto da CD Projekt Red. Cyberpunk 2077 e Witcher 3 são as duas maiores obras-primas da empresa e sempre há discussões sobre qual é a melhor. Como eu tenho mais de 1000 horas jogadas de cada um desses RPGs, então tenho alguma autoridade para dizer o que acho de ambos. Portanto, vamos aos pontos fortes de cada um desses games:


Vantagens do The Witcher 3:

História mais longa: Witcher 3 tem um enredo mais cheio de peripécias e com mais histórias para contar que o Cyberpunk. Para terminar o básico da jornada do Geraldão de Rivia, você vai levar umas 60 horas, enquanto a história de V termina em menos de 50 horas. Fora que a série Witcher está no seu terceiro game, o que ajudou a consolidar sua jogabilidade e construção de mundo aberto e também traz a possibilidade de importar os seus saves do Witcher 2.

Mapa maior: Wild Hunt tem três grandes mapas (Velen, Skellige e Toussaint) e cada um deles é maior que toda a Night City, fora mapas menores como Kaer Morhen e Pomar Branco. Apesar do mapa do Cyberpunk ser mais complexo, ele é único e não tem uma verticalidade tão acessível.

Terceira pessoa: Eu gosto tanto de games em primeira quanto em terceira pessoa, mas a terceira pessoa tem algo que é insubstituível: a sensação de propriocepção. Em games em primeira pessoa, como Cyberpunk, você não sabe exatamente a posição de seus braços e pernas ou qual sua postura, dando a sensação que você é uma câmera voadora. E isso atrapalha especialmente na hora de fazer parkours (Mirror Edge que o diga) ou dar ataques a curta distância.

Cutscenes: Além de ajudar na jogabilidade, games em terceira pessoa ainda trazem cutscenes cinematográficas, onde parece que a gente está assistindo a um filme, podendo ver até cenas onde nosso personagem não está presente. Em Cyberpunk 2077 não há cutscenes, ao invés disso, a câmera em primeira pessoa trava sozinha em ângulos específicos nos momentos que deviam ser de uma cutscene.

Músicas: A trilha sonora do Witcher 3 é tão boa quanto a do Cyberpunk, o que desempata é que no primeiro game existem músicas ambientes que tocam em cada mapa ou em momentos específicos do game, aumentando a sensação de imersão devido a sinestesia que isso causa. Em Cyberpunk 2077, a maioria das músicas só toca na rádio ou em missões específicas. Não há, por exemplo, um tema musical das Badlands como há o tema musical de Kaer Morhen ou Ard Skellige.

DLCs: A expansão Phantom Liberty do CP 2077 é maravilhosa em todos os sentidos, mas só tem ela. O Witcher 3 tem duas: Hearts of Stone e Blood and Wine, sendo que a última traz um mapa totalmente novo e gigante.

Gwent: A cereja do bolo do Witcher 3 é o mini game do Gwent. Eu nunca vi um jogo de cartas tão viciante quanto aquele. No CP2077 não há nenhum mini game neste nível, mesmo os joguinhos dos fliperamas disponível dentro do jogo não conseguem divertir tanto quanto o Gwent.



Vantagens do Cyberpunk 2077:

Fator replay: Diferentemente do Witcher onde você só joga com o Geralt, em Cyberpunk 2077, o seu personagem é construído do zero. Você escolhe o background histórico (nômade, marginal ou corporativo) e customiza toda sua aparência, gênero e pontos de habilidade. Cada vez que você joga é como se fosse um protagonista totalmente novo, aumentando bastante o fator replay.

Variedade de builds: Enquanto no Witcher 3 você tem poucas builds envolvendo basicamente armaduras e habilidades de espada, sinais e alquimia, no CP 2077, você tem a árvore de habilidades e as cibernéticas que se combinam de formas muito variadas. Jogando como V, você pode ser espadachim, arremessador de facas, netrunner, tank, berserker, furtivo, sniper, pistoleiro ou se mover em super velocidade com o sandevistan. Fora que é possível terminar o game sem matar ninguém, coisa que não é possível no Witcher.

Modo foto: O modo fotografia do Cyberpunk é praticamente um game à parte. As possibilidades de iluminação, poses e interação de personagens é algo incrível e que tem sido aperfeiçoado a cada atualização. Embora o Witcher também tenha um modo foto, o do CP2077 é bem melhor.

Final secreto: Cyberpunk 2077 tem um final secreto que é absolutamente incrível e desafiador. Eu fiz esse final duas vezes na dificuldade very hard e confesso que foi uma das coisas mais satisfatórias e emocionantes que já fiz num jogo de videogame.

Então, por todos esses motivos eu considero que Witcher 3 é um game 10/10 enquanto que Cyberpunk 2077 é um 9,7/10. Nunca é demais dizer que os problemas no lançamento e os bugs que o CP2077 enfrentou atrapalharam o desenvolvimento do game e cortaram parte do seu conteúdo, mas mesmo assim, o jogo é incrível hoje e consegue ficar praticamente no mesmo nível do Witcher 3.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Brasil não é Brazil


O plano da familícia Bolsonaro de usar a própria pátria como refém para negociar uma anistia para o inelegível foi uma das coisas mais burras que vi na vida. A taxação tresloucada do bufão laranja que preside os EUA pode até prejudicar o Brasil num primeiro momento, porém, o que os gringos não sabem é que o brasileiro é especialista numa coisa chamada "jeitinho". O governo Lula, tão odiado pelos bolsominions, já deu um jeitinho de buscar novos mercados que irão beneficiar a economia brasileira e trazer novas oportunidades para o agronegócio. Ou seja, na prática, o tiro dessa taxação vai sair pela culatra, afetando os EUA que pagará mais caro por nossas commodities e ainda por cima vai servir para mostrar o quão covarde o clã Bolsonaro é ao tentar se safar da justiça ameaçando o próprio país. Quem se fortalece com essa maluquice toda é o governo Lula que, diga-se de passagem, já aumentou sua aprovação desde o início do tarifaço de Trump. Isso sem falar do BRICS que fica ainda mais fortalecido. Se o presidente americano achou que poderia mandar e desmandar no Brasil, quebrou a cara, porque isso aqui não é brazil, mas, sim, BRASIL

quarta-feira, 25 de junho de 2025

O mundo não precisa de mais armas nucleares


Tenho visto algumas pessoas defendendo o direito do Irã possuir armas de destruição em massa como forma de "pacificar" o Oriente Médio, já que países com armamento nuclear teoricamente não se agrediriam devido ao risco da MAD (mutual assured destruction), a tal "destruição mútua assegurada". Armas nucleares em poder do Irã, segundo a ótica armamentista, faria com que Israel parasse de atacar países vizinhos por medo de uma retaliação atômica. Eu entendo esse ponto de vista, acontece que na prática, isso não daria certo. Antes que me rotulem de sionista, não estou defendendo o governo assassino da extrema-direita israelense que é responsável pelo genocídio civil em Gaza, até porque esses bombardeios israelenses contra instalações nucleares iranianas violam acordos internacionais devido ao risco de tragédias envolvendo radioatividade tal como ocorreu em Chernobyl. Além disso, não há provas de que o enriquecimento de urânio iraniano teria fins bélicos, o que faz parecer que esse ataque repentino de Israel não passa de mais uma manobra para o corrupto (e condenado pelo Tribunal Penal Internacional) Benjamin Netanyahu ganhar popularidade para se manter no poder. 

O ponto que quero destacar é que quanto mais países possuírem bombas atômicas, maior a chance de uma tragédia. É verdade que ninguém quer se destruir e arrasar o seu próprio país no caso de uma MAD, mas o grande problema de ter armas nucleares são os riscos de "ataques fantasmas". Aconteceu por diversas vezes ao longo da Guerra Fria um falso positivo de ataques nucleares que, por muito pouco, não causou uma guerra nuclear total. Um simples erro na detecção de mísseis balísticos intercontinentais pode desencadear um ataque nuclear de retaliação sem que nenhum míssil real tenha sido disparado ou que nenhuma guerra tenha sido declarada. Existem sistemas de disparos automáticos de ogivas nucleares espalhados por todo mundo que causariam ataques nucleares generalizados pelo planeta em resposta a um ataque falso. Se corremos esse risco constantemente com apenas 9 países tendo arsenal nuclear, imagine então com países instáveis de governos teocráticos fazendo parte do clube da bomba. Não acho racional que mais países tenham armamento nuclear. Acho, na verdade, que as armas nucleares são uma vergonha para a raça humana e que todas elas precisam desaparecer para sempre. Uma guerra nuclear mataria bilhões de seres humanos, destruiria a civilização e nos jogaria num longo inverno nuclear cheio de doenças e mortos de fome – isso sem falar da selvageria que ocorreria em nome da sobrevivência num cenário pós apocalíptico. Voltaríamos à idade da pedra em questão de horas, só que com muita radiação contaminando tudo e sem a luz do Sol.

No caso iraniano, a saída tinha que ser diplomática. Ou o Irã permite vistorias internacionais em suas instalações nucleares, ou então sofreria sanções econômicas e diplomáticas. Lançar bombas no país não resolve a questão do enriquecimento do urânio e ainda dá um motivo a mais para o Irã querer ter realmente a sua arma nuclear.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

A extrema-direita sempre irá fracassar


Observe os fatos. Roberto Jefferson, Carla Zambelli, Braga Netto, Gilson Machado, Daniel Silveira e mais um bando de "malucos" foram presos por apoiar ideias radicais da extrema-direita, incluindo desde a volta do AI-5 até a tal Intervenção Militar. Os que ainda não foram presos estão se borrando de medo de ir visitar a Papuda, incluindo aí o inelegível. Note que, não por acaso, a própria história mostra a forma trágica como os líderes da extrema-direita terminaram suas trajetórias políticas. A lição que fica mais uma vez é que discursos de ódio, perseguição política, ruptura institucional, moralismo de goela e ultranacionalismo sempre se voltam contra quem os propaga. Democracia não funciona com intolerância e violência. O autoritarismo tão almejado pelos bolsonaristas é típico de quem não sabe fazer política, porque política é uma ciência feita de diálogo, ética e respeito ao bem comum. O que essa cambada de golpistas queria, lá no fundo, era negar o pacto civilizatório em nome dos próprios interesses. E o resultado dessa forma irresponsável de fazer política está aí para todos verem. 

A extrema-direita não compensa, porque ela sempre irá fracassar.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Marina Silva é uma mulher GIGANTE

Ontem eu fiquei bastante indignado (mas nem um pouco surpreso) com aquela baixaria lamentável dos senadores da direita “feijão com arroz” contra a ministra do meio ambiente Marina Silva na Comissão de Infraestrutura do Senado. Com seus ataques machistas típicos do velho cornelismo brasileiro, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Plínio Valério (PSDB-AM) e o bolsominion presidente do colegiado Marcos Rogério (PL-RO) protagonizaram uma das cenas mais vergonhosas desde a redemocratização. Notavelmente, todo aquele circo nauseabundo teve como objetivo atacar ministros do governo e criar cortes para virar memes para a direita teratológica que infestou o país desde a candidatura do Bolsomonstro a presidência. Apesar da covardia de vários homens tentando calar e agredir a ministra, ela não se calou e não se colocou em seu “devido lugar”. Quem realmente saiu maior daquela baixaria toda foi a ministra Marina Silva, porque ela desafiou aquele bando de machos pré-históricos e seus discursos escatológicos contra o meio ambiente. Não sou lá muito fã da ministra, mas tenho que admitir que ela é uma mulher GIGANTE. 

Ah, e com relação ao tema que estavam discutindo, lembre-se que ao rasgar a legislação ambiental não é o capitalismo que vence, somos nós que perdemos. O tal “progresso” que uns querem para certas regiões do país significa efeitos colaterais no clima e em nossas vidas no médio e longo prazo. Mas quem disse que um bando de muquiranas que só pensam em dinheiro e em se perpetuar no poder pensam nisso? Eles só pensam no agora e neles mesmos. E a humanidade que se phoda.