sexta-feira, 13 de junho de 2025

A extrema-direita sempre irá fracassar


Observe os fatos. Roberto Jefferson, Carla Zambelli, Braga Netto, Gilson Machado, Daniel Silveira e mais um bando de "malucos" foram presos por apoiar ideias radicais da extrema-direita, incluindo desde a volta do AI-5 até a tal Intervenção Militar. Os que ainda não foram presos estão se borrando de medo de ir visitar a Papuda, incluindo aí o inelegível. Note que, não por acaso, a própria história mostra a forma trágica como os líderes da extrema-direita terminaram suas trajetórias políticas. A lição que fica mais uma vez é que discursos de ódio, perseguição política, ruptura institucional, moralismo de goela e ultranacionalismo sempre se voltam contra quem os propaga. Democracia não funciona com intolerância e violência. O autoritarismo tão almejado pelos bolsonaristas é típico de quem não sabe fazer política, porque política é uma ciência feita de diálogo, ética e respeito ao bem comum. O que essa cambada de golpistas queria, lá no fundo, era negar o pacto civilizatório em nome dos próprios interesses. E o resultado dessa forma irresponsável de fazer política está aí para todos verem. 

A extrema-direita não compensa, porque ela sempre irá fracassar.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Marina Silva é uma mulher GIGANTE

Ontem eu fiquei bastante indignado (mas nem um pouco surpreso) com aquela baixaria lamentável dos senadores da direita “feijão com arroz” contra a ministra do meio ambiente Marina Silva na Comissão de Infraestrutura do Senado. Com seus ataques machistas típicos do velho cornelismo brasileiro, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Plínio Valério (PSDB-AM) e o bolsominion presidente do colegiado Marcos Rogério (PL-RO) protagonizaram uma das cenas mais vergonhosas desde a redemocratização. Notavelmente, todo aquele circo nauseabundo teve como objetivo atacar ministros do governo e criar cortes para virar memes para a direita teratológica que infestou o país desde a candidatura do Bolsomonstro a presidência. Apesar da covardia de vários homens tentando calar e agredir a ministra, ela não se calou e não se colocou em seu “devido lugar”. Quem realmente saiu maior daquela baixaria toda foi a ministra Marina Silva, porque ela desafiou aquele bando de machos pré-históricos e seus discursos escatológicos contra o meio ambiente. Não sou lá muito fã da ministra, mas tenho que admitir que ela é uma mulher GIGANTE. 

Ah, e com relação ao tema que estavam discutindo, lembre-se que ao rasgar a legislação ambiental não é o capitalismo que vence, somos nós que perdemos. O tal “progresso” que uns querem para certas regiões do país significa efeitos colaterais no clima e em nossas vidas no médio e longo prazo. Mas quem disse que um bando de muquiranas que só pensam em dinheiro e em se perpetuar no poder pensam nisso? Eles só pensam no agora e neles mesmos. E a humanidade que se phoda.

sábado, 17 de maio de 2025

As reborns vieram para ficar


Um fato interessante observado nas últimas décadas é que a taxa de natalidade tem caído vertiginosamente em vários países, especialmente nos mais desenvolvidos. Isso, possivelmente, vai se tornar um problema econômico no futuro que pesará nas receitas dos governos e causar impactos na previdência social. Mas talvez o maior problema da menor taxa de natalidade seja social, isso porque os seres humanos possuem uma necessidade quase instintiva de cuidar, de dar carinho e de proteger. Essa necessidade materna/paterna de cuidar vem desde os primórdios, porque os bebês humanos levam vários anos até conseguirem se tornar minimamente independentes dos pais. Então a seleção natural se encarregou de recompensar com bem-estar hormonal e psicológico aqueles que cuidavam de suas crias a ponto do cuidado com pessoas próximas se tornar uma das necessidades da Pirâmide de Maslow. Mas a pergunta que fica é: como as pessoas poderão ter esse bem-estar do cuidado com os filhos se elas estão optando por não terem mais filhos? É exatamente isso que explica o sucesso quase repentino dos bebês hiper realistas mais conhecidos como reborns entre adultos, principalmente entre as mulheres.

As bonecas reborn, por serem muito parecidas com bebês de verdade, acabam causando apego em muitas pessoas pelo simples apelo visual e afetivo. Semelhante às bonecas sexuais hiper realistas vendidas para homens em sex shops, esses bebês possuem articulações e pele que simulam o corpo humano de maneira bastante convincente. Como muitas mulheres não querem ou não podem ser mães, então esses bonecos servem para preencher a lacuna da necessidade de proteção e cuidado materno que elas precisam. Apesar de todas as críticas que são feitas às mulheres que adquirem esses rebons, não há nada de errado em ter e cuidar de um bebê de mentira, especialmente as mulheres que tiveram gravidez psicológica ou perderam seus bebês prematuramente. O problema é quando a pessoa perde a noção da realidade e começa a achar que o reborn é um bebê de verdade, exigindo que os outros o tratem como se fosse um ser humano real. Hospital e creche de reborn é algo que já me parece passar dos limites de uma brincadeira saudável de simulação de mãe filho para virar um comportamento quase patológico. Mas fora isso, ter um reborn é tão normal quanto ter uma sex doll ou fazer uma coleção de brinquedos. O bom desses bonecos é que as mães deles podem brincar de ser mãe quando quiserem, já que não é filho de verdade para exigir atenção 24 horas por dia e cuidados reais. O reborn vira uma espécie de tamagotchi que você pode interagir na hora que quiser para seu passatempo. 


Acredito que num futuro próximo, quando androides e ginoides controlados por IAs se tornem mais comuns, será natural formar família com robôs e bonecos hiper realistas. É preciso levar em consideração que nem todo mundo tem condições físicas ou emocionais para ter um parceiro amoroso ou filho de verdade. É melhor que pessoas inaptas para o convívio social tenham seus próprios bonecos do que causar traumas a humanos de verdade em relacionamentos tóxicos.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Cyberwoman 2077


Estou completando hoje um ano que comecei a jogar pra valer o redimido Cyberpunk 2077 e passei da marca das 1100 horas de jogo, sendo ele meu segundo game com mais horas de gameplay da Steam, ficando atrás apenas do bom e velho Counter-Strike que tenho mais de 3000 horas jogadas. E nas minhas dezenas de campanhas no CP 2077, percebi uma coisa interessante: que a maioria das minhas playthrough runs foram com a protagonista V feminina. O mais interessante é que dando uma olhada nas comunidades do game no Reddit, eu percebi a mesma coisa, porque a maioria dos jogadores também prefere jogar com a V mulher ao invés do V homem. Depois de pensar nos motivos, cheguei a sete razões pelas quais jogar sendo a V fêmea é mais interessante que jogar com o V macho.

Esse sorriso psicopata ganhou meu coração.


Relacionamentos
Um dos maiores motivos para jogar com a V mulher é a possibilidade única de romancear a Judy (que é lésbica). Das quatro opções de relacionamento que o jogo oferece, essa técnica em neurodança das Mox é a melhor (na minha opinião, claro). 

Dublagem
Tanto a dublagem do V homem quanto da V mulher são excelentes. Mas a voz da V feminina me parece mais agradável e mais natural. A voz do V homem (tanto na dublagem inglês quanto na brasileira) me soa muito clássica, tipo a de um galã – enquanto que a da V mulher parece que é uma pessoa comum falando, tornando a experiência mais natural e imersiva. Enquanto o V masculino faz a gente se sentir num filme, a V feminina faz a gente se sentir na vida real.

Estética
Talvez seja preconceito meu, mas as possibilidades de criar uma V feminina são mais variadas que as do V masculino. Enquanto que na V feminina você escolhe unhas, cor do esmalte, cor do batom, tamanho dos seios e fica bem com todos os penteados, no V masculino essas opções ficam bem esquisitas, especialmente se seu V for heterossexual. Sem falar que ver homem pelado sempre que a gente entra no guarda-roupas e customizar a genitália masculina não é algo que eu descreveria com agradável (já que sou homem hétero).

Vestimenta
Da mesma forma que customizar a V feminina é mais divertido e variado, vesti-la e comprar roupas para ela também é. Todas as roupas caem bem na V mulher e combiná-las com cortes de cabelo e maquiagem faz a gente gastar algumas horas a mais para caprichar naquela foto bacana no photo mode, transformando o game numa espécie de Cyberbarbie 2077. 

Lag
Não sei se isso acontece com todo mundo ou se é um defeito da minha placa de vídeo, mas as roupas do V masculino demoram um pouco mais para serem renderizadas, dando um lag de um ou dois segundos. Isso ocorre tanto no inventário quanto durante o game, o que torna a jogabilidade com a V  feminina mais fluida, já que não há esse problema com ela. 

Interpretação
Jogar como a V feminina desperta em mim um estranho instinto de proteção com ela, como se ela fosse uma espécie de filha virtual. Além de que é interessante estar na pele de uma pessoa de outro gênero diferente da gente, ainda mais com o jogo sendo em primeira pessoa, o que aumenta a sensação de imersão.

Silverhand
A última razão pela qual é interessante jogar com a V é que Johnny Silverhand é um sujeito machista, anticorporativo e odeia a Arasaka. Se a nossa V tiver um passado corporativo, então ele acordará justamente na cabeça de uma mulher corpe e ainda por cima da Arasaka. É uma antítese interessante que cria uma dinâmica de interação curiosa, porque ele odeia a V, mas ao mesmo tempo vira praticamente um amigo dela. Fora que a interação dele com a V feminina me parece mais engraçada e fluida.


V: A exterminadora do futuro.

É por tudo isso que o meu cânone pessoal no game é com a V feminina, corporativa, de preferência. 

sábado, 26 de abril de 2025

A Igreja Católica nunca mais será a mesma


Com o falecimento do Papa Francisco nesta semana, todos os principais holofotes do mundo passaram a ser direcionados para o Vaticano e para o Conclave que irá eleger seu sucessor. Isso não só por uma questão religiosa, mas, principalmente, por uma questão política. O Papa tem uma grande influência nas questões diplomáticas do mundo por ser um dos mais importantes líderes religiosos do planeta. Para citar alguns breves exemplos, a sua influência foi decisiva quando ele condenou o lawfare, o genocídio em Gaza, a discriminação contra imigrantes, os muros que geram exclusão e até a postura retrograda da Igreja diante dos homossexuais. Daí que muita gente se questiona como um Papa tão liberal quanto Francisco conseguiu ser escolhido pelo Vaticano como representante máximo de Cristo na Terra. A resposta é simples: sobrevivência.

A Igreja Católica sempre foi uma instituição ultra reacionária que para poder sobreviver apoiou coisas nefastas na nossa história como Cruzadas, Inquisição, escravidão e até o nazifascismo. Mas como o mundo neste século XXI tem se tornado cada vez mais liberal e tolerante no sentido dos costumes, para poder sobreviver e se adaptar às mudanças, fez-se necessário que um papado mais "progressista" fosse adotado pelo Vaticano. Isso também ocorreu porque a Igreja Católica tem perdido muitos fiéis para as igrejas protestantes, especialmente os mais jovens. Então nada melhor que um Papa mais humanista e revolucionário para cumprir esta missão. 

Claro que grandes mudanças nunca virão tão rápido no caso da Igreja, porque há muita resistência entre os próprios fiéis mais conservadores. Mas o que é notável é que há uma tendência a mudanças importantes no longo prazo que poderão incluir a aceitação de métodos contraceptivos, casamento homoafetivo e até mulheres exercendo o sacerdócio. Mas isso ainda vai levar tempo. O fato é que após Jorge Mario Bergoglio, a Igreja Católica nunca mais será a mesma.