quinta-feira, 31 de maio de 2018

E o Golpe fez água


Com Michel Temer e Pedro Parente na lona, com o país praticamente parado devido à falta de combustíveis e com o desemprego batendo recorde, fica muito evidente que o Golpe deu muito errado para o país. E falta de aviso não foi. Desde que o golpismo começou a se assanhar em 2015 que as forças progressistas denunciam a loucura entreguista e antipovo por trás dos interesses dos golpistas. Não é à toa, por isso, que Lula, mesmo preso, já aparece com 39% das intenções de voto, vencendo já no primeiro turno.

A seguir, dois vídeos de Bob Fernandes para abrir a mente de quem ainda insiste em defender soluções estúpidas como o neoliberalismo ou a intervenção militar para a atual crise.



quarta-feira, 30 de maio de 2018

Detroit: Become Human - mais uma obra-prima dos games


Desde o maravilhoso trailer da Kara que eu já previa que Detroit: Become Human (DBH) seria um grande jogo por ele mexer com as emoções dos jogadores. Na mesma linha de Heavy Rain, Beyond: Two Souls e Life is Strange, o game – que estou acompanhando as gameplays através de canais gamers do YouTube – envolve o jogador na trama através de um enredo bem construído com múltiplas possibilidades de decisões e com consequências únicas para cada uma delas que afetam toda a história. A história protagonizada por três androides é uma mistura de Blade Runner com elementos emprestados dos romances de Isaac Asimov sobre a evolução das máquinas e da inteligência artificial. Mas mais que um simples game de ação, drama e suspense, Detroit Become Human traz uma critica social densa. Vemos nas entrelinhas do enredo uma crítica a toda a humanidade, aos nossos preconceitos, à nossa xenofobia, aos nossos medos, às nossas fraquezas e ao nosso conceito do que é "estar vivo". A nossa superioridade como espécie é colocada em xeque posto em vista a capacidade de empatia e de sentir e expressar sentimentos que os androides também possuem. Questões como alma, vida após a morte e deus vêm à toda em diversos momentos do game. A dublagem, apesar das pequenas falhas de sincronia, é muito boa, com uma linguagem natural, sem aquela dublagem artificializada e sem palavrões comuns em filmes. Aliás, a dublagem dos games de um modo geral é bem melhor do que a dos filmes por permitir maior naturalidade e liberdade para os dubladores. Isso deixa a experiência do game mais realista e imersiva. Ao invés de ouvir coisas do tipo:"aqueles tiras filhos da mãe estão nos prejudicando", você escuta o que realmente é dito:"aqueles policiais filhos da puta estão nos fodendo".

Enfim, é nessas horas que eu lamento não ter um PS4, porque além de ser graficamente impressionante (o melhor gráfico que vi até hoje num game), DBH tem uma temática que me fascina e um estilo de jogo que adoro. O trailer do game segue abaixo:

terça-feira, 29 de maio de 2018

Bozonazi milita contra si mesmo


O candidato a presidência pelos reaças não cansa de fazer bobagens. Além de ter confessado um crime sem querer quando afirmou ter negado aceitar a propina para reeleição de FHC (o crime foi em não ter denunciado a propina como parlamentar), ele ainda caiu numa contradição ridícula. A última do parlamentar foi ter morrido pela boca ao dizer que revogaria as medidas que ele mesmo apoiou em seu próprio projeto de lei. Olha só o escárnio:


É ou não é um trapalhão?

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Alexandre Gracinha vira piada no Twitter


Um dos jornalistas políticos pau-mandado dos Marinho resolveu radicalizar no senso de humor e culpou Lula e Dilma pela atual crise causada pela política desastrada de preços dos combustíveis do pós Golpe. No post (já apagado), o humorista jornalista alegou que Lula é o culpado pela crise por ter ajudado mais pessoas a comprarem caminhões. Essa mania covarde de culpar o PT por tudo de errado que o atual governo faz é uma estratégia bem cara de pau para mascarar o desastre que o entreguismo está sendo para o país. Enfim, ele recebeu respostas como as abaixo pela sua piada de mau gosto (clique para ampliar):





Pois é, não dá para esperar mais nada de um jornalista que além de ser reaça, ainda sofre de antipetismo patológico.

É um 'jênio' ou não é?

domingo, 27 de maio de 2018

Nos EUA pode. Aqui, não.


Eu acho engraçado esses neoliberalóides de internet dizendo que "o protecionismo é ruim" e que "o Estado não deve subsidiar produção de petróleo". Não pode aqui, mas nos EUA, na China e em praticamente todos os outros países desenvolvidos do mundo, o Estado intervém na economia para proteger a nação de crises como a que vemos neste momento. Ontem mesmo, eu li um artigo no Cafezinho que falava justamente sobre isso. Os EUA, por exemplo, subsidiam 45% da produção de seu petróleo. Enquanto os neoliberais daqui dizem que o nosso refino de petróleo é superfaturado, de má qualidade, caro, ineficiente e ruim para o país para justificar a privatização da Petrobras e a terceirização do refino para as multinacionais, os EUA multiplicam seus lucros vendendo combustível caro para nós. Parece até uma piada de mal gosto. Enquanto os idiotas aqui pedem menos impostos, lá nos EUA eles adotam medidas intervencionistas (com impostos progressivos) para aumentar a produção, gerar mais empregos e aumentar a renda dos trabalhadores. Como bem disse o engenheiro e especialista no setor de petróleo, Paulo Cesar Ribeiro de Lima, em um artigo publicado no site da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras): "Mesmo que a Petrobrás tivesse margem de lucro de 50%, o diesel poderia ser vendido nos postos a R$ 2,30 desde que o petróleo fosse produzido e refinado no Brasil".
Enquanto isso, os midiotas, manifestoches e neoliberalóides repetem ao pé da letra o que a imprensa entreguista diz em seus jornais financiados pelo capital estrangeiro interessados no saque do nosso petróleo. Não era esse o país que os coxinhas tanto sonhavam?

Satisfeito, santa?

sábado, 26 de maio de 2018

Reduzir impostos não é a solução


Muitas pessoas estão sugerindo que a paralisação dos caminhoneiros deve ser resolvida com a redução dos impostos (ICMS) sobre os combustíveis para baixar o preço do diesel e da gasolina. Essa é uma sugestão que vem, sobretudo, da classe patronal que foi seduzida pelo canto da sereia de que "imposto é roubo". A solução não é reduzir impostos. Isso causaria impacto nos investimentos em seguridade social, previdência, saúde, etc. O que está causando o aumento de preços nos combustíveis é a política de preços adotada por Pedro Parente que está fazendo reajustes de acordo com o dólar. O que precisa ser feito para baixar o preço dos combustíveis é acabar com essa política entreguista de reajustes e fazer como Guido Mantega fez durante os governos do PT, reajustando os preços de acordo com as necessidades internas.

O Brasil não pode mais continuar sendo uma colônia dos EUA e de suas multinacionais e petrolíferas. Temos que garantir extração, produção e o refino aqui no nosso país. Entregar o nosso petróleo para os gringos venderem caro por aqui é que está alavancando os preços. É por isso que o neoliberalismo é um verdadeiro veneno para os países em desenvolvimento. Temos que focar nisso e não em reduzir impostos. Se quer reduzir impostos, exija uma reforma tributária que faça os mais ricos pagarem mais.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O Brasil virou uma Venezuela?


Tudo que os nossos coxinhas temiam no comunismo agora ocorre graças ao neoliberalismo. O neoliberalismo é um veneno mortal para países em desenvolvimento muito pior que qualquer política esquerdista desastrada. Muitas pessoas da classe média seduzidas pelo conto liberalóide acabaram apoiando o PSDB nas eleições de 2014 e, posteriormente, o Golpe de Estado que tirou um plano de governo progressista do poder. Depois disso, começou a dilapidação do Estado brasileiro e do nosso patrimônio público. Foi graças a essas políticas entreguistas, elitistas e voltadas para os interesses do mercado, dos especuladores, dos acionistas e dos rentistas que chegamos a esta situação que estamos agora. A greve dos caminhoneiros causada pelas políticas de reajuste desastradas dos golpistas acabou sendo o apogeu da catástrofe desse modelo econômico fracassado. Por conta disso, estamos presenciando uma crise de desabastecimento tão séria quanto na Venezuela, com o agravante de que por aqui nem combustível e nem gás de cozinha tínhamos mais em algumas localizações do país. Se os manifestoches tiverem o mínimo de consciência, devem estar pelo menos arrependidos por toda essa loucura neoliberal que apoiaram.

Vai ver se na Venezuela a gasolina custa isso

Um dos lemas dos manifestoches durante os protestos a favor do Golpe de 2016 foi de que "o Brasil não seria uma nova Venezuela". Eles alegavam que a Venezuela estava sofrendo inflação alta, desabastecimento, desemprego e caos político. Muitos desses coxinhas também temiam o comunismo porque, segundo eles, nele havia fome, empobrecimento da população e muitos mortos de fome. Não por acaso, esta é justamente a atual situação do Brasil. Fome, miséria e mortes por inanição sempre existiram aqui, mas voltaram a piorar depois do Golpe de 2016 com o acréscimo do empobrecimento da classe média. E como se tudo isso não fosse suficiente, o desabastecimento tornou-se alarmante após a greve dos caminhoneiros. Tudo isso, como apontei acima, se deu a um conjunto de medidas políticas e econômicas que não visaram em momento algum o nosso crescimento econômico ou as necessidades da população. Assim como a Argentina está em crise por conta do neoliberalismo de Macri, estamos também em crise graças ao neoliberalismo de Temer, do PSDB e da Globo. E se você acha que Bolsonaro é a solução para isso, só posso sentir muita pena de você, porque a sua burrice é realmente incomensurável. Um analfabeto em questões econômicas como o Bolsonaro que acha que a solução para o Brasil passa pelo nióbio, pela fosfoetanolamina e pelo leite de ornitorrinco só vai conseguir afundar o Brasil ainda mais rápido.

Tomamos no pato.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Alguém sabe por onde andam as panelas?


Nós chegamos agora a um momento fatídico da nossa conjuntura social que foi antecipado pelos cientistas políticos mais lúcidos desde que começou a campanha do Golpe lá em 2015. O governo Temer chegou ao seu limite: combustíveis a preços surreais, gás de cozinha caro demais, energia elétrica sofrendo aumentos constantes, desemprego recorde, greve de caminhoneiros e uma insatisfação popular generalizada. Chegou para todos nós a conta do Golpe que implementou essa política neoliberal voltada para os interesses das elites rentistas e das multinacionais. Nessas horas eu me pergunto onde foi que os manifestoches enfiaram as panelas que usaram para bater quando a gasolina estava abaixo dos R$3 no governo Dilma. E nem venham dizer que isso é tudo culpa do PT ou tentar lavar as mãos dizendo que "não votou no Temer". Até porque, quem votou na Dilma, votou no projeto de governo dela. Temer golpeou esse projeto e colocou em prática o projeto do Aécio que foi um dos líderes do Golpe. E quem pediu "Fora Dilma" e colocou Temer no poder votou nessa porcaria de programa de governo do Aécio Neves. É por isso que não me causa tanto espanto em ver os paneleiros arrependidos todos em silêncio agora. Enfim, se está achando ruim, pode preparar o lombo que o negócio ainda vai piorar – e muito.


quarta-feira, 23 de maio de 2018

GTA 5 em mais uma crítica ao capitalismo


Em outro post sobre o GTA 5, eu destaquei uma crítica social do jogo à desigualdade econômica dos EUA. E num dia desses, enquanto eu tentava escalar o Monte Chiliad, me deparei com um grupo de npcs alojados num acampamento nas proximidades da montanha que traziam diversas faixas anticapitalistas. Algumas frases foram emblemáticas, tais como: "Capitalismo é crise", "Outro mundo é possível" e até a célebre de Chavez: "A Revolução não será televisionada" (clique na imagem lá de cima e ative o zoom para ler). Enfim, a Rockstar não perde tempo em mostrar que o capitalismo não é um sistema tão maravilhoso quanto muitos pensam.


Alguns tontos podem alegar: "Ah, mas o GTA é um jogo capitalista. Comunista nunca fez videogame nenhum. Se você joga videogames, você tem que respeitar o capitalismo por estar usufruindo de uma tecnologia que ele criou". O problema de quem usa esse argumento é que não existe apenas capitalismo e socialismo como meios de produção. Isso é uma falsa dicotomia. Por que não podemos pensar em outros sistemas melhores que esses dois? São tantas possibilidades: Projeto Vênus, cooperativismo, anarquismo, sistemas mistos e qualquer outro que você puder elaborar. O que não podemos é continuar a fazer vassalagem aos senhores do mundo, porque é a eles que o capitalismo realmente interessa.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Namorada só se for imaginária


Eu me lembro quando eu tinha meus 13 ou 14 anos de idade e, naquela época, eu queria muito saber como seria viver um romance com alguém. Como eu era muito tímido e as meninas mal davam bola para a minha existência, resolvi então criar uma namorada imaginária. Eu já tinha criado amigos imaginários, mas namorada imaginária era a primeira vez. Imaginei como ela era fisicamente, a personalidade dela, a voz dela, os gostos dela e até onde ela morava. Só que não contente em imaginar uma namorada imaginária, para a coisa ficar mais realista, resolvi criar também uma sogra e um sogro imaginários. Aí criei também um cunhado imaginário, um cachorrinho de estimação imaginário, uma casa imaginária, um carro imaginário, enfim: uma vida imaginária. E além disso, criei também vários amigos imaginários que também eram amigos da minha namorada imaginária. No fim das contas, eu estava tendo uma vida paralela na minha imaginação. O que eu vivia em minha mente era algo tão bacana e reconfortante para mim que a realidade tornou-se supérflua. Eu sempre vivia agarrado com meus cadernos de escola registrando por escrito os bons momentos que vivia na imaginação com todos aqueles companheiros dos folguedos. Acho até que a minha paixão por escrever veio daí. E era engraçado, porque eu escondia isso de todo mundo e detestava quando alguém lia minhas estórias.

Ah, se eu tivesse conhecido a Sasha naquela época...

Pois bem, não contente com tudo isso, eu acabei tendo filhos imaginários com a minha namorada imaginária. Só que quando a coisa chegou nesse ponto, eu achei que estava indo longe demais e naturalmente fui abandonando essas ilusões. Viver a vida sendo feliz apenas num mundo imaginário ideal é bom como escapismo e como exercício de criatividade. Mas levar isso a sério como eu levava acabou me deixando frustrado e até meio deprimido, porque eu comecei a detestar a minha vida real. Naquela época, eu só queria saber de ficar viajando na maionese, ficando longe das pessoas reais e fugindo dos meus problemas (estilo Hakuna Matata mesmo). Foi aí que comecei a me desinteressar gradualmente por essas coisas. Na verdade, eu sempre criei mundos imaginários desde criança onde convivia com meus heróis de infância. E creio que isso tenha sido sempre o motor central da minha criatividade que me levou a escrever romances, quadrinhos e músicas. A minha imaginação fértil sempre esteve ativa ao longo da minha vida.

Namoradas imaginárias estão sempre te chamando pra festa

Eu revelei essa história toda porque, recentemente, quase sem querer, acabei me dando conta que os relacionamentos ideais são só os imaginários. Não há como fugir das frustrações, do tédio, das contrariedades e das desilusões dos relacionamentos reais. Às vezes algumas pessoas perguntam como posso estar há tanto tempo solteiro e costumo responder que não procuro sarna para me coçar. Relacionamentos reais são complicados, caros, instáveis e estressantes. Não temos controle sobre quase nada dentro deles. Eu mesmo costumo me sentir péssimo quando estou preso a namoros ou a qualquer compromisso do gênero. É por isso que, recentemente, estou pensando seriamente em voltar aos meus tempos de adolescente e começar a imaginar uma entidade feérica feminina para me tirar do tédio, do mau humor e do ostracismo emocional. Nem precisa ser bonita, basta gostar de rock e saber desarmar a ranzinzice desse velho reclamão e mal humorado aqui com um sorriso que, para mim, já está de bom tamanho. Qualquer dúvida, Freud explica. kkkkk!

Agora é pura diversão!

Namastê!

segunda-feira, 21 de maio de 2018

É tudo sobre petróleo


O presidente venezuelano Nicolas Maduro mal venceu as eleições presidenciais e as oligarquias estadunidenses já trataram de aprovar sanções econômicas contra o país. O que está ocorrendo na Venezuela, assim como ocorre no Brasil, na Argentina, no Equador, no Peru, na Colômbia e no Paraguai é uma espécie de Operação Condor 2, onde os EUA e seus aliados estão expandindo suas garras imperialistas sobre a América Latina para nos saquear e nos explorar. E a razão de tudo isso pode ser resumida numa palavra só: petróleo. Os EUA importam a maior parte do petróleo que usam – e como o petróleo tende a ficar cada vez mais caro à medida que suas reservas no planeta se aproximam do fim, o Tio Sam se vê obrigado a partir para o ataque contra as democracias latino-americanas. O nosso petróleo vale muito mais do que podemos imaginar. A guerra não é mais entre esquerda e direita ou entre capitalismo e socialismo, isso era na época da Guerra Fria. Hoje, a guerra é entre os nacionalistas e os entreguistas que são apoiados pelas oligarquias imperialistas. A América Latina precisa se unir para dar o seu grito de independência. Não podemos ser mais colônia dos EUA. A nossa soberania e a nossa democracia precisam ser respeitadas.

A seguir, um vídeo esclarecedor sobre o que está acontecendo na Venezuela.

domingo, 20 de maio de 2018

Correr faz bem para o corpo e para a mente


Faz aproximadamente quatro meses que eu comecei a correr. Antes desses quatro meses, eu estava sedentário há mais de 10 anos. E nos últimos 4 anos, eu sequer caminhava. Foi aí que após uma consulta médica, descobri que eu estava dentro de um grupo de risco: colesterol alto, triglicerídeos alto, gordura no fígado, obesidade e quase pré-diabético. A minha médica me orientou uma dieta e disse que eu precisava fazer atividade física não apenas para reduzir os fatores de risco, mas também para melhorar a minha qualidade de vida. Foi aí que eu pensei de cara numa das minhas atividades físicas favoritas: a corrida. Mas antes de voltar a correr, comecei a assistir vários vídeos sobre corrida no YouTube para ter alguma orientação inicial. Eu disse 'voltar a correr' porque quando eu tinha meus 17, 18 anos, eu jogava vôlei, corria e caminhava todos os dias. Mas depois que entrei para a faculdade, fiquei sedentário. Pois bem, entre todos os materiais sobre corrida que assisti, os vídeos que mais me incentivaram foi do Dr. Drauzio Varella, que começou a correr aos 50 anos e continua a correr até hoje. Foi aí que eu pensei que este era o grande momento para voltar a correr. Esta então foi a grande chance que tive de voltar à minha velha forma. E não desperdicei a oportunidade: voltei a correr como nunca.


Como voltei a correr
No começo, eu apenas caminhava por cerca de 20 minutos. Depois foi que eu comecei a correr progressivamente. O máximo que aguentei correr na primeira vez foi durante 1 minuto e 40 segundos. Mesmo correndo devagar, terminei a corrida quase sem fôlego, com as pernas queimando e com uma dor horrorosa no abdômen superior (a tal dor de veado). Isso ocorreu devido aos meus músculos estarem quase atrofiados, à minha respiração incorreta durante a corrida e também por causa do sobrepeso que massacrava meus músculos e articulações. No dia seguinte dessa primeira corrida, minhas pernas doíam abominavelmente devido a esse esforço que foi muito grande para um sedentário como eu que estava sofrendo pela primeira vez na vida com obesidade (31 do IMC, no caso).
Enfim, a partir daí, passei a ter disciplina e resolvi seguir um treinamento de 3 a 4 corridas por semana. Quando passei a aguentar correr 2 minutos, fiz o treino intervalado de 2 minutos correndo e 3 caminhando. Mas nem isso eu conseguia. Quando eu chegava na segunda ou terceira sessão do treino intervalado, tinha que parar tudo porque as pernas doíam demais. Enfim, com o passar do tempo, fui conseguindo aumentar o tempo até chegar aos 7 minutos de corrida. E esse momento foi um divisor de águas, porque tive muita dificuldade para passar dessa barreira dos 7 minutos e também acabei me lesionando nesse período e fiquei quase 3 semanas sem correr. Quando voltei a correr, só aguentei 4 minutos. Porém, treinando de forma consistente e variando entre treinos alternados, de resistência e de velocidade, fui aumentando meu tempo de corrida. Foram 7, 9, 13, 17, até conseguir chegar aos 20 minutos ininterruptos de corrida.
Nesse processo todo, perdi mais de 8 quilos e melhorei meus níveis de triglicerídeos, glicose e colesterol. Hoje, a minha pressão arterial está controlada, tenho mais fôlego, mais resistência nos membros inferiores e até o meu humor melhorou. Descobri então que a atividade física é o melhor remédio que existe. Quando termino uma corrida, vem aquela sensação de bem-estar, de felicidade e de satisfação pessoal por ter me superado em atingir um objetivo.
Minha meta é correr em ritmo intenso por pelo menos 30 minutos quatro vezes na semana. Se eu conseguir isso, posso, quem sabe, disputar alguma maratona ou virar atleta. Enfim, as possibilidades são infinitas.


Correndo e aprendendo
É por isso que eu recomendo que as pessoas façam atividade física, porque a vida sedentária é muito ruim. O sedentarismo é um veneno que mata aos poucos. A corrida está fazendo uma verdadeira revolução na minha vida. As pessoas percebem que estou mais magro, porque as roupas ficaram mais folgadas e a minha circunferência abdominal está visivelmente menor. E isso não há remédio ou produto do Polishop no mundo que faça você conquistar. Emagrecer de forma saudável é uma coisa fantástica, porque a gente não volta a ganhar peso e nem coloca a saúde em risco. A atividade física juntamente com uma alimentação equilibrada e supervisionada por um médico ou nutricionista sempre trarão bons resultados. Portanto, se você está sedentário e puder fazer uma atividade física, mesmo que seja uma caminhada, tire meia hora que seja por dia para esticar as pernas. Os resultados serão maravilhosos e você não vai se arrepender. Sua saúde física e mental agradecerá.

sábado, 19 de maio de 2018

Lula ainda é a nossa maior esperança


Imagino que deva ser um pesadelo para a burguesia ver que Lula mesmo estando preso lidera todas as pesquisas e em algumas chega a vencer já no primeiro turno. A imprensa internacional, que diga-se de passagem é muito menos parcial que a nossa, já começou a pegar no pé da justiça brasileira pela prisão arbitrária e política do ex-presidente. A opinião pública internacional também questiona as razões da prisão de Lula e até já faz campanha para que ele receba o prêmio Nobel da Paz.
Enquanto isso, no Brasil, muitos coxinhas estão arrependidos de ter apoiado o Golpe que colocou o quadrilhão no poder. E os efeitos do governo golpista do PSDB/DEM/MDB já estão aí: dólar alto, gasolina cara, gás de cozinha caro, desemprego recorde, perda de direitos trabalhistas, subfinanciamento em saúde e educação e outros problemas que ainda devem piorar bastante até o fim do ano. Não gosto da ideia de tratar Lula como um salvador da pátria, mas o que não podemos negar é quando Lula era presidente, nós  tivemos o período mais estável e feliz da nossa história. Apesar dos tempos serem outros, a política de redistribuição de renda e de desenvolvimento ainda podem nos tirar da crise. É por isso que a ala progressista deve lutar até o fim para que tenhamos Lula livre e presidente mais uma vez.


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Learn to Fly como você nunca viu e ouviu


Antes da megaversão de Smells Like Teen Spirit tocada pelo Rockin'1000, a banda de mil músicos havia tocado anteriormente uma versão espetacular da canção Learn to Fly do Foo Fighters que foi elogiada pelo próprio Dave Grohl. Resolvi conferir e fiquei bestificado com tamanha grandiosidade. Até eu que não sou fã do Foo Fighters fiquei maravilhado com o resultado final. Espia só:

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Precisamos trazer Ciro de volta para o nosso lado


A recente guinada do presidenciável Ciro Gomes à direita não mostra de que lado ele está, mas sim em que sentido as alianças políticas estão se vendo forçadas a tomar de acordo com a atual conjuntura. Sem o apoio do PT e hostilizado por parte da esquerda, Ciro, que até então vinha se apresentando como um candidato progressista alternativo, acabou tentando encontrar apoio da ala mais reacionária da burguesia. A prova disso é a possibilidade que o PDT está cogitando de colocar Benjamin Steinbruch, vice presidente da Fiesp, como vice na sua chapa. O apoio que Ciro está buscando da ala golpista da política ocorre por, julgo eu, falta de uma frente progressista ampla onde ele esteja inserido.
Um sujeito inteligente, preparado e competente como o Ciro Gomes não pode cair nas garras da direita. É um desperdício de talento deixar que ele vire um fantoche do sistema financeiro e das oligarquias internacionais. Não é cabível ver um homem que era um candidato reformista em 2002 se tornar um tucano travestido de progressista em 2018. A esquerda precisa trazer Ciro para junto do povo, para junto dos trabalhadores e para junto de todas as minorias oprimidas. É melhor ter Ciro como aliado do que como adversário. Hostilizá-lo e tratá-lo como um inimigo não é inteligente.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Instrumento bem regulado é outra coisa


Já ouvi sobre muitas pessoas que desistiram de tocar violão por achar as cordas duras demais e não conseguir fazer as pestanas. Isso ocorre na maioria das vezes por falta de uma regulagem básica no instrumento. Eu mesmo sofri durante alguns anos com as cordas muito altas do meu primeiro violão. Foi aí que eu mesmo fiz uma regulagem nele e melhorou bastante. Eu tentei fazer uma regulagem também na minha guitarra e ficou bem meia-boca, sendo que baixei demais o nut (pestana) e tive que trocar por outro. No fim das contas, levei minha guitarra e meu baixo para o luthier e o resultado final ficou excelente. Hoje, minha guitarra e meu baixo estão sem chiados, com a ação das cordas baixa, sem trastejamento e bastante confortáveis para tocar. A diferença para o que estava antes é muito impressionante. Para se ter uma ideia, as cordas 0.10 da guitarra estão mais confortáveis de tocar que as 0.09 quando ela estava desregulada. É por isso que todo instrumento de cordas novo deve ser regulado por um profissional.
O aprendizado se torna muito mais prazeroso quando extraímos todo o potencial de tocabilidade que o instrumento que está em nossas mãos tem para nos oferecer. Então o negócio é fazer a regulagem e ser feliz.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Reflexões sobre o armamento da população


Depois do recente caso da policial que reagiu a um assalto e matou um bandido, as discussões acaloradas sobre o armamento ou não da população voltaram ao debate. Eu concordo que as pessoas precisam ter direito de defesa, mas o problema do Brasil é que não se preocupa em combater as causas da violência. Aqui a preocupação é apenas em fazer justiça com as próprias mãos e em matar a bandidagem quase como um processo de catarse social. Quase ninguém se preocupa em matar as desigualdades, as injustiças sociais e a falta de investimentos públicos em educação e moradia. Fora que a própria ressocialização – algo que ajuda e reduzir a reincidência de crimes – também é algo muito mal visto por boa parte da nossa população. Numa cultura de ódio, de intolerância e de violência como a que vivemos, usar armas para resolver os problemas é o mesmo que tentar apagar fogo com gasolina. Temos que combater as raízes da violência se quisermos viver num país parecido com o Japão, Cuba, Suíça ou Noruega, onde os índices de criminalidade são próximos de zero. E só lembrando que nesses países não resolveram o problema da violência simplesmente matando os bandidos. Nós, assim como eles, precisamos criar condições socioeconômicas que estimulem a população a escolher o caminho da honestidade e da benevolência ao invés do crime. Temos que lutar para que exista uma sociedade onde armas não sejam mais necessárias.


segunda-feira, 14 de maio de 2018

O fascismo tupiniquim é uma piada de mal gosto


Conversando com um ex-colega pelas redes sociais, ontem eu cheguei à conclusão que o fascismo brasileiro tem uma peculiaridade muito curiosa: o antinacionalismo. O fascismo nos países desenvolvidos normalmente assume um caráter ultranacionalista por considerar os imigrantes e outros povos "menos desenvolvidos" como sendo "inferiores". Na Europa atual, por exemplo, a política anti-migração da extrema-direita se fundamenta na eugenia cultural e social, porque segundo os reaças de lá, os europeus possuem uma cultura "superior". Já aqui no Brasil, como sofremos do complexo de vira-latas, o nosso fascismo não é ultranacionalista, mas sim entreguista. Por mais contraditório que pareça, os fascistas daqui acham que temos que entregar todas as nossas riquezas e patrimônio público para os gringos porque eles são mais "honestos e civilizados" que nós. Já que os reaças tupiniquins acham que somos todos corruptos e atrasados, preferem entregar tudo quase de graça para as multinacionais estrangeiras, porque elas são (na visão deles) mais competentes que nós. Ao invés da xenofobia, o ódio dos nossos fascistas e fascistoides é direcionado essencialmente contra minorias locais: pobres, negros, nordestinos, índios, favelados, homossexuais, esquerdistas e até mulheres não submissas ao patriarcado. Do mesmo modo que os nazistas culparam e odiaram os judeus, os nossos reaças detestam as minorias.

A extrema-direita tem um longo histórico no Brasil

Outro ponto que discuti com meu ex-colega foi que o Brasil nunca esteve tão fascistoide em toda a sua história. Nem em 1964 o Brasil estava tão fascista quanto hoje. Se em 1964 tivesse tanta gente apoiando um Golpe Militar como hoje, nem mesmo a Operação Brother Sam teria sido necessária para dar apoio aos golpistas. Os generais hoje estão assanhados para dar outro Golpe Militar porque perceberam justamente esse aumento estupendo no número de apoiadores de uma nova ditadura (além do caos institucional após o Golpe de 2016). Desde as manifestações de 2013 que esses reaças começaram a brotar de todos os buracos. A imprensa corporativa direcionou, manipulou e induziu milhões de pessoas (manifestoches) a derrubar o governo Dilma quando o PT contrariou as previsões do mercado e venceu as disputadas eleições de 2014. Foi aí então que a caixa de Pandora foi aberta e daí ressurgiram os integralistas, TFPistas, neonazistas, neofascistas, skinheads eugenistas, saudosistas da ditadura, masculinistas, macarthistas e reaças de todo tipo. Essa gente que estava acuada e escondida desde a redemocratização acabou ganhando coragem quando usou a desculpa da corrupção para sair do armário e atacar o PT, a esquerda e a democracia. E foi justamente a nossa imprensa canalha que apoiou toda essa escória que está aí até hoje clamando por uma nova ditadura. Outro fator decisivo foram as bravatas do deputado Jair Bolsonaro e do astrólogo tabagista Olavo de Carvalho que serviram para encorajar muitos fascistas a saírem do armário com discurso de ódio e intolerância regados por uma reacionarismo quase medieval.

A direita sendo direita

A situação de protofascismo que estamos vivendo hoje é uma consequência de tudo isso. Depois que os monstros saíram do armário em um país de histórico autoritário, escravocrata, colonial e elitista, o renascimento do fascismo aqui foi apenas uma consequência. Afinal, como já dizia Bertolt Brecht: "A cadela do fascismo está sempre no cio".

domingo, 13 de maio de 2018

Nossos generais não passam de capachos dos EUA


Eu disse num post recente que os nossos generais não passam de porcos fascistas. E isso realmente é verdade. Mas eles são muito piores que simples porcos fascistas. Os nossos generais são uns covardes safados capachos dos EUA. Seguem a cartilha do Consenso de Washington à risca e acham que serem lacaios do Tio Sam é patriotismo. Nosso Exército não protege as nossas fronteiras, não defende a soberania nacional e não tem a menor simpatia por políticas voltadas para a redução das desigualdades. A única coisa que fazem de "patriótico" é odiar esquerdistas, idolatrar a nossa plutocracia e sonhar com novos golpes. Enfim, o que mais poderíamos esperar em um país que sofre de complexo de vira-latas crônico e do qual as forças armadas existem para servir aos interesses das oligarquias? O Brasil deveria voltar à sua antiga posição de líder do Brics e chutar a bunda do sistema financeiro internacional com seus banqueiros parasitas que só pensam em roubar as nossas riquezas. Mas quem disse que a nossa elite e as nossas forças armadas querem isso?

sábado, 12 de maio de 2018

Jessé Souza desmascara a Lava Jato em rede nacional


Eu tinha um post programado para hoje sobre regulagem de instrumentos musicais, mas como me deparei com um vídeo incrível do professor e sociólogo Jessé Souza sobre a Lava Jato na TV Cultura, resolvi compartilhá-lo imediatamente aqui no blog. Foram tantas verdades ditas em tão pouco tempo que eu já o considero como sendo o vídeo político mais importante do ano. O trecho que ele detona a Lava Jato segue a abaixo. Quem quiser assistir ao programa completo, ele está disponível neste link do YouTube.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Nossos generais são uns porcos fascistas


Ontem foi divulgado pela imprensa um documento secreto da CIA que confirmou que o general Ernesto Geisel autorizou o assassinato de dezenas de pessoas durante a ditadura militar. Isso mostra que até mesmo o general mais "moderado" dos cinco que governaram o Brasil não era nenhum santo, como muitos inocentes acreditavam. Essa notícia que estarreceu muita gente só serviu para provar mais uma vez que a ditadura militar foi um dos períodos mais sangrentos da nossa história.
Enfim, a verdade é que Geisel não era e jamais será uma exceção. Desde a ditadura militar que o alto oficialato das Forças Armadas segue uma cartilha fascistoite, macarthista e alinhada aos interesses do imperialismo. Num dia desses o "moderado" general Villas Boas soltou um post no Twitter onde deduziu de forma implícita que a criminalidade não tem ligação direta com as desigualdades sociais, pensamento este que é inegavelmente fascistoide – fora a pressão que ele fez para que Lula fosse condenado pelo STF. Isso sendo ele um general "moderado". O que dizer então de generais abertamente golpistas como o Mourão e os generais da reserva que sonham acordados com a volta da "caça aos subversivos"...

Pensamento que se opõe ao consenso acadêmico sobre as causas da criminalidade

A verdade é que os nossos generais continuam com a mesma mentalidade da Guerra Fria. Só que ao invés de odiarem o comunismo (que não existe mais), odeiam o PT e o progressismo. Mas o pior de tudo não é nem o fato deles serem reacionários, autoritários e fascistoides; o pior é que eles simpatizam com o entreguismo. O general Mourão disse em uma palestra gravada e jogada na web que está de acordo com os planos neoliberais impostos pelo sistema financeiro internacional. Nossos generais discursam com o mesmo ideário do Bolsonaro: o fascismo entreguista, que é algo inédito na história.


É muito triste ver funcionários públicos (sim, militares são funcionários públicos porque somos nós que pagamos o soldo deles) serem contra o próprio patrimônio público e contra as riquezas da própria pátria. Eu sempre achei que a função dos militares era de defesa, para proteger as nossas fronteiras, a nossa soberania, o nosso povo e as nossas riquezas. Mas o que vemos são generais defendendo o ataque à nossa própria soberania como se fossem parte do exército norte-americano. Não vejo um único militar sequer ser contra a entrega do pré-sal, do aquífero guarani, da base de Alcântara, da Eletrobrás, do nosso programa nuclear, da Embraer, da Amazônia e da venda estratégica de parte de nosso território. Como as nossas forças armadas que deveriam sonhar com um Brasil grande, desenvolvido e independente podem ser tão omissas e antinacionalistas?

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A guerra contra as drogas é uma guerra perdida


A política de combate às drogas no Ocidente é um fracasso total. Isso é um fato. É um verdadeiro genocídio a morte de tanta gente todos os dias na guerra inútil contra o tráfico. Manter as drogas proibidas torna o preço das mesmas alto, deixando o tráfico mais rentável pelo fato da procura ser maior que a oferta. Se é para combater o tráfico de verdade, ele precisa ser combatido na raiz, assim como ocorre em Cuba, onde há tolerância zero ao tráfico de drogas. Aqui no Brasil se prende apenas o varejista, que é o pobre que vende a droga no morro diretamente para a classe média. Mas a venda da droga passa por toda uma cadeia de produção, que vai desde o plantio – passando pela colheita, refino, tratamento, embalagem e transporte – indo até os subornos à polícia para permitir que a droga chegue na favela para ser revendida. Os chefões dessa indústria (donos dos helicocas da vida) nunca são presos porque são ricos e poderosos. E os financiadores, que são os consumidores da classe média, alimentam todo esse mercado sem nenhuma repressão. Ao invés de combater os magnatas que controlam o processo produtivo da droga, se combate o varejista pobre do morro. Isso é o que leva a toda essa carnificina dos negros e pobres nas comunidades carentes, porque são eles as maiores vítimas do tráfico. Mesmo os inocentes e as crianças acabam pagando com a vida devido às balas perdidas que rasgam os céus de muitas favelas todos os dias. Tá tudo errado.


É por isso que eu defendo a regulamentação do uso e da venda de várias dessas drogas (começando pela maconha). Com as drogas legalizadas, o tráfico declina, porque não há como manter os preços altos que sustentam o processo. É melhor que o Estado controle o uso das drogas do que deixar tudo nas mãos dos bandidos. Isso acabaria com o tráfico, reduziria a criminalidade, aumentaria a arrecadação de impostos e aumentaria até a oferta de empregos formais nas fábricas de drogas. Mas quem disse que os magnatas por trás do tráfico querem isso? Eles sempre vão te convencer que a legalização é um absurdo, que teremos mais viciados, que isso vai destruir o país, etc. Enquanto isso, milhares de pessoas morrem todos os dias vítimas de uma guerra inútil e sem sentido que poderia ser evitada.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Neoliberalismo de Macri leva Argentina ao FMI


Quem viveu os tempos de FHC deve lembrar bem das vezes que o Brasil recorreu ao FMI. Foi um período realmente muito difícil para o país. Agora ocorre o mesmo com a Argentina de Mauricio Macri. E esse pedido de socorro ao FMI é um dos objetivos centrais do neoliberalismo, sendo o primeiro deles deixar os ricos ainda mais ricos através daquela ideia estúpida do trickle down. Os governos neoliberais são lacaios do sistema financeiro internacional e sempre fazem as mesmas coisas: privatizações (entreguismo), austeridade (congelamento de investimentos) e transferência de renda do setor produtivo para o setor especulativo. Era muito óbvio que esse socorro ao FMI fosse ocorrer no governo Macri, porque é assim que todo governo neoliberal acaba terminando. E a tendência é que o mesmo ocorra com o Brasil dependendo de quem vença as eleições presidenciais deste ano. Espero que as forças democráticas possam prevalecer, porque o nosso povo definitivamente não quer a volta dos tempos sombrios de FHC. O que os 87% dos brasileiros que aprovaram o governo Lula queriam era a estabilidade, o desenvolvimentismo, o pleno emprego e o crescimento econômico dos tempos em que éramos felizes e não sabíamos.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Meus dois centavos sobre a paixão


Todo mundo do mundo já se apaixonou um dia. E se ainda não se apaixonou, pode esperar que um dia com certeza vai se apaixonar. Se apaixonar é se encantar, se surpreender, se sentir invencível, se sentir criança outra vez. Sim, a paixão realmente rejuvenesce a alma. Quando estamos apaixonados, o gosto pela vida se reaviva, a gente se sente mais jovem, mais feliz, mais disposto e mais vivo. Porém, o preço a se pagar por essa sensação normalmente é alto, porque a paixão ao mesmo tempo que rejuvenesce, também entorpece a alma e cega a razão.
A paixão nem sempre é por uma pessoa, mas também pode ser por um animal, por um objeto, pela vida, por uma conquista pessoal, por um trabalho que gostamos, por uma música, por um filme, por um game, por um esporte, por uma descoberta ou por qualquer outro aspecto gratificante da existência. No meu caso, a paixão me serviu de inspiração para criar: comecei a escrever poesia, músicas e romances graças à paixão. Aliás, escrever também é uma paixão para mim. Sei que ainda erro muito na linguagem escrita e tenho muito a aprender, mas sempre preferi escrever a falar.
Enfim, apaixonar-se por algo é uma sensação deliciosa. O problema da paixão é quando nos apaixonamos por algo ou alguém que está fora do nosso alcance. Acordar, trabalhar, estudar e ir dormir pensando em alguém que não te quer é muito horrível. Aí a paixão vira um veneno para a alma. É por isso que hoje eu estou imune à paixão, porque sofri muito com sonhos e amores impossíveis. Minha alma entendeu. É por isso que hoje só me sinto apaixonado pelo que sou e pelo que faço. Se apaixonar por algo fora da minha realidade não é paixão, é tortura. Mas se apaixonar e ter esse sentimento correspondido é bão demais da conta.

Namastê!

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A nossa classe média é a mais burra do mundo 2


A respeito do post anterior, algumas pessoas me perguntaram porque eu estava "defendendo o comunismo", já que eu me declarei tanto anarquista como social democrata. Enfim, não achei que fosse necessário explicar isso, mas o que eu quis dizer naquele post que critico a burrice da classe média macarthista foi que a classe média é burra porque ela odeia algo que não conhece. A classe média odeia o comunismo porque acha que o comunismo é aquela caricatura deformada criada pelos MBL, Ilisp, Spotniks e Olavos da vida. Nos países comunistas, apesar de todos os problemas que existiam, o que era expropriado pelo Estado eram os latifúndios e grandes meios de produção. Diferentemente do que diz a direita acéfala brasileira, o comunismo não "roubava de quem produz para dar aos vagabundos". Era exatamente o oposto. E se ocorresse a mesma coisa que ocorreu na URSS ou em Cuba aqui no Brasil, nenhum membro da classe média perderia seus bens de consumo ou suas moradias. Teríamos apenas um país menos desigual. Foi só isso que eu disse. Uma coisa é achar o comunismo um sistema menos pior que o capitalismo, outra coisa é defender o comunismo como solução.

Assim é a nossa classe mérdia média

Para mim, o sistema ideal é o anarquismo baseado no modelo de sustentabilidade do Projeto Vênus. Esse é o sistema perfeito na minha opinião. Mas como trata-se de um sistema utópico, então o que há na nossa realidade tangível mais próximo de um sistema ideal é a social democracia escandinava, já que ela se trata de uma espécie de sistema misto. A social democracia é um sistema capitalista com menos desigualdades. Dentre os males, é o menos pior. Apesar do bem-estar social ser um modelo reformista (que mantém as estruturas do sistema capitalista), ele ao menos permite o mínimo de dignidade para a maioria da população.

Pois bem, continuo afirmando que a nossa classe média é a mais burra do planeta, porque ela não conhece nem história, nem sociologia, nem antropologia e muito menos política. Afinal, uma classe média que morre de amores por Bolsonaro, que acha que o nazismo era de esquerda, que é macarthista fanática e que aceita caladinha as reformas neoliberais não pode ser apenas burra: é muito masoquista também.