terça-feira, 29 de setembro de 2020

1 milhão de mortos pela Covid


Hoje, dia 29 de setembro de 2020, atingimos oficialmente a trágica marca de 1 milhão de seres humanos mortos pelo coronavírus em todo o planeta. Perdemos amigos, parentes, entes queridos e conhecidos que estariam vivos se não fosse por esse vírus letal tão subestimado por tantas pessoas. Ainda que o número total de mortes tenha sido bastante atenuado devido às medidas preventivas, um milhão é um número muito grande (isso sem contar com a subnotificação). Só quem perdeu alguém importante por causa dessa doença sabe o quão difícil e doloroso é seguir em frente em meio a uma crise global sem as pessoas que amamos. Tantas histórias, tantos talentos, tantos sonhos desperdiçados... A única coisa que posso fazer nesse momento é deixar minha solidariedade a todos que estão sofrendo com a angústia da perda. A vacina contra a Covid pode sair ainda este ano e até lá não podemos nos permitir baixar a guarda. Temos que seguir as medidas de proteção e isolamento social até que este terrível inimigo seja vencido. 

Força a todos.


domingo, 20 de setembro de 2020

Não há mais espaço para conciliação de classes

Meu povo, não se iluda. Nem Lula, nem Ciro, nem Boulos, nem Manuela, nem Haddad, nem Dino, nem ninguém nos próximos anos terá condições de governar o Brasil com a mesma tranquilidade que ocorreu entre 2003 e 2012. Naquela época de ouro do petismo – onde tivemos inúmeras melhorias e avanços sociais na renda, na qualidade de vida e no acesso ao ensino superior – estávamos navegando em outros mares. O capitalismo financeiro estava em um raro momento de estabilidade. Mas desde 2008 que a conjuntura vem mudando até ter sofrido o golpe de misericórdia com a pandemia do Coronavírus em 2020. Olhe no caso do Brasil: sofremos um Golpe de Estado, os militares estão no poder novamente, Lula continua sendo perseguido pela Lava Jato, o fascismo está em alta, estamos numa época de pós-verdade, há aumento histórico do desemprego, dólar nas alturas... A burguesia não quer saber de conciliação neste momento: ela quer aumentar a exploração e as desigualdades através do neoliberalismo para poder se manter por cima. Se alguma força progressista se eleger em 2022, ou ela será controlada por rédeas curtas pela elite econômica, ou então será novamente golpeada.

O momento que estamos vivendo agora é de luta, é de politização, é de construir consciência social nas pessoas. Temos que nos organizar para futuramente combater esse sistema e substitui-lo por outro menos injusto, seja socialismo, cooperativismo, projeto Vênus, anarquismo... Insistir na manutenção status quo vai apenas nos tornar reféns por mais tempo ainda de todas as mazelas do capitalismo bancário. E não se precipitem: ainda não há como fazer revoluções neste momento. Precisamos começar com um primeiro passo, que é esquecer essa ideia perecível de conciliar burguesia com proletariado e capital especulativo com capital produtivo. O momento é de pensarmos em uma forma de destruir o capitalismo lá na frente.

Parece que não estamos sós no universo

Qualquer pessoa que não viva em outro planeta já está sabendo a essa altura que o planeta Vênus tornou-se um forte candidato a abrigar vida alienígena depois da descoberta da bioassinatura de fosfina em sua atmosfera superior. Apesar das temperaturas infernais e da pressão atmosférica brutal, o planeta Vênus pode, veja bem: PODE conter formas simples de vida que estejam produzindo a tal fosfina. Ainda não são conhecidas todas as formas possíveis de produção de fosfina que podem existir, podendo a sua fonte vir de um fenômeno não biológico que indicaria um alarme falso de vida no planeta conhecido como estrela D'alva.

Ok, essa parte da notícia já foi reverberada à exaustão por aí. Mas o ponto que eu gostaria de chamar atenção é que o nosso sistema solar possui dois planetas telúricos (rochosos) na sua zona habitável: Terra e Marte. Apesar de haver algumas discordâncias, conceitualmente, se considera que Vênus está fora da zona habitável por estar perto demais do Sol. Ora, se em um planeta FORA da zona habitável temos a possibilidade real de ter vida ainda que muito simples, o que poderíamos dizer então do resto do universo? Já foram descobertos vários planetas extrassolares na nossa vizinhança galáctica que estão na zona habitável. E em todo o universo há um número incalculável de planetas semelhantes ao nosso na zona habitável de seus sistemas solares. Se você saca um pouquinho só de probabilidade e sabe que há mais estrelas no céu do que grãos de areia na Terra, deve chegar na mesma conclusão que eu: certamente NÃO estamos sozinhos no universo. Ainda mais porque há sistemas solares bem mais antigos que o nosso orbitando estrelas que possuem um tempo de vida muito maior que o nosso Sol.

Zonas habitáveis dos planetas. Note que Vênus está fora.

Só que essa coisa toda de vida fora da Terra não tem nada a ver com esses avistamentos de OVNIS e desenhos gabaritados nas plantações de trigo da Inglaterra. Vida complexa, inteligente e capaz de desenvolver tecnologia demora muito tempo para surgir e depende de muitos fatores aleatórios ocorrendo em momentos certos da evolução. Aqui na Terra, por exemplo, se o asteroide que matou os dinossauros não tivesse caído há exatamente 65 milhões de anos, muito provavelmente eu e você não existiríamos. A árvore da vida poderia ter seguido outra ramificação e os répteis ou as aves talvez tivessem dominado o mundo. Uma espécie com um cérebro que consome 20% da energia corporal, com um polegar opositor perfeitamente assimétrico e perfeitamente adaptada ao ambiente só existiu uma vez no nosso planeta em 4,5 bilhões de anos. E olha que já tivemos um número gigantescos de espécies na história do nosso planeta. A chance de nós, humanos, termos existido é extremamente baixa. Somos um verdadeiro milagre cósmico.

O que eu quero dizer com essa conversa toda é que é quase certo que há vida lá fora, mas vida capaz de desenvolver uma civilização tecnológica é quase impossível. Então o único jeito que temos de saber se estamos sós ou não no universo é indo para outros mundos para fazer contato imediato de terceiro grau com micróbios alienígenas.

Fall Guys mostra o que há de pior em nós

Uma das razões pelas quais tenho postado com baixa frequência neste bloguinho se chama Fall Guys. Para quem não conhece, Fall Guys é um game online da Mediatronic onde dezenas de jogadores disputam vários turnos eliminatórios no estilo Olimpíadas do Faustão na busca do prêmio máximo (coroa) para o vencedor. Em outras palavras, é um battle royale divertidíssimo de criaturinhas fofinhas com suas skins coloridas e caricaturadas. Apesar de repetitivo, o jogo é bastante viciante e nos proporciona momentos únicos de alegria, entretenimento e RANCOR. Sim, RANCOR!

Eu cansei de ver muitos jogadores que colocam a própria classificação em risco só para atrapalhar e prejudicar outros jogadores na partida, especialmente os que estão disputando as últimas vagas. Nos jogos em equipe de três times, os dois times com melhor pontuação tendem a se unir para massacrar e assim eliminar o mais fraco. No mapa mais difícil do jogo, o Escalada Suja, vemos pelotões de jogadores veteranos agarrando e empurrando os adversários iniciantes na lama. Sadismo, egoísmo, vingança e crueldade: marcas registradas de muitos jogadores desse game. Um jogo tão fofinho, colorido e divertido, mas com um potencial para mostrar toda a desgraça da qual o ser humano é capaz. Isso sem falar nos hackers e cheaters que mesmo com um sistema antitrapaça, estragam a diversão dos outros de maneira covarde e revoltante.

Enfim, apesar disso, eu amo esse joguinho maldito. Se estivesse na época da minha graduação, poderia usá-lo como análise sociológica dentro dos videogames. Daria muito pano pra manga.

sábado, 5 de setembro de 2020

Coisas da democracia


O povo brasileiro tem uma coisa muito particular que é a esperança na desesperança. É um paradoxo difícil de assimilar, mas fácil de explicar. Parece que quanto menos esperança, mais as pessoas acreditam que tudo vai dar certo. Veio a Covid-19, a recessão, a queda do PIB, o aumento do dólar, o desemprego em massa e o povão parece satisfeito e confiante com o atual governo. Mas o mais trágico mesmo é esse nivelamento bizarro entre Lula e Bolsonaro nas camadas populares da população. Ora, diferentemente de Lula e Dilma, Bolsonaro é uma besta irracional que nunca deu ou dará a mínima para o pobre. O auxílio emergencial não foi ideia dele e toda essa catástrofe pandêmica foi piorada devido a esse governo irresponsável e elitista que vive em constante estado de protoditadura. Dar esperança para o "mito" é dar esperança para a desesperança. Aumento real no salário mínimo, programas de inclusão social, direitos trabalhistas e planejamento econômico responsável foram marcas de uma época que jamais voltará enquanto as pessoas continuarem colocando o moralismo acima da razão. Não foi à toa que uma mamadeira fálica e um kit gay (ambos mentiras deslavadas) e um pseudo combate à mamata deram ao ser abjeto que ocupa a presidência a única chance de vitória nas urnas em 2018.

Acorda, meu povo!