Fidel Castro e Malcolm X em 1960 |
Acho terrivelmente controverso que em um país conhecido por ser a maior "democracia" do planeta, a violência racista seja uma das suas maiores máculas. Já são décadas e mais décadas de assassinatos e crimes brutais contra a população negra dos Estados Unidos. E quando surgiu um movimento de libertação, os Panteras Negras, ele foi prontamente tratado como terrorista (uma espécie de Ku Klux Klan de sinal trocado). O assassinato de George Floyd por um policial branco foi mais um capítulo dessa sangrenta história no coração do capitalismo.
No Brasil, as coisas não mudam muito. Todos os dias são dezenas de negros e pardos assassinados brutalmente, fora os que são espancados, humilhados e sofrem todo tipo de preconceito. A morte do jovem João Pedro foi o último caso enfatizado pela imprensa, mas diariamente são dezenas de Joãos Pedros que têm perdido suas vidas de forma cruel e covarde.
Enquanto isso, em Cuba, o assassinato de negros é praticamente zero. Vários afro-americanos se refugiaram por lá (incluindo ex-membros dos Panteras Negras) para fugir da violência racista dos EUA. Apesar de ainda haver resquícios de racismo na ilha caribenha, não se vê a violência etnofóbica e fascista existente em todos os países capitalistas. O povo cubano é um povo capaz de tratar os outros como irmãos devido à cultura democrática e à educação trazidas pelo pós-revolução. Seria somente uma mera coincidência o fato do racismo não encontrar terreno fértil no socialismo?
Racismo em Cuba: eliminado pelas leis mas presente nas ruas
ResponderExcluirhttps://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/07/17/interna_internacional,1167841/racismo-em-cuba-eliminado-pelas-leis-mas-presente-nas-ruas.shtml
Há menos negros na elite cubana que na brasileira
ResponderExcluirNunca houve no Brasil partido racista, militância racista, pregação racista, imprensa racista, comícios racistas, panfletos racistas, filmes racistas, programas de rádio ou peças de teatro racistas.
Não obstante a total ausência de meios materiais de difusão, a ideologia racista, transmitindo-se por meios telepáticos, sutis e não identificados, parece ser um sucesso entre nós. A acreditarmos nas altas autoridades que opinam sobre a matéria, inclusive o presidente da República, este é um país barbaramente racista.
Muitos intelectuais brasileiros vivem hoje de divulgar essa tese, encomendada e paga por fundações americanas, por motivos, decerto, puramente humanitários e de maneira alguma geopolíticos. Um dos argumentos decisivos alegados em favor dela é que negros e mulatos, constituindo a maioria da população, são minoria nas elites e nos bons empregos.
A diferença de nível econômico-social entre comunidades raciais pode ter várias causas. Uma delas é que do fim da escravatura até o primeiro surto industrial brasileiro decorreram mais de 40 anos: a população negra e mulata cresceu vertiginosamente sem que aumentasse ao mesmo tempo o número de empregos. A industrialização, por sua vez, coincidiu com a chegada de imigrantes, que, com excelente formação profissional, levaram a melhor no mercado de trabalho.
Mas nunca se fez um estudo científico que confrontasse as várias causas possíveis. Uma delas foi escolhida a priori e oficializada como única explicação permitida: a “discriminação”. Os negros e mulatos ficaram na pior porque somos todos uns malditos racistas e não lhes damos a mínima chance. Uma revista semanal chegou a anunciar “a prova definitiva” do racismo dominante: numa enquete, 90% dos entrevistados disseram que sim, que existe muito racismo no Brasil. Logo, provado estava.
Não ocorreu aos editores ponderar que, se tantos diziam isso, era precisamente por serem contra o racismo e que os demais podiam ter negado a existência dele por julgá-lo coisa feia demais para existir aqui. Isso evidentemente inverteria a conclusão da pesquisa. Mas esse cuidado metodológico foi excluído in limine como preconceito racista – e a pesquisa chegou cientificamente ao resultado premeditado. Desde então, consagrou-se como norma designar o fenômeno investigado pelo nome da causa a averiguar, ficando assim dispensada a averiguação e provada a discriminação racial.
Os partidos de esquerda, sempre devotos da probidade científica, exultaram, adotando a denúncia do racismo brasileiro em seus programas eleitorais. Escrevo este artigo na piedosa intenção de sugerir que a retirem de lá imediatamente, porque descobri uma coisa temível: examinada pelo mesmo critério estatístico, Cuba é o país mais racista da América Latina. Com 60% de negros e mulatos na população em geral, só 10% de sua elite política não é branca. Fulgencio Batista era um ditador mulato rodeado de assessores mulatos. Pelo método científico brasileiro, a conclusão se impõe: uma revolução racista branqueou o governo.
Para piorar as coisas, Oscar Lopez Montenegro, um mulato que fugiu de Cuba e hoje distribui em Miami panfletos contra o racismo cubano, informou ao Washington Times que, quando o governo de Fidel é pressionado pela opinião pública estrangeira para soltar prisioneiros, invariavelmente solta um branco. Outro exilado, Manuel Questa Morna, diz que no Exército de Cuba não há generais negros. “Cuba é um país dirigido por velhos brancos”, confirma Juan Carlos Espinosa, diretor do Cuban Studies Center da St. Thomas University, em Miami. E Denis Rousseau, ex-correspondente da France-Presse em Havana, afirma que a elite cubana está preocupadíssima com o aumento do número de mestiços na população.
Logo, das duas uma: ou vocês param de denunciar o racismo brasileiro, ou param de louvar as qualidades excelsas da democracia cubana.
Na União Soviética e em Cuba, quem se saiu bem foram os que estavam no alto escalão do partido comunista. O resto eram formigas operárias
ResponderExcluirtrabalhando para o governo.
Milhares de cubanos simplesmente se arriscam em jangadas pois querem ir para a opressão dos EUA.
ResponderExcluirTem também a parte da saúde, tão maravilhosa, que o paciente teve que sair para comprar do próprio bolso uma LÂMPADA pro quarto dele, pois o hospital não
repôs.
E sobre a mortalidade? É um espetáculo mesmo. É a menor do mundo, apesar de Cuba ter taxa bruta de mortalidade por 1000 habitantes MAIOR do que os EUA e
do que o Chile - que nós adoramos achincalhar e criticar principalmente depois do ano passado.
Edit: descobri que é a maior da América Central. Uma maravilha.
O mais interessante é que com toda essa educação nível Japão, Cuba não tem um Nobel, uma medalha Fields, nunca medalha em olimpíadas de exatas e se
ResponderExcluirrecusa a fazer o PISA. E a tal da saúde nível Dinamarca é beeem mais ou menos quando voltada apenas pra turistas.
Culpam tanto o imperialismo americano se eles tbm podem comercializar com outros países? Sinceramente, não consigo entender essa. Por favor, alguem
ResponderExcluirpode me dizer se existe alguma lei americana ou internacional que proibe cuba fazer comercio com outros paises a não ser com os Imperialistas Yankee
estadunidenses?
Perai, outro ponto: Os comunistas dizem ser desonestidade comparar uma ilha com um mega país, mas perai! Entao pq eles comparam a mortalidade, pobreza,
saude de uma ilha com um pais com mais de 300 milhoes de pessoas? Isso é, se suas premissas realmente estivessem corretas.
Toda essa educação padrão Noruega, Cuba não tem um Nobel, nem medalha Fields, pouquíssimas patentes e se recusa a fazer o PISA.
ResponderExcluirEm 1959, Cuba era o segundo país mais rico da América Latina (apenas atrás, ironicamente, da Venezuela). Sob o regime democrático liberal, seria
ResponderExcluiruma jóia no Caribe, rica o suficiente para se preocupar com seu povo, redistribuir riqueza e efetivamente se tornar uma Flórida tropical.
Por isso, é errado dizer que Castro fez coisas boas. Qualquer bem que ele tenha feito é realmente inexpressivo, considerando por onde eles
começaram (em comparação com o contrafactual da revolução não acontecendo, Batista acabaria sendo derrubado e o país continuando sua caminhada
para a prosperidade), e isso sem entrar nos abusos dos direitos humanos.
Infelizmente, não estou com tempo para poder responder a esses comentários difamatórios acima sobre a ilha caribenha. Esses zumbis da direita usam informações de páginas liberais totalmente tendenciosas para atacar desesperadamente Cuba porque é assim que a burguesia age: com base em desinformação e mentiras típicas do senso comum capitalista. Ora, comparem o número de mortes pela Covid-19 entre Cuba e EUA, a saúde universal cubana com a dos EUA, a educação cubana com a dos EUA, a quantidade de massacres com armas de fogo entre Cuba e EUA, os crimes raciais de Cuba com os EUA, o tráfico de drogas entre Cuba e EUA...
ResponderExcluirCuba tem seus problemas e suas contradições, mas está anos luz à frente do maior país capitalista do mundo se tratando de dignidade aos seus cidadãos mesmo sofrendo embargo, ataques e difamação constante dos EUA e demais lacaios lambe botas do Tio Sam.