Todo esse escândalo recente (mais um) envolvendo a compra de Viagra, próteses penianas, Botox e remédio para calvície com dinheiro público pelas FFAA serve basicamente para explicitar três coisas. A primeira coisa é que – ao contrário do que os nossos caros reaças pensam – militares não são incorruptíveis e nem "imbroxáveis". Militares podem ser tão corruptos quanto qualquer civil e tão "falhos" quanto qualquer outro ser humano. A segunda coisa é que militares não devem ocupar cargos civis. Isso porque as FFAA, por possuírem o monopólio das armas, se colocam acima da lei. Nem TCU, nem MPF, nem a justiça "civil" fará coisa alguma exatamente porque ninguém vai se meter a besta com milicos que ostentam os calibres mais letais e que, diga-se de passagem, nunca foram sequer incomodados pelos horrores que praticaram durante a ditadura. A terceira coisa é que voto não é brincadeira. Mais de 50 milhões de brasileiros digitaram 17 nas urnas para que o Brasil fosse governado por um fascista corrupto, envolvido até o pescoço com as milícias do RJ e que foi responsável pela morte de mais de 600 mil brasileiros durante a pandemia. Isso sem falar de todo esse caos econômico trazido pelo mesmo inominável presidente.
Enquanto as pessoas acharem que é bacana ser "apolítico" (vulgo despolitizado) ou procurarem soluções fáceis para problemas complexos, iremos continuar elegendo os mesmos idiotas de sempre. Não que a eleição em si vá mudar dramaticamente a nossa sociedade capitalista, mas temos que dar grandes poderes a quem é digno de recebê-los. É por isso que eu insisto tanto na ideia da consciência de classe, na politização da população e no afastamento de todos os milicos do poder. Afinal, generais metidos dentro do poder civil é, sim, coisa de República das Bananas. Militares não têm que governar. Militares têm que cuidar da defesa da nossa soberania. Ou você imagina EUA, França, Alemanha ou Reino Unido com milhares de militares infiltrados em cargos civis? Já passou da hora de mudar isso.
0 comentários:
Postar um comentário